domingo, 29 de janeiro de 2017

A Identidade do Espírito Santo

Estudo 37 




Autor: Pastor Marcos Granconato, Igreja Batista Redenção.



    1.       A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO

O Espírito Santo não é uma força, uma energia cósmica ou a personificação do poder de Deus. Ele é uma “pessoa”, a terceira pessoa da Trindade. A Bíblia é generosa em apontar essa realidade:

A. O Espírito Santo possui atributos pessoais
            a)      É inteligente (Rm 8.27 e 1Co 2.10,11,13);
            b)      Tem emoções (Ef 4.30);
            c)      Tem vontade própria (At 16.6-11 e 1Co 12.11).
 B. O Espírito Santo tem atitudes de uma pessoa
            a)      Convence do pecado (Jo 16.8);
            b)      Guia os crentes à verdade (Jo 16.13);
            c)       Realiza milagres (At 8.39);
            d)     Intercede pelos crentes (Rm 8.26).

 C. O Espírito Santo recebe atribuições que somente uma pessoa poderia receber

            a)      Deve ser obedecido (At 10.19-21);
            b)      Pode-se mentir a ele (At 5.3);
            c)      Pode ser resistido (At 7.51);
            d)     Pode ser entristecido (Ef 4.30);
            e)      Pode ser ultrajado (Hb 10.29).

 D. O Espírito Santo se relaciona de modo pessoal com outras pessoas

            a)      Com os apóstolos (At 15.28);
            b)      Com Jesus (Jo 16.14);

    2.       A DIVINDADE DO ESPÍRITO SANTO

 O Espírito Santo não é apenas uma pessoa. Ele também é Deus.

 A. O Espírito Santo possui nomes divinos

            a)      Espírito de Deus (1Co 6.11 e 2Co 3.3);
            b)      Espírito de Cristo (At 16.7 e Rm 8.9).



B. O Espírito Santo possui atributos divinos

           a)      Onisciência (Is 40.13; 1Co 2.12);
           b)      Onipresença (Sl 139.7);
           c)      Onipotência (Jó 33.4 e Sl 104.30).

 C. O Espírito Santo realiza obras divinas

            a)      Foi o autor da concepção virginal (Lc 1.35);
            b)      Foi o agente da inspiração das Escrituras (2Pe 1.21);

            c)      Estava envolvido na criação (Gn 1.2).

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Enchei-vos do Espírito




Texto base: Efésios 5: 18.
Por: Sandro Francisco do Nascimento.
E não vos embriagueis com o Vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito
Introdução
Ser cheio do Espírito é certamente um assunto muito comum no meio evangélico. No entanto, no movimento moderno de avivamento Espiritual, podemos perceber que há pouco ou quase nada do conhecimento do que é ser cheio do Espírito. É evidente que há um distanciamento da interpretação, bem como da prática da ordem dada por Paulo. Ou seja, uma má interpretação do texto bíblico tem sido o fator responsável por uma geração vazia, que não tem produzido frutos dignos do Espírito.
Certamente, qualquer crente sincero que busca o entendimento do texto, irá ser confrontado com as praticas modernas da plenitude do Espírito. Nesta exposição, iremos nos aproximar do texto sagrado a fim de entender a ordem tão clara acerca do nosso compromisso em buscar as dádivas do Espírito.
Sobre Éfeso
[1]Éfeso era a maior, mais rica e mais importante cidade da Ásia Menor. Era chamada “a feira das vaidades” do mundo antigo.[2] Um escritor romano a chamou: “a luz da Ásia”. [3]A cidade tinha uma população estimada em mais de duzentas mil pessoas. Os efