domingo, 31 de agosto de 2014

Apocalipse Interlinear


A Carta aos Romanos 4


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A Carta aos Romanos 3


A Carta aos Romanos 2


A Carta aos Romanos 1







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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Eleiçao

Já tive diversos motivos pra apostatar da fé, mas a grande evidência do amor e eleição de Deus está em que seus eleitos  não possuem qualquer vida se em Deus não estiver, logo então um eleito longe de Deus é como o sol sem firmamento... 

    
         Sandro F. do Nascimento

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

João Calvino

"Ninguém possui coisa alguma, em seus próprios recursos, que o faça superior; portanto, quem quer que se ponha num nível mais elevado não passa de imbecil e impertinente. A genuína base da humildade cristã consiste, de um lado, em não se presumido, porque sabemos que nada possuímos de bom em nós mesmos; e, de outro, se Deus implantou algum bem em nós, que o mesmo seja, por esta razão, totalmente debitado à conta da divina Graça”.
João Calvino, Exposição de 1 Corintios (1 Co 4.7), pp. 134,135

João Calvino

“Mas, visto que todo homem é indigno de se dirigir a Deus e de se apresentar diante de sua face, a fim de nos livrar da vergonha que sentimos ou que deveríamos sentir, o Pai celeste nos deu seu Filho, o nosso Senhor Jesus Cristo, para ser o nosso Mediador e advogado para com ele, para que, por meio dele, pudéssemos aproximar-nos livremente dele. Como isso nos certificamos de que, tendo tal Intercessor, o qual não pode ser recusado pelo Pai, também nada nos será negado de tudo o que pedirmos em seu nome. Seguros também de que o trono de Deus não é somente trono de majestade, mas também de sua graça, podendo nós comparecer perante ele com toda a confiança e ousadia, em nome de Mediador e Intercessor, para rogar misericórdia e encontrar graça e ajuda, em toda necessidade que tivermos.” (João Calvino, As Institutas, Vl 03, Ed. Cep, Edição especial, p. 101)

terça-feira, 12 de agosto de 2014

EVOLUÇÃO vs DEUS, documentário que enfurece ateus em todo o mundo. Ass...

Vejam Só - A bíblia abona o uso de qualquer instrumento musical na igreja?

O mau pastor

Zacarias 11:16,17


Porque levantarei um pastor na terra, que não visitara as que estão
perecendo, não buscará a desgarrada e não sarará a doente, nem
apascentará a sã; mas comerá a carne da gorda e lhe despedaçará
as unhas. Ai do pastor inútil, que abandona o rebanho; a espada
cairá sobre o seu braço e sobre o seu olho direito; o seu braço
completamente se secará, e o seu olho direito completamente se
escurecera. Zc 11:16,17.
  Para quem não consegue entender a 
Soberania de Deus, está bem explicito nesta leitura, onde se faz 
distinto o decreto de Deus e a responsabilidade humana. Repare que 
este o qual Deus levantara, não é nenhum bom pastor mas um 
mau,ou seja na sua natureza ele já é mau e não se transformara, o 
fato aqui é que Deus lhe dará autoridade e poder estando este nesta 
condição, meus irmãos todas as coisas contribuem para o bem dos 
que amam a Deus, ora ainda que a nossos olhos algo pareça absurdo, 
mas até o próprio inferno é propriedade de Deus, foi feito por ele, e 
pergunto a todos, quem diz que o inferno é bom? Automaticamente 
todos dizem que não, que o inferno é algo ruim, pois bem, foi o diabo 
quem fez o inferno? Não, foi o próprio Deus quem o criou como 
ferramenta de juízo. No verso 16 Deus levanta o homem mau, nesta 
condição ele ficara, porque Deus assim o deixa ficar , para que se 
cumpram seus planos. No verso 17 , Deus lança sobre este seu 
juízo, por suas más obras será ele julgado , ou seja sua 
responsabilidade é pesada. É bom lembrar que sera julgado por ser 
culpado não por ter se tornado, Deus de certa forma não obriga o 
homem nem ao bem nem ao mau, a maior prova disto é que os eleitos 
também pecam, Davi, Pedro, Moisés... A diferença esta no conteúdo, 
Deus aos eleitos abre o entendimento para que entenda e 
reconheça a voz e o chamado de Deus, já os não eleitos 
permanecem na condição de rebeldes. Um grande exemplo disto 
esta no livro de atos 16:13,14,15, quando diz que havia junto com 
Lídia varias mulheres mas o próprio Deus abriu o coração de Lídia 
para que a mesma entendesse e fosse convertida. Outro exemplo é 
bem mais conhecido, Judas, que caminhou com Cristo e o traiu, mas o 
mesmo foi chamado por Cristo de filho da perdição, porque tinha que se 
cumprir o que Deus pelos profetas havia dito, por este motivo Deus 
levantou no meio dos apóstolos um traidor, até mesmo as palavras que 
Cristo disse ao mesmo, quando terminou a ceia deixam bem claro o 
que Judas havia de fazer por decreto, Jesus disse: o que tens que 
fazer, faze depressa. Deus levanta cada um por um motivo, segundo 
seus planos.


Sandro F. do Nascimento

Coisas de Mulher Cristã: Penina a rival de Ana.

Coisas de Mulher Cristã: Penina a rival de Ana.:     Penina era a outra mulher de Elcana diferente de Ana ela tinha filhos mas não tinha o amor do marido.Por Ana não ter filhos Penina a pro...

Rev. Augustus Nicodemus Lopes



segunda-feira, 11 de agosto de 2014

LIVRE AGÊNCIA


Texto Básico: Ef 2.1-10
INTRODUÇÃO:
Certamente, o ser humano tem liberdade para agir. Contudo, quando
consideramos sua vontade, será que tem a capacidade de optar pelas coisas aprovadas? A
ideia do livre-arbítrio é muito difundida, ainda mais em uma época em que há forte
incentivo para que cada pessoa faça o que bem entende. Existe livre-arbítrio? Se existe,
em que termos? Qual é a condição da nossa vontade?
I – O Livre Arbítrio Perdido
Por definição, a expressão “Livre Arbítrio” diz respeito a uma capacidade humana
de escolher o bem em detrimento do mal. Contudo, isso é possível a um pecador? Já no V
século de nossa era, a questão do livre-arbítrio foi largamente debatida especialmente
devido à grande controvérsia travada entre Agostinho e Pelágio. Agostinho, baseado nas
Escrituras, reconheceu como heréticas as posições defendidas e ensinadas por Pelágio.
Basicamente, o problema foi causado devido à descaracterização dos efeitos da queda no
ser humano. Pelágio ensinava que o homem nasce perfeito, sem pecado, e com a plena
habilidade de viver em estado de perfeição. Para ele, o pecado é uma experiência que
acontece no decorrer da vida. Portanto, seus pressupostos negavam o pecado original,
bem como a transmissão e a imputação do pecado na vida dos descendentes de Adão.
Além disso, esvaziou de significado e importância o sacrifício de Cristo, uma vez que o
homem pode viver a plena humanidade em perfeição absoluta. Para ele, a vontade do
homem era livre para manter-se pura e incontaminada, não sendo escravizada pelo
pecado.
Contra esses “dogmas” pelagianos levantou-se Agostinho. Este escreveu várias
obras afirmando a corrupção total do homem, ou seja, que o pecado invadiu todos os
recantos da existência humana, não restando nenhuma parte do homem que se manteve
incontaminada. Reconheceu e ensinou a doutrina do pecado original, não apenas a sua
transmissão por nascimento no decurso das gerações, mas também a imputação,
considerando Adão como “cabeça de raça”, isto é, a função representativa que tinha no
paraíso, quando recebeu a primeira aliança, a aliança da Criação. Esta era um pacto de
obras. Se Adão desobedecesse, ou seja, se ele viesse a praticar a desobediência, quebraria
a aliança. Se, ao contrário, se mantivesse firme diante da tentação do diabo, conquistaria
o direito de viver para sempre em perfeição e santidade, numa ordem de criação perfeita
e inalterável. Contudo, não somente ele, mas toda a sua posteridade se beneficiaria com
sua retidão original. Conseqüentemente, sua desobediência traria também culpa e
condenação sobre todos os seus descendentes. Essa representatividade é evidente no
ensino bíblico que apresenta Cristo como o último Adão. Paulo deixa claro que em Adão,
todos pecaram (Rm 5.12), e que os que crêem em Cristo não estão mais debaixo da
representatividade do primeiro homem, mas sim de Jesus (Rm 5.12-20; 1Co 15.21,22, 45-
49).
Assim, o pecado passou a caracterizar a existência humana como um todo, já a
partir de sua concepção no ventre materno (Sl 51.5). Agostinho enfatizou a necessidade
da obra de Cristo que nos substitui naquilo que precisamos satisfazer para a justiça
requerida por Deus. Toda nossa dívida foi cancelada. Jesus nos substituiu na vida e na
