domingo, 29 de maio de 2022

Devocional -- Salmo 30.5b (cf. Efésios 2.4-5)



 Devocional - 29 de maio de 2022

Salmo 30.5b (cf. Efésios 2.4-5)


“[...] Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã.”


Grande é o Senhor. Ele é tardio em irar-se. Ele nos dá gratuitamente o que não merecíamos e, por sua misericórdia, não nos dá o que de fato era a nossa recompensa. Assim como a enfermidade que castiga à noite, mas pela manhã, com os primeiros raios do sol, nos oferece alívio, assim também é o Senhor em sua disciplina para com os Seus. Ainda que por nossa natureza miserável sejamos levados a pecar contra nosso Senhor, Ele é misericordioso conosco. Os homens fazem planos, projetam louvor para si, mas o Senhor conhece os seus propósitos. O Senhor nos abate em nossa soberba. Ele nos confronta; sejamos zelosos. Louvemos ao Senhor, pois Ele é digno de “toda adoração”.


Presb.: Sem. Sandro Francisco do Nascimento.


sábado, 28 de maio de 2022

Devocional -- Salmo 23.1 (cf. João 10.14-15)


 


Devocional - 28 de maio de 2022

Salmo 23.1 (cf. João 10.14-15)


“O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.”


Quão maravilhoso é viver sob o paternal cuidado do Deus todo poderoso. Louvado seja nosso Deus; bendito seja o seu nome pelos séculos dos séculos. Ele nos deu a vida. Sua providência se manifesta na vida de seus filhos. Ele tem especial cuidado dos seus. Todos os dias desfrutamos das suas misericórdias e nos alegramos em seu amor. Ele nos guarda nas aflições; passa conosco por todas elas. Podemos ter confiança diante do perigo, pois Deus, o nosso Deus, é forte e poderoso para nos salvar. Na eternidade nos amou, na história demonstrou seu incondicional afeto. Nele podemos repousar de nossas preocupações, Ele é suficiente para nós. O tolo, diz: “precisamos de mais riquezas.” Aqueles que confiam no Senhor têm, Nele, tudo de que necessitam. Ele é nossa riqueza. Ele é o pão que nos alimenta e através de suas santas palavras somos fartos. O Senhor nos conhece; nós o conhecemos bem. Podemos Nele sempre confiar, pois Ele nos deu a vida; a sua vida Ele nos deu.


Presb.: Sem. Sandro Francisco do Nascimento.


sexta-feira, 27 de maio de 2022

Devocional -- Salmo 119.11 (cf. João 1.1)




Devocional - 27 de maio de 2022

Salmo 119.11 (cf. João 1.1)


“Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti.”

Quão maravilhoso é viver sob as santas orientações de nosso Deus… O Salmo que acabamos de ler nos ensina o quanto precisamos observar as santas palavras de Deus. Embora todas as circunstâncias sejam contrárias, angústias e perseguições nos cerquem, contudo, podemos descansar em sua santa lei. Ela é aprazível para os que são Seus. Nela temos confiança. Através dela nosso Senhor nos ensina como devemos andar e como Ele deve ser adorado. Ela regula nossa relação com nosso Senhor; nos faz reconhecer como devemos viver com nosso próximo. Devemos ser tomados por santo zelo, ao ponto de sermos ofendidos quando nosso Senhor é ofendido pela rejeição de suas santas palavras. O salmista diz: “Guia-me pela vereda dos teus mandamentos, pois nela me comprazo.” Somos bem-aventurados, somos irrepreensíveis no Senhor. Seus caminhos são seguros, confiamos em ti! As palavras do Senhor nos enche de gozo, elas nos são como conselho seguro, em quem se pode confiar integralmente. Louvamos ao Senhor, pois Ele, pela sua santa palavra, há de nos conduzir. 


Presb.: Sem. Sandro Francisco do Nascimento.


quinta-feira, 26 de maio de 2022

A Bíblia e Seus Intérpretes - Augustus Nicodemus



Resumo do capítulo 7 do livro a Bíblia e seus intérpretes


Por: Sandro Francisco do Nascimento


No capítulo 7 do livro “A Bíblia e seus intérpretes”, Augustus Nicodemus aborda o desenvolvimento dos métodos de interpretação bíblica após a morte dos apóstolos. Nesse período surgiram os “pais da igreja”, que eram bispos e pastores que  assumiram a missão de guiar a igreja e defendê-la doutrinariamente. Esse período foi marcado pelos embates doutrinários e a busca por entender como as Escrituras dos  profetas apontavam para Cristo. 

