terça-feira, 19 de julho de 2016

Confissão de Fé Westminster

CAPÍTULO X
DA VOCAÇÃO EFICAZ


Seção II. – Esta vocação eficaz provém unicamente da livre e especial graça de Deus e não de coisa alguma prevista no homem; nesta vocação ele é totalmente passivo, até que, vivificado e renovado pelo Espírito Santo, seja desse modo capacitado a responder a esta vocação e a abraçar a graça oferecida e comunicada nela.



segunda-feira, 11 de julho de 2016

PREGAÇÃO EXPOSITIVA-Tema: Eleição incondicional.



Autor: Sandro Francisco do Nascimento
Texto Base: Efésios 1:4-11.


Introdução

Em 1618 foi convocado um Sínodo nacional para reunir-se em Dort, a fim de examinar os pontos de vista de Armínio à luz das Escrituras. Essa convocação foi feita pelos Estados Gerais da Holanda para o dia 13 de novembro de 1618. Constou de 84 membros e 18 representantes seculares. Entre esses estavam 27 delegados da Alemanha, Suíça, Inglaterra e de outros países da Europa. Durante os sete meses de duração do Sínodo houve 154 sessões para tratar desses artigos. Após um exame minucioso e detalhado de cada ponto, feito pelos maiores teólogos da época, representando a maioria das Igrejas Reformadas da Europa, o Sínodo concluiu que, à luz do ensino claro das Escrituras, esses artigos tinham que ser rejeitados como não bíblicos. Isso foi feito por unanimidade. Não somente isso, mas o Concílio impôs censura eclesiástica aos “remonstrantes”, - depondoos de seus cargos, e a autoridade civil (governo) os baniu do país por cerca de seis anos.
Além de rejeitar os cinco artigos de fé dos arminianos, o Sínodo formulou o ensino bíblico a respeito desse assunto na forma de cinco capítulos que têm sido, desde então, conhecidos como “os cinco pontos do Calvinismo”, pelo fato de Calvino ter sido grande defensor e expositor desse assunto. Embora cause estranheza a muitos essa posição, devido à mudança teológica que as igrejas têm sofrido desde vários séculos, os reformadores eram unânimes em condenar o arminianismo como uma heresia ou quase isso. A salvação era vista como uma obra da graça de Deus, do começo ao fim, sem qualquer contribuição do homem. Essa posição pode ser resumida na seguinte proposição: Deus salva pecadores[1].

Os cinco pontos do calvinismo demonstram de forma sistematizada as verdades reveladas na palavra de Deus sobre a posição do homem diante de Deus. Minha proposta nesta exposição é demonstrar o 2° ponto que é a Eleição incondicional.

Uma breve definição sobre este ponto:

Deus em sua soberana vontade elegeu pecadores, mortos em delitos e pecados, não por qualquer obra prevista, mas somente pelo beneplácito de sua própria vontade.

Para compreendermos corretamente este ponto é necessário que nos lembremos e entendamos corretamente o primeiro ponto: “Depravação total”.

Apesar da expressão “total”, normalmente oque se entende por depravação total é um equivoco por parte de algumas pessoas. Quando falamos em depravação total estamos dizendo que o pecado afetou o homem em toda sua extensão, ou seja, não há uma única parte do homem que não tenha sido tocada pelo pecado. A queda afetou o homem de tal modo que o mesmo é incapaz de por sua própria força se decidir a Deus.

Veja o que o Eterno fala:

E o Senhor sentiu o suave cheiro, e o Senhor disse em seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem; porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice, nem tornarei mais a ferir todo o vivente, como fiz. Gn 8:21.

João Calvino escreveu a respeito da mente humana:

A mente humana é como um depósito de idolatria e superstição; de modo que, se o homem confiar na sua própria mente, é certo que ele abandonará a Deus e inventará um ídolo, segundo sua própria razão.

Analisando o texto bíblico não é difícil chegar à conclusão de Calvino. A partir do pecado todo homem passou a ser inimigo de Deus.

 Paulo diz:

Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. Rm 3:10-12.

Esta é a posição que se encontra todo homem a não ser que Deus o cure de sua seguira. Um fato que se deve ter atenção é que o homem não é somente sujo, mas também está morto.
No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não tinham pecado à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir. Rm 5:14.

Visto a real posição do homem diante de Deus, isso nos leva a seguinte pergunta: Há no homem algo que o faça merecer o favor de Deus? A resposta é clara e sonora: NÃO!