morte, nos concedendo a ressurreição para a eternidade. Em vida, Cristo cumpriu
perfeitamente a lei (Mt 5.17; Lc 2.21) com o objetivo de nos representar nesse
cumprimento, repassando assim os méritos de suas obras a todos os que nele crêem. Em
sua morte, assume o juízo que merecidamente nos aguardava, tornando nossa morte
física o ponto final da história do pecado em nossa existência e o renascer para a vida
plena e perfeita. Na queda, Deus sujeitou o homem ao tempo a fim de que o pecado e a
queda ficassem para trás e a história, conduzida por Deus, trouxesse um futuro de
restauração em Cristo Jesus. Sem a obra substitutiva de Cristo, o único destino humano
seria o inferno eterno. Agostinho também deixou claro que a vontade do homem não é
livre para escolher o bem. Influenciado por Agostinho, séculos mais tarde Lutero veio a
escrever uma célebre obra enfatizando a prisão na qual se encontra a vontade humana,
intitulada De servo arbítrio, ou seja, A Escravidão da Vontade, uma reação à obra de
Erasmo de Roterdã cujo título era De libero arbítrio, isto é, a liberdade da vontade. Na
verdade, apenas Adão e Eva, antes de pecarem, experimentaram o Livre Arbítrio, pois não
tinham a concupiscência da carne “entre os quais todos nós andamos outrora, segundo as
inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por
natureza, filhos da ira, como também os demais” (Ef 2.3). O apóstolo está afirmando que
o pecado está interferindo em todo pensamento, desejo e obra. Hoje, é impossível ao
homem natural, mesmo o crente, experimentar tal pureza e isenção de influência maligna,
que o leve a querer e a praticar por si mesmo o bem. Tanto Lutero quanto Calvino
refletem Agostinho em muito de seus pensamentos. A rejeição completa pelos
reformadores do Livre Arbítrio para o homem caído é um exemplo disso.
II – Realidade Presente: Livre Agência
A livre agência pode ser definida como a liberdade para refletir o próprio coração
em tudo o que se faz. Essa é a presente realidade humana. Adão, após cair, perdeu a
capacidade de refletir perfeição em seus pensamentos e atos. Contudo, passou a mostrar
a sua nova e terrível realidade interior. Note o que Paulo diz sobre o gentio, ou seja, o
homem natural: “Quando, pois, os gentios, que não tem lei, procedem, por natureza, de
conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si mesmos. Estes mostram
a norma da lei gravada no seu coração” (Rm 2.14,15). O que o apóstolo está expressando
é o fato de o homem agir segundo o que está em seu coração. Existe a norma da lei
gravada no coração de todo homem “por natureza”. Há o conhecimento da vontade moral
de Deus no centro da vida de todo ser humano. E, de fato, por vezes o ímpio reflete
padrões de ética e moral. Contudo, tal conhecimento não é suficiente para a santidade,
pois esta só pode existir na vida daqueles que conhecem a Cristo como Senhor e Salvador.
De qualquer forma, mesmo esse agir segundo a lei no homem natural não significa jamais
o seu cumprimento, pois o homem, mesmo o crente, não pode cumpri-la em seu estado
atual.
Repare a ilustração abaixo. Ela ilustra as diferentes realidades da História do
homem, mostrando o que em cada uma delas o coração pode refletir.
Ímpio Adão antes da queda Crente
Ora, não é preciso argumentação para compreender que o coração do homem no
paraíso era perfeitamente bom. De certa forma, não havia santidade ali, pois não havia do
que se separar. Tudo era perfeito. O coração do homem só refletia a pura e cristalina
vontade de Deus. Contudo, uma vez que desobedeceu à ordem de Deus, tornou-se