Nesse período surgiram duas escolas de interpretação das Escrituras: A escola de Alexandria, que era marcada por sua interpretação alegórica dos textos; e a escola de Antioquia, que, em oposição à Alexandria, que optou pela interpretação literal.

A escola de Alexandria tem suas raízes no pensamento dos antigos filósofos gregos. Sua interpretação tem origem em Heráclito. Os gregos tinham dificuldades para interpretar as ações dos deuses, suas más ações e sua moral deplorável. Para redimir os deuses, Heráclito estabeleceu o conceito de “Huponóia”, sentido profundo. Sua abordagem foi aplicada às obras de Homero (A Ilíada e a Odisseia). Além de Heráclito, outro grande filósofo que influenciou a forma de interpretação da escola de Alexandria foi Platão. Ele desenvolveu a ideia que o mundo material é na verdade uma projeção imperfeita do mundo ideal que faz parte das realidades imateriais. Os principais nomes dessa escola de interpretação, são: Pantenus, fundador da escola catequética de Alexandria; Clemente de Alexandria, sucessor de Pantenus; Orígenes, o mais respeitado e estudioso de sua época.

A escola de Antioquia surgiu como uma reação ao método de interpretação adotado pela escola de Alexandria. Foi fundada por Luciano de Antioquia, teólogo que deu origem a uma tradição de estudos bíblicos que buscava conhecer as línguas originais. A escola de Antioquia foi formada  no início do século 4º, embora já houvesse no século 2º teólogos que possuíam uma interpretação mais sóbria das Escrituras, e ficou conhecida por sua abordagem literal das Escrituras. Os princípios de interpretação da escola de Antioquia irão, mais tarde, ser adotados pelos reformadores. Os mais importantes defensores deste método, foram: Deodoro de Tarso; Teodoro de Mopsuéstia; e João Crisóstomo. 

A escola de Antioquia desenvolveu alguns princípios  interpretativos: sensibilidade e atenção ao sentido literal do texto; Theoria; Historicidade dos relatos; e a Intenção autoral.

Por terem sido condenados alguns representantes da escola de Antioquia por heresia, seu método de interpretação acabou caindo em descrédito.


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terça-feira, 24 de maio de 2022

O Credo dos Apóstolos - Franklin Ferreira



Resenha Crítica: O Credo dos Apóstolos



Por: Sandro Francisco do Nascimento

Livro com Título: O Credo dos Apóstolos: as doutrinas centrais da fé cristã.

Autor: Franklin Ferreira.

Editora Fiel 278 páginas



  1. Introdução.


Um dos grandes prejuízos experimentados por nossa geração e que certamente encontra sua origem nos modernos movimentos evangélicos1, é o desapego ou desconhecimento do conteúdo bíblico e das tradições da igreja cristã. Desconhecimento do conteúdo bíblico por causa da grande quantidade de crentes nominais, que jamais tiveram contato, desde sua conversão, com as doutrinas centrais do cristianismo. Pouco ou nada se fala sobre a teologia da cruz; em alguns casos, não há qualquer interesse em se apresentar o Cristo que foi morto, ressurgiu dos mortos e que há de julgar o mundo inteiro. Quanto à vida piedosa, nada pode ser dito para não ofender os pretensos convertidos que estão ansiosos para usufruir das bênçãos de Deus, sem, contudo, conhecê-lo e ter qualquer compromisso com Ele. De igual modo, as tradições da igreja cristã têm sido abandonadas sob o pretexto de serem antiquadas, arcaicas ou mesmo antibíblicas. Confunde-se o conceito de tradição, segundo o catolicismo, e nega- se por consequência a necessidade de um núcleo doutrinário extraído e sintetizado das Escrituras que possam ser o Norte e padrão para todos aqueles que abraçam o cristianismo. Este é o pano de fundo que propiciou a escrita desta obra de autoria do Pastor Franklin Ferreira. A obra tem como fim apresentar uma exposição do credo apostólico e demonstrar sua relevância para a igreja cristã em uma época de grande, se não total, desapego às tradições ou doutrinas centrais da igreja cristã genuína. Há de se afirmar que as doutrinas expostas por meio do credo, afirmações extraídas da própria Escritura, são essenciais para a fé cristã e que devem ser comuns a todos aqueles que de fato se identificam como cristãos genuínos. Ou seja, se há algum ponto destas doutrinas que não é crido ou recebido como doutrina cristã, tal comunidade ou pessoa, não pode ser considerada irmã. Essas doutrinas são axiomas, não são passíveis de negociação.