Baseado nesta verdade o calvinismo defende que pela palavra de Deus é evidente que o homem não pode fazer nada para merecer o favor de Deus. Sua posição de rebelião total contra Deus o fez perder a comunhão que desfrutava com o Soberano Deus.

Sendo, pois o homem incapaz de buscar sua salvação, estando cego, surdo e obstinado pelo erro, precisa da obra Soberana de Deus para que possa desfrutar da salvação.
Por este motivo as escrituras demonstram que Deus em sua soberania elegeu pecadores para salvar demonstrando assim seu amor.

Esta eleição não se baseia na fé prevista.

O calvinismo sustenta que o pré-conhecimento de Deus esta baseado no seu propósito ou no seu próprio plano. Resulta da livre vontade do criador (Deus) e independe do ser humano, o qual está espiritualmente morto.

Irei expor agora o texto sagrado que se encontra na carta de Paulo aos Efésios 1:4-11.

Creio termos neste texto evidencias da eleição incondicional.

Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença. Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade, para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado. Nele temos a redenção por meio de seu sangue, o perdão dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus, a qual ele derramou sobre nós com toda a sabedoria e entendimento. E nos revelou o mistério da sua vontade, de acordo com o seu bom propósito que ele estabeleceu em Cristo, isto é, de fazer convergir em Cristo todas às coisas, celestiais ou terrenas, na dispensação da plenitude dos tempos. Nele fomos também escolhidos, tendo sido predestinados conforme o plano daquele que faz todas as coisas segundo o propósito da sua vontade,


Ø  Nos elegeu Nele: Deus nos elegeu não baseado nas nossas obras, mas unicamente representados pelas obras de Cristo. Isto pode ser reafirmado no Cap. 2:8-10.

Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.

Ø  O tempo em que houve esta eleição é exposto como: “Antes da fundação do mundo”. A palavra aqui traduzida por “mundo” é bem mais abrangente, é a mesma palavra usada em João 3:16. Nos dois textos a palavra grega usada é ko,smoj, que é melhor traduzida como universo, toda a criação. Paulo esta dizendo que a eleição ocorreu em um momento fora da história onde só a Majestade Divina esta presente. Deus, o Pai, o Filho e o Espírito Santo sendo um, elegeu pecadores para a salvação antes que o tempo existisse.

                      Assim, os céus, a terra, e todo o seu exército foram acabados.
                                                                                                                               Gn 2:1.

O primeiro ponto a ser entendido é que Deus escolheu seus eleitos antes da fundação do mundo.  Certamente este tempo que se faz presente no texto como antes da fundação do mundo é um lugar no tempo que não podemos demarcar, sendo Deus Eterno e não sujeito as questões temporais sua decisão em escolher seus eleitos não estão sujeitas a qualquer ação externa que o tenha influenciado em sua escolha. Podemos ver esta mesma expressão em Apocalipse 17:8.

 A besta que você viu, era e já não é. Ela está para subir do abismo e caminha para a perdição. Os habitantes da terra, cujos nomes não foram escritos no livro da vida desde a criação do mundo, ficarão admirados quando virem a besta, porque ela era, agora não é, e entretanto virá.

Apocalipse 17:8


Ø  O motivo desta eleição é colocado não como visto no homem por Deus, mas um propósito de Deus para o homem. Deus nos elegeu não por sermos santos, mas “para sermos santos e irrepreensíveis”. Esta afirmação de Paulo mostra claramente que Deus não foi influenciado por qualquer obra vinda do homem.

Ø  O que determinou então a decisão de Deus? Isso fica claro nas palavras de Paulo nos demais versículos:

“segundo a boa determinação de sua vontade”
“Gratuitamente no Amado”
“O mistério da sua vontade”
“Predestinados conforme o propósito Daquele que faz todas as coisas segundo o propósito da sua vontade”


Ø  Para que Deus elegeu pecadores?

“Para o louvor da sua Glória”.
Esta expressão ocorre quatro vezes no 1° capitulo. Isto demonstra qual a centralidade da mensagem, Paulo firma aqui a base da eleição como sendo para a glória de Deus.


Condicional ou incondicional?