imperfeito e desligado da comunhão perfeita com Deus, como tinha no Éden. A morte
espiritual passou a caracterizar o ser humano, que só poderia voltar a se relacionar com
Deus nesta vida de forma precária, devido ao pecado, e como resultado da obra de Deus
de resgatar aqueles que escolheu. O estado do homem sem Cristo é de trevas absolutas.
Não há contradição entre esta afirmação e o fato de refletirem a Lei em suas atitudes de
vez em quando. Mesmo tal cumprimento é parcial e sem o entendimento que vem do
Espírito. A luz do conhecimento de Deus só raia quando Cristo se manifesta
salvadoramente na vida do pecador. Portanto, o ímpio tem liberdade para refletir o seu
coração. Todavia, só operará o pecado, mesmo quando estiver refletindo algum aspecto
da Lei de Deus, pois não considera o Senhor em nada daquilo que faz. O pecador vive
como se fosse o senhor de sua própria vida. Sobre isso, diz Paulo: “entre os quais todos
nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne
e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais” (Ef
2.3). O homem sem Deus só pode refletir a vontade da carne e dos seus próprios
pensamentos. Por isso, encontra-se em trevas. Ele jamais poderá optar pelo bem. Na
verdade, nem mesmo o reconhece, pois as trevas de seu conhecimento não foram
iluminadas para compreender. Assim, suas melhores obras, quando refletem a Lei de Deus
em algum aspecto, apenas distinguem trevas densas de trevas não tão densas (Mt
6.22,23).
Chegamos então ao crente. O crente tem livre arbítrio? Certamente, não. Como
ilustra a figura acima, o livre arbítrio pressupõe o estado de perfeição, para que se opte e
se decida sem a inclinação natural para o mal. O crente vive certa dualidade. Existe nele a
natureza caída, a dívida contraída por Adão como representante da humanidade. Todavia,
há também nele a herança de Cristo, o representante dos eleitos. Nossa responsabilidade
é: “andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita
contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não
façais o que, porventura, seja do vosso querer” (Gl 5.16,17). Pela busca incessante de
Deus na comunhão do Espírito, o crente é habilitado a vencer a carne. Por lutar ainda
contra essa natureza caída, o crente jamais conseguirá fazer nada perfeito, nem mesmo
separar e distinguir claramente seus próprios desejos e intenções. Por vezes, alguns
desejos tidos como “nobres” e “santos” têm intenções malignas como motivação.
Enganoso é o coração. Por isso, mesmo o crente não consegue separar e discernir
perfeitamente os impulsos e as motivações de sua própria alma. Não pode exercer o livre
arbítrio, como foi o caso de Adão e Eva, antes de pecarem.
CONCLUSÃO:
A ideia do livre-arbítrio surgiu como um modo de preservar a dignidade do ser
humano, conferindo-lhe algum mérito e direito na sua própria salvação. A condição de
“morto” não é agradável ao ser humano. O homem natural se rebelou contra Deus para
ser soberano sobre si mesmo. Assim, confessar completa dependência do Senhor para a
sua salvação não é agradável ao coração humano. Tenta-se desesperadamente marcar um
“gol de honra”, algo que possa dar ao homem a possibilidade de dizer “pelo menos
isso...”. O ser humano não tende a gostar da graça quando o assunto é salvação, porque
ela declara e atesta a sua total incompetência e miséria. Devemos estar cientes de que
somos incapazes de optar naturalmente por Deus. Isso só é possível quando somos
chamados eficazmente pelo Santo Espírito de Deus, que nos habilita a aceitar a salvação
em Cristo Jesus.