O que iremos apresentar aqui é um resumo que tem por objetivo apontar alguns assuntos que possuem mais relevância. Irei, quando necessário, expor minha opinião pessoal sobre um assunto específico que me parece ter sido pouco explorado, ou que, tenho uma interpretação diferente da exposta pelo autor.



  1. Relevância.


Ao se abordar uma discussão sobre doutrinas axiomáticas, deve-se pensar sobre sua relevância para a igreja cristã. A definição de axioma, por si, já demonstra que tal assunto é de vital importância. Um axioma, por definição, é aquilo que não pode e nem deve ser negociado. Ou seja, as doutrinas que são tão evidentemente ensinadas pelas Escrituras, que não se pode negociar sua importância para a confissão e identidade da comunidade da fé. Ferreira inicia a obra demonstrando que há um estranhamento da comunidade cristã atual para com as doutrinas básicas da fé cristã. Esse estranhamento, sem dúvida, torna imperativa a reafirmação dos pontos centrais da fé.



  1. Método expositivo


O método expositivo é certamente uma das formas mais eficazes de se apresentar um conteúdo tão rico quanto o é o Credo Apostólico. Ferreira inicia sua exposição demonstrando a origem do problema a ser discutido. Ou seja, o que deu origem à necessidade de se escrever uma obra para explicar a origem, história e atualidade do Credo para a igreja cristã. Essa apresentação inicial está bastante evidente já nas primeiras páginas do livro. No prefácio, Ferreira esclarece o objetivo e motivação que o levaram a escrever uma exposição do Credo dos Apóstolos.



O objetivo desta obra é meditar sobre o antigo documento cristão conhecido como Credo dos Apóstolos. Por meio da exposição deste documento, gostaria de colocar diante do leitor os temas doutrinais cristãos que são absolutamente inegociáveis e vitais, se queremos preservar uma identidade cristã genuína nos dias atuais. (FERREIRA, 2015, p. 11)



  1. Divisão



  1. Introdução


O autor apresenta o credo como um documento histórico. Fala de sua origem, sua relação e derivação das Escrituras e sua função como documento unificador da comunidade da fé.



Comecemos este estudo sobre o Credo dos Apóstolos citando as palavras de abertura da obra A tradição cristã, de Jaroslav Pelikan: “O que a igreja de Jesus Cristo acredita, ensina e confessa com base na palavra de Deus: essa é a doutrina cristã. [...] O Credo dos Apóstolos é uma apresentação do ensino bíblico, ortodoxo e consensual, “aquilo que foi crido em todo lugar, em todo tempo e por todos”[...]. (FERREIRA, 2015, p. 19, 20)



  1. Preâmbulo


Ferreira faz uma apresentação geral do tema. Particularmente, entendo que esta parte do livro foi não só oportuna, mas essencial para a aproximação do leitor ao tema. O autor consegue transmitir ao leitor conceitos bases para entender a natureza e 

importância do Credo. O leitor pode ter acesso de forma introdutória a conceitos básicos sobre a relação entre a cosmovisão cristã Reformada, seus pressupostos, e a interpretação correta da Bíblia e sua exposição no Credo.



O Credo, resumo da Escritura, funciona como aqueles óculos que nos levam de volta ao texto bíblico e nos ajudam a interpretar o texto bíblico corretamente. Não há interpretação bíblica livre de pressupostos. O Credo dos Apóstolos funciona como um conjunto de pressupostos que guia tanto a leitura bíblica como a interpretação que o fiel faz da criação. (FERREIRA, 2015, p. 64)



  1. Artigos


Após apresentar uma visão panorâmica do conteúdo do livro e preparação para compreensão adequada, Ferreira expõe o Credo respeitando sua divisão natural em três artigos. O primeiro é apresentado como “O Deus Criador”. Ele apresenta uma exposição sobre o Deus Pai, o Todo-poderoso Criador, “A primeira divisão do Credo é focada em Deus Pai. Deus criador, Deus sustentador, o Deus da providência. O Pai todo- poderoso, criador do céu e da terra” (FERREIRA, 2015).


O segundo artigo apresenta o Filho, Jesus, como o “Deus Redentor”. Cristo é apresentado como o unificador e ápice da revelação de Deus. Jesus é o redentor, o Messias prometido que haveria de esmagar a cabeça da serpente.



Por que esse segundo artigo é maior? Porque, em alguma medida, o Pai e o Espírito vêm a nós por meio do Filho. Nesse sentido, ninguém pode ter a pretensão de ter a Deus como Pai e ter a consolação que vem do Espírito Santo se não for por meio de Jesus Cristos. (FERREIRA, 2015, p. 131)



O terceiro artigo apresenta o Espírito Santo como doador da vida, unificador, provedor e preservador do seu povo.