O texto já citado, de Efésios 1, responde essa pergunta de modo suficientemente claro. Paulo não declara nesse capítulo que Deus escolheu os seus eleitos antes da fundação do mundo porque fossem santos ou fiéis, e sim para serem santos e fiéis. A seguir, ele é ainda mais explicito ao afirmar que os predestinou em “em amor” (a motivação da predestinação), “segundo o beneplácito da sua vontade”. Como se não fosse suficiente, o apostolo afirma ainda, no verso 11, que os crentes foram “predestinados segundo o conselho daquele que faz todas as cousas conforme o conselho da sua vontade”.

Quem escolhe?

Em toda a escritura podemos ver claramente que Deus escolhe aqueles a quem deseja salvar.

Não foste vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros, e vos designei para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça.
João 15:16.[2]

Em Romanos 8:28, Paulo demonstra que aqueles que Deus chamou segundo seu proposito, esses é que amam a Deus. Não são chamados por amarem a Deus, mas amam a Deus por terem sido chamados.

Quem vem a Cristo?

Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de maneira nenhuma o  lançarei fora... E a vontade daquele que me enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressussitarei no úçtimo dia (Jo 6:37-39). Ninguem poderá  vir a mim, se pelo pai não lhe for concedido (Jo 6:65). Não falo a respeito de todos vós, pois eu conheço aqueles que escolhi (Jo 13:18).


Aplicação

·         Somos carentes da graça de Deus.
·         Não somos merecedores do favor de Deus.
·         Todos os homens longe da graça se encontram mortos em delitos e pecados, escravos do pecado e do diabo, inimigos de Deus, amantes da imundícia do mundo e condenados ao fogo eterno.
·         Deus elegeu pecadores.
·         Deus elegeu pelo propósito da sua vontade.
·         Nos fez justificados em Cristo Jesus.
·         Nos elegeu para as boas obras, para sermos santos e irrepreensíveis Nele (Cristo) em amor.
·         Sua escolha foi efetuada na eternidade.
·         O motivo principal dessa sua misericórdia é o louvor da sua Glória.
·         Por este motivo devemos ser gratos pelo seu imenso amor e cumprir todo seu querer, sendo submissos a sua majestade.













Que o Senhor aplique sua palavra em nossas vidas.



[1] (Tradução livre e adaptada do livro The Five Points of Calvinism - Defined, Defended,
Documented, de David N. Steele e Curtis C. Thomas, Partes I e II, [Presbyterian &
Reformed Publishing Co, Phillipsburg, NJ, USA.], feita por João Alves dos Santos)
[2] Calvinismo, As Antigas Doutrinas da Graça (Paulo Anglada).

sexta-feira, 8 de julho de 2016

A família é nosso maior patrimônio


Hoje em dia a família tem a imagem desgastada, o que vemos é a multiplicação do divórcio, filhos perdidos e casais amargurados, sem qualquer esperança de uma vida plena e feliz.  No entanto, não podemos esquecer que a família é o nosso maior patrimônio, foi criada pelo próprio Deus e por isso que devemos cuidar da nossa.  Li uma reflexão do Reverendo Hernandes Dias Lopes, em que ele destaca três motivos pelos quais a família é o nosso maior patrimônio, leia a seguir.[1]

A família é nosso maior patrimônio porque foi instituída por Deus para o nosso maior bem e a nossa mais plena felicidade.

 A família é ideia de Deus. Nasceu no coração de Deus, no céu, na eternidade. O mesmo Deus que instituiu a família estabeleceu princípios para governá-la. Deus criou o homem e a mulher, instituiu o casamento e uniu-os numa relação de plena comunhão emocional, espiritual e física. O casamento, segundo o preceito de Deus, é heterossexual, monogâmico e indissolúvel. Consequentemente, a relação entre o homem e a mulher está em aberta oposição aos preceitos divinos. No casamento deve prevalecer o amor e a fidelidade, a fim de que a intimidade física seja desfrutada com pureza e deleite. Só dentro dessa perspectiva, a família pode cumprir seu desiderato, e dar ao mundo uma descendência santa.

A família é nosso maior patrimônio porque é guiada por Deus para cumprir sua vocação no mundo.

A família tem o papel de criar filhos no temor de Deus, para cumprir no mundo seu mandato cultural e espiritual. Mesmo vivendo numa sociedade decadente, a família deve ser governada pela santidade. Mesmo vivendo numa cultura de relativismo, a família precisa viver dentro das balizas da verdade absoluta. Nossos filhos são heranças de Deus e devem merecer nossa maior atenção. Os filhos são como flechas nas mãos do guerreiro. Os pais carregam os filhos e depois os lançam para longe, na direção do projeto de Deus. Nossos filhos devem cumprir o plano de Deus, e serem vasos de honra nas mãos do altíssimo. Nossos filhos devem ser reparadores de brechas e portadores de boas novas da salvação. Devem contribuir decisivamente na construção de uma sociedade mais humana, mais justa e mais solidária.

A família é nosso maior patrimônio, porque é um presente de Deus que devemos cuidar com mais desvelo.

Seria uma consumada insensatez gastarmos nosso tempo correndo atrás de coisas, relegando nossa família a um plano secundário. Nenhum sucesso compensa o fracasso da família. Construir o sucesso pessoal sobre escombro da família é loucura. A vitória sem a valorização da família tem sabor amargo. Devemos dedicar o melhor do nosso tempo e melhor dos nossos recursos na formação espiritual, moral e intelectual da família. Investir na família é investir em nós mesmos. Semear nesse canteiro fértil é a garantia de uma abundante colheita. Quando a família vai bem, a igreja é edificada. Quando a família vai bem, todos irmanados, caminhamos rumo à bem aventurança!
Rev. Hernandes Dias Lopes


quinta-feira, 7 de julho de 2016

PREGAÇÃO EXPOSITIVA-Missio Dei




Autor: Jefferson de Andrade Azevedo.
Texto Base: 2Coríntios 5:18-21 com ênfase no Vs.19.

Tema: A Missão de Deus e Alguns Fatos Relacionados a Ela.


Introdução: Hoje nós vivemos num cenário onde é muito frequente, Pastores, Igrejas e até mesmo membros de Igreja falarem sobre a necessidade e a urgência da obra missionária. Mas há dois pontos muito importantes nesse processo que precisam ser compreendidas e esclarecidas: primeiro, a missão não é nossa, é de Deus; Segundo, há uma diferença fundamental entre missão e evangelização. Missão é a obra de Deus na história humana por meio de Jesus Cristo e do seu povo. Evangelização é a intersecção do povo de Deus na sua missão. Portanto, se há alguém interessado no êxito e no bom andamento da obra missionária, esse alguém é o dono da missão: Deus. Até mesmo porque, diante da tragédia humana, diante da condição caída do homem, foi Deus quem buscou redimir o homem e não o oposto. Foi Deus quem disse que da semente da mulher levantaria um para esmagar a cabeça da serpente e redimiria o homem caído. E ele cumpriu essa promessa quando enviou o nosso amado Senhor e Salvador Jesus Cristo para cumprir a missão de redimir o homem. Fato que ele cumpriu com êxito.

Elucidação: O texto que lemos a alguns instantes registrado na 2ª carta de Paulo aos coríntios nos fala um pouco sobre o que temos discorrido. Essa carta foi escrita por volta do ano 55 D.C. E o propósito era confortar aquela igreja, mostrando que o consolo divino vem ao nosso encontro. E que por isso devemos também consolar aqueles que carecem de consolo. Nesse trecho que lemos, Paulo fala sobre o ministério da reconciliação que a nós foi dado por Deus, e associa esse ministério a ação de Deus de buscar uma relação de proximidade com o homem.


1º Deus estava em Cristo.

a) A obra de Cristo era o resultado da ação do Espírito Santo em sua vida. (Missio Dei). O espírito de Deus estava sobre Ele desde o ventre. Ele foi gerado por obra do Espírito. Ele foi conduzido pelo Espírito ao deserto. O Espírito veio sobre Ele no batismo. Tudo isso demonstrando a presença de Deus em sua vida.

b) Deus esteve entre nós. Cristo foi o Emanuel.

2º Reconciliando consigo o mundo.

a) A restauração de uma relação que foi interrompida. O pecado nos aparta de Deus e nos impede de ter uma relação plena com ele (Is 59:2). Por isso que Cristo venceu o pecado. Ele venceu para que por meio dele também pudéssemos vencer, e mais uma vez poder nos relacionar plenamente com Pai.

b) É de Deus a iniciativa de estabelecer uma relação com o homem. Jesus disse em João 6:44 “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer”. Além de ser o ofendido, é Deus quem nos procura. Isso demonstra o amor que ele tem para conosco.

3º Não imputando aos homens a suas transgressões.

a) Deus não trata o homem com base na sua pecaminosidade, mas conforme a sua misericórdia e graça. Ou seja, ele entende nossa relatividade e limitação

b) Deus ao fazer isso abre mão do seu direito. O direito de condenar a todos. Mas Paulo disse que “a todos Ele (Deus) encerrou debaixo de desobediência para com os mesmo usar de misericórdia”.

c) Ele não imputa a nós porque imputou sobre Cristo nossas transgressões (Vs.21). Cristo sendo Deus se fez homem. Sendo forte se fez fraco. Sendo santo recebeu o nosso pecado. Isaías 53:4 diz: “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si”.



4º E nos confiou à palavra da reconciliação

a) Assim como Cristo foi uma peça fundamental para a consolidação da “Missio Dei”, assim também nós somos instrumentos de Deus para que o seu propósito de remir um povo para si.

b) Devemos entender que sem reconciliação o homem jamais poderá ser salvo. Portanto, corramos para alcançar os eleitos de Deus e vê-los reconciliados com o Senhor.

Aplicações:

a) Assim como Deus estava em Cristo operando sinais, prodígios e maravilhas, hoje está em nós por meio do Espírito Santo chamando homens ao arrependimento com vista à reconciliação consigo.

b) A reconciliação é o único modo de o homem alcançar a dádiva da salvação.

c) A matemática de Deus é diferente da nossa. Ele nos trata do modo que não merecemos: com graça e misericórdia.

d) Deus conta conosco no cumprimento da “Missio Dei”.




  


quarta-feira, 6 de julho de 2016

A mente piedosa







“A mente piedosa [...] contempla somente o Deus único e verdadeiro, nem lhe atribui o que quer que à imaginação haja acudido, mas se contenta com tê-Lo tal qual Ele próprio Se manifesta...”.



João Calvino, As Institutas, I.2.2.

Ressurreição de Cristo, fundamento da fé.






“E, se Cristo não ressuscitou, então a nossa pregação é inútil e também a vossa fé”.
(1 Co 15:14).

Cristo morreu pelos nossos pecados e ressuscitou, segundo as Escrituras, para nossa justificação. A morte de Cristo não foi um acidente, nem sua ressurreição foi uma surpresa. Jesus venceu a morte, triunfando sobre ela, em sua ressurreição.
Jesus arrancou o aguilhão da morte e a matou. Jesus deu robustas provas de sua ressurreição. Depois de ressurreto apareceu várias vezes a seus discípulos e a muitas outras pessoas. Então foi recebido na glória, onde está á destra de Deus, intercedendo por nós.
Negar a ressurreição de Cristo é tirar o conteúdo da pregação e o fundamento da fé. Se Cristo não ressuscitou, nossa fé esta desprovida de conteúdo. Um Cristo vencido pela morte não pode ser salvador do mundo. Os críticos da fé Cristã se esforçam, em vão, para apagar essa verdade gloriosa do cristianismo: a vitória de Cristo sobre a morte!
Nossa fé está edificada não no Cristo que esteve vivo e está morto, mas no Cristo que esteve morto e está vivo pelos séculos dos séculos.
 Porque Ele vive, podemos crer no amanhã. Sua ressurreição é o conteúdo da nossa pregação, o fundamento da nossa fé e a garantia da nossa esperança.

Rev. Hernandes Dias Lopes.


segunda-feira, 4 de julho de 2016

PREGAÇÃO EXPOSITIVA- Namoro Cristão.



Autor: Sandro Francisco do Nascimento
Texto Base: Gênesis 2: 18-24.
Tema: Namoro Cristão e sexualidade.

                                         
Então o Senhor Deus fez o homem cair em profundo sono e, enquanto este dormia, tirou-lhe uma das costelas, fechando o lugar com carne. Com a costela que havia tirado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher e a trouxe a ele. Disse então o homem: "Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada". Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne.

Sobre o livro

O nome “Gêneses” origina-se de uma palavra grega que significa “principio”. Este termo era o título do livro na Septuaginta (LXX), a antiga tradução do Antigo Testamento para o grego. O livro de Gêneses foi escrito em uma era pré-científica, e não pretendia ser um documento cientifico. Consequentemente, somente a inspiração divina pode explicar a perfeita exatidão da sua informação técnica[1]. Sobre o escritor há um consenso entre os estudiosos em atribuir a escrita a Moisés.

Introdução

Em meio a o mundo atual e suas “evoluções”, o cristianismo é desafiado diariamente a manter-se fiel as bases imutáveis da palavra de Deus. Comunmente atacado, a relação entre homem e mulher, macho e fêmea, parece ter perdido seu sentido para esta geração que a o que parece pretende criar um novo modelo moral, que agrade seus próprios interesses.
Preocupado com os jovens da casa do Senhor, decidi escrever esta exposição, pois estes têm sofrido enorme impacto com essas ideologias que de fato promete agradar a depravação que já existe no centro do ser humano.

Exposição

O primeiro ponto que irei enfatizar é que Deus em sua bondade quis que o homem desfrutasse de um relacionamento familiar, por isso deu-lhe a mulher como companheira.  Isso nos mostra alguns princípios para o namoro cristão.
1.      O namoro tem que ser a preparação para o casamento, todo cristão deve namorar a pessoa que de fato se quer constituir família. Se não quer casar não namore!

2.      Em Gêneses 2:24 encontramos uma cronologia no relacionamento entre o casal.

Ø  Preparação para o casamento.
·         Deixará- a ideia aqui no original é de mudar de um lugar para outro, ou seja, ter seu próprio lar.
·         Pai- chefe ou mantenedor de uma família.
·         Mãe- de forma primitiva (como vinculo da família).

Ø  O casamento.
o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher. Gn 2:24.
·         Mulher- esposa.

Ø  A união carnal.
·         Carne- relação consanguínea. “Serão um”.

A o analisar o texto podemos perceber algumas verdades que devem ser enfatizadas:
1.      Deus constituiu o matrimônio entre homem e mulher, macho e fêmea.
2.      Os solteiros devem preparar-se para serem independentes, constituindo de forma bíblica uma família que honre a Deus.

3.      A relação sexual só deve acontecer após o casamento.


Resultados da obediência

Bênçãos:

Ø  Espiritual[2].

Ø  Materiais[3].

Ø  Sociais[4].
               
                                                  Resultados da desobediência

          Desastre:

Ø  Familiar

·         Sem estrutura[5].
·         Divorcio[6].
·         Intelectual[7].

Ø  Espiritual[8].

Ø  Material.

·         Estrutura[9].

Ø  Sociais[10].

Vejamos alguns requesitos importantes para se começar um namoro[11]:

1.      Salvação- Ambos os jovens ou adultos devem ser verdadeiramente salvos, ou seja, ambos já devem fazer parte da aliança com o Senhor.

A saber: Se, com tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo.
Romanos 10:9.

2.      Maturidade física e Espiritual- Não devem ser crianças, pois maturidade é importante e essencial no relacionamento entre duas pessoas.

3.      Deus deve ser o centro do relacionamento.

4.      O rapaz inicia- com a chamada modernidade as moças têm tomado à iniciativa, mas isso contraria o principio bíblico. Os rapazes têm que tomar a iniciativa.

5.      Permissão dos pais- ambos têm que ter a aprovação dos pais. Isso é importante para que se obtenha uma família unida, que viva em comunhão.

6.      Apoio do seu pastor- tanto o rapaz quanto a moça deve se aconselhar com seu pastor. O pastor tem responsabilidade com a vida Espiritual dos membros, ele poderá aconselhar e lhe dar informações sobre seu pretendente.

7.      Visitas- deve haver um regulamento nas visitas.

8.      Ambos devem com seu testemunho ganhar a confiança dos pais.

Conselhos

·         Não case com alguém estranho a fé. (2corintios 6:14-18).
·         Não case pensando em saciar seus desejos sexuais. (Gálatas 5:16-25).
·         Procure conhecer a relação do seu (a) pretendente com Deus.
·         Procure conhecer a relação do seu (a) pretendente com os pais.
·         Casamento é para sempre, até que a morte os separe!




[1] Bíblia de estudos palavra-chave.
[2] A plena satisfação da vontade de Deus, uma família em comunhão.
[3] Bem estruturada, espiritualmente e profissionalmente.
[4] Contribui para o crescimento social, intelectual e econômico.
[5] A gravidez não planejada.
[6] Normalmente casais que se unem de forma despreparada, acabam se divorciando alegando incompatibilidade. Imaturidade!
[7] Jovens que se tornam pais antes de terminar os estudos.
[8] A vergonha muitas vezes os impedem de buscar o perdão de Deus, causando muitas vezes o afastamento deste jovem. Para de frequentar a igreja.
[9] Financeira, resultado da falta de preparação profissional.
[10] Decadência econômica social.
[11] Pr. Cleverson de Abreu de Faria- Bacharel em teologia pelo seminário Batista Regular do Sul (Curitiba-PR).