Rev. Jair de Almeida Júnior.

TULIP

Gálatas 6:14-18 por João Calvino



Mas longe de mim gloriar-me senão na cruz de nosso
Senhor Jesus Cristo, pelo qual o mundo está crucificado
para mim e eu para o mundo. Pois em Cristo nem a
circuncisão nem a incircuncisão é coisa alguma, mas o
ser nova criatura. E a todos quantos andarem conforme
esta regra, paz e misericórdia sejam sobre eles e sobre
o Israel de Deus. Quanto ao mais, que ninguém me
perturbe; porque trago em meu corpo as marcas do
Senhor Jesus. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo
seja, irmãos, com o vosso espírito. Amém.
14. Mas longe de mim. Ele agora contrasta as tramas dos
falsos apóstolos com sua própria sinceridade, como se estivesse
dizendo: “Para não serem compelidos a levar a cruz, então negam
a cruz de Cristo, adquirem os aplausos dos homens com o preço
de vossa carne e terminam conduzindo-vos em triunfo. Meu
triunfo e minha glória, porém, se encontram na cruz do Filho de
Deus”. Se os gálatas não estivessem ainda destituídos de todo
aquele comum sentimento, porventura não deveriam ter detestado
aqueles a quem viam se refestelando a expensas deles?
Gloriar-me senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo é o
mesmo que gloriar-se no Cristo crucificado, ainda que algo mais
esteja implícito. Ele tem em mente a morte cheia de miséria e
ignomínia, a qual Deus mesmo amaldiçoou; a morte que os
homens contemplaram com aversão e vergonha; nessa morte, diz
ele, me gloriarei, porque nela eu encontro perfeita felicidade. Pois
onde o bem mais excelente existe, aí há glória. Mas, por que não
também em outros lugares? Ainda que a salvação seja revelada na
cruz de Cristo, onde fica sua ressurreição: Eis minha resposta: na
cruz está contida a totalidade da redenção e todas as suas partes,
mas a ressurreição de Cristo não nos afasta da cruz. E note-se
bem que ele abomina todas as outras formas de glória como não
sendo nada menos que uma terrível ofensa. Que Deus nos proteja
de tal praga; isso não passa de uma monstruosidade! Eis o
significado da frase que Paulo freqüentemente usa — de modo
algum!
Pelo qual o mundo. Como stauros (stauros) é masculino, o
pronome relativo pode, no grego, referir-se ou a Cristo ou à cruz.
Em minha opinião, contudo, é preferível que se refira à cruz.
Porque por meio dela, estritamente falando, morremos para o
mundo. Mas, o que significa 'o mundo'? Ele é indubitavelmente
contrastado com a nova criatura. Tudo quando se opõe ao reino
espiritual de Cristo é o mundo, visto que ele pertence ao velho
homem; ou, numa palavra, o mundo é, por assim dizer, o objeto e
o alvo do velho homem.
O mundo está crucificado para mim, diz Paulo. No mesmo
sentido, em outro lugar ele declara que considera todas as coisas
como esterco [Fp 3.8]. Crucificar o mundo é menosprezá-lo e
reduzi-lo a nada.
E ele adiciona o oposto: e eu para o mundo. Com essa
expressão ele quer dizer que o mundo era completamente sem
importância e deveras absolutamente nada, porque a nulidade
pertence aos mortos. De qualquer forma, ele quer dizer que, pela
mortificação do velho homem, havia renunciado o mundo. Alguns
o expõem assim: “Se o mundo me considera como amaldiçoado e
proscrito, eu considero o mundo condenado e maldito”. Isso, a
meu ver, parece ser um tanto estranho ao pensamento de Paulo,
porém deixo a decisão com os leitores.
15. Pois em Cristo Jesus. A razão por que ele está crucificado
para o mundo e o mundo para ele é que, em Cristo, em quem o
apóstolo está enxertado, somente uma nova criatura é de algum
valor. Tudo mais deve ser descartado; não, perecido! Estou me
referindo às coisas que obstruem a renovação procedente do
Espírito. Isso é o que ele diz em 2 Coríntios: “Se alguém está em
Cristo, que ele seja uma nova criatura” [2 Coríntios 5.17]. Ou seja,
se alguém deseja ser considerado dentro do reino de Cristo, que
ele seja reformado pelo Espírito de Deus; que não mais viva para si
mesmo nem para o mundo, senão que se erga para uma nova
vida. A razão por que ele conclui que nem circuncisão nem
incircuncisão é de algum valor já foi mencionada. A verdade do
evangelho absorve e desfaz todas as sombras da lei.
16. E a todos quantos andarem conforme esta regra. “Que
todos quantos sustentam esta regra”, diz ele, “desfrutam de
prosperidade e felicidade!” Isso equivale tanto como uma oração
por eles quanto como um sinal de aprovação. Sua intenção,
portanto, é que todos aqueles que ensinam esta doutrina são
dignos de amor e beneplácito; e, por outro lado, os que a
abandonam não são dignos de ser ouvidos. Ele sua a palavra regra
para expressar o sólido e contínuo curso que todos os piedosos
ministros do evangelho devem seguir. Pois como os arquitetos, ao
erigir edifícios elaboram um plano, para que todas as partes se
harmonizem em perfeita proporção e simetria, assim o apóstolo
confia aos ministros da Palavra um cânon por meio do qual
pudessem edificar a Igreja adequada e ordeiramente.
Esse lugar deve gerar profundo zelo aos fiéis e honestos mestres
e a todos quantos se permitem conformar a essa regra, pois nela
ouvem Deus abençoando-os pelos lábios de Paulo. Não carecemos
de recear os trovões do papa, se Deus nos promete do céu paz e
misericórdia. O verbo andar, aqui, pode aplicar-se tanto ao
ministro quanto ao povo, ainda que sua referência seja
primordialmente aos ministros. O tempo futuro do verbo é usado
para expressar perseverança.
E sobre o Israel de Deus. Esta cláusula se constitui num motejo
indireto à vã ostentação dos falsos apóstolos, os quais alegavam
ser os descendentes de Abraão segundo a carne. Ele, pois, produz
um duplo Israel: um, uma simulação e visível somente aos homens;
o outro, visível somente a Deus. A circuncisão era um sinal aos
olhos humanos; a regeneração, porém, é a verdade aos olhos de
Deus. Numa palavra, ele agora os chama o Israel de Deus, a quem
anteriormente se chamavam filhos de Abraão pela fé, e portanto se
incluíam todos os crentes, quer gentios, quer judeus, que foram
unidos numa mesma Igreja. Em contrapartida, o Israel segundo a
carne só pode reivindicar o nome e a raça, e disso ele trata em
Romanos 9.
17. Que ninguém me perturbe. Ele agora fala com voz de
autoridade, com o fim de refrear seus adversários, pois manifesta
todo o direito de seu poder superior: “Que eles parem de obstruir
o curso de minha pregação”. Estava pronto, por amor a toda a
Igreja, a solucionar as dificuldades, mas não será obstruído pela
oposição.
Perturbar é opor-se com o fim de subverter o progresso de
alguma obra.
Quanto ao mais, ou seja, todas as coisas que se acham além da
nova criatura. Eis sua intenção: “Esta única coisa é bastante para
mim. Outras questões são sem importância e não me interessam.
Que ninguém me aborreça com elas”. E assim ele se coloca acima
de todos os homens e não dá a ninguém o direito de assaltar seu
ministério. Literalmente, significa: “quanto ao resto do que ficou”.
Em minha opinião, Erasmo estava errado ao referi-lo ao tempo.
Porque trago em meu corpo as marcas. Ele mostra que a
ousadia de sua autoridade repousava nas marcas de Cristo, as
quais ele levava em seu corpo. E que marcas eram essas? Prisões,
cadeias, açoites, calamidades, apedrejamentos e muitos tipos de
maltratos que ele sofreu em decorrência do testemunho do
evangelho. Pois assim como as guerras terrenas têm suas
condecorações com as quais os generais honram a bravura de um
soldado, também Cristo, nosso General, tem suas marcas
pessoais, das quais ele faz bom uso para condecorar e honrar a
alguns de seus seguidores. Essas marcas, porém, são muito
diferentes das outras; pois elas contêm a natureza da cruz, e aos
olhos do mundo não passam de ignomínia. Isso é sugerido pela
palavra 'marcas', pois literalmente significam ferroadas, as marcas
com que os escravos estrangeiros, ou fugitivos, ou malfeitores,
eram marcados. Paulo, portanto, fala mui estritamente quando
alega ser distinguido por essas marcas com as quais Cristo
costumava honrar seus mais distintos soldados. Aos olhos do
mundo, essas marcas eram vergonhosas e símbolo de desgraça;
mas diante de Deus e dos anjos elas excedem a todas as honras
do mundo.
18. A graça de Cristo seja com o vosso espírito. Ele ora não
para que a graça fosse derramada sobre eles gratuitamente, mas
para que pudessem ter em sua mente um sentimento correto
sobre ela. Realmente, ela só é usufruída por nós quando atinge o
nosso espírito. Devemos, pois, pedir a Deus que prepare nossa
alma para ser uma habitação de sua graça. Amém.
Fonte: Extraído do comentário de Gálatas de João Calvino,
publicado pela Editora Paracletos, páginas 188-192.


Proclamando o Evangelho Genuíno de CRISTO JESUS, que é o poder de DEUS para salvação de todo
aquele que crê.

Autor:Felipe Sabino de Araújo Neto  http://www.monergismo.com/

Aos Coríntios

Coríntios tinha sua prosperidade comercial garantida por desfrutar de uma posição  geográfica de destaque. Entre o golfo de corinto e o golfo sarônico sua posição e condições para melhor navegação, lhe colocou como porto para comerciantes. Era um ponto de parada natural na rota de Roma para o oriente.

A antiga corinto foi totalmente destruída pelo romano L. Mummius Achaicus, entre 146 a.C. Mas foi reerguida um século  mais tarde como colônia de Roma, e reconquistou rapidamente sua grandeza anterior. Podemos comparar corinto com o Brasil hoje, pois era rica em mistura de raças. A preocupação de Paulo com a Igreja logo se justifica, por possuir uma mistura tão rica em raças e culturas, podia-se dizer que corinto era o porto dos prazeres. A ordem era realizar todos os desejos e cobiças, a qualquer custo podia-se saciar todos os desejos por mais abominável que fosse. Na mente popular corinto sugeria “cultura e cortesãs”. Corintianizar era uma forma polida de dizer em grego ir para o diabo.