Se estivermos lendo o Credo corretamente, o que aprendemos é que só há vida cristã, e só há igreja verdadeira, quando o Espírito Santo opera. Toda a nossa vida cristã, tudo o que somos como cristãos, todas as bênçãos que recebemos, são dádivas concedidas pela bendita pessoa do Espírito Santo. Então, o que aprendemos do Credo, quando lemos “creio no Espírito... a santa Igreja... a comunhão dos santos”, é que a igreja encontra a sua razão de ser por meio do Espírito Santo. A igreja só é igreja por causa da obra do Espírito Santo. (FERREIRA, 2015, p. 212,213)


  1. Crítica pessoal


Antes de expor minha crítica deixo claro que minha oposição não diz respeito à totalidade do argumento do autor, mas apenas uma afirmação específica. Durante toda a obra, embora demonstre a pessoalidade de cada pessoa da trindade (a economia da trindade), Ferreira procura unificar as pessoas da trindade demonstrando que os três são igualmente eternos, poderosos, dignos de toda honra, glória e louvor. Contudo, ao criticar grupos cristãos específicos, ele afirma algo que parece não ter amparo nas Escrituras, ou pelo menos não desfruta de amparo claro dela. Diz respeito a quem devemos nos dirigir na oração.



[...] igrejas com background fundamentalista, focadas mais em leis e regras, enfatizarão o Pai; ou, de uma forma mais vaga, em Deus, mas sem muito descrever quem é esse Deus. [...] É curioso que em algumas dessas comunidades não se recomenda orar a Jesus Cristo. Se um fiel orar a Jesus Cristo, é repreendido. Nem se fale, então, em orar ao Espírito Santo. (FERREIRA, 2015, p. 102)



Segundo Ferreira, ao menos é o que sua expressão parece apontar, uma pessoa que mantém como regra ou prática de oração dirigir-se ao Pai, por meio ou em nome do Filho, pelo Espírito Santo, seria fundamentalista2, visto que Pai, Filho e Espírito Santo são um. Essa afirmação me parece equivocada. A oração dominical, como ensinada por Jesus em Mateus 6.9-13, parece nos ensinar, de forma clara, que devemos orar ao Pai. Em João 17, na oração sacerdotal, novamente Jesus ora ao Pai. O apóstolo Paulo, em Efésios 1.15-23, parece também demonstrar que as orações eram realizadas ao Pai. No mesmo capítulo, dos versos 3-14, o apóstolo expõe o que chamamos de economia da trindade, demonstrando que há na trindade uma subordinação funcional e consensual. Com isso não quero dizer que uma ou outra das pessoas da trindade não são dignas de receber nossas orações. Mas que a Escritura parece apontar para uma ordem funcional na qual o Pai é aquele a quem nos dirigimos em oração, em nome do Filho, pelo poder e iluminação do Espírito Santo.



  1. Conclusão


Uma conclusão adequada deve expressar como podemos utilizar o Credo e para quê. Em primeiro lugar devemos considerar que o Credo, sendo a síntese daquilo que cremos nas Escrituras, pode ser utilizado como paradigma para recepcionar novos convertidos a quem tendo sido apresentadas as verdades do evangelho, possam confessar, de forma consciente, o Credo. Em segundo lugar, o Credo é um marcador ou delimitador da confissão cristã. Ou seja, a partir das verdades inegociáveis apresentadas por meio do Credo, podemos determinar ou perceber doutrinas sectárias, estranhas à fé e que porventura estejam sorrateiramente sendo introduzidas no seio da igreja. Em terceiro lugar, o Credo tem função unificadora. Através do Credo a igreja pode afirmar-se una. Em quarto e último lugar, o Credo ajuda a igreja a entender a necessidade de buscar a santificação.


1 “Muito da tradição protestante brasileira foi moldada pelo antigo fundamentalismo evangélico, nascido em fins do século XIX, e oriundo do sul dos Estados Unidos. Entre outros, este nos legou uma aversão aos credos da igreja e às confissões de fé. (FERREIRA, 2015, p. 11)

2 Fundamentalismo. Movimento teológico conservador que teve início nos Estados unidos no final do século XIX e continuou a exercer grande influência durante o século XX. Insistia que certas doutrinas básicas ou “fundamentos” devem ser preservados, como a inerrância das Escrituras e o nascimento virginal de Cristo. Nos últimos anos, o termo passou a ser associado a uma mentalidade particular de separação, legalismo e até mesmo obscurantismo. (MILLARD, 2011, p. 85)



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domingo, 27 de março de 2022

Teologia Sistemática Charles Hodge

 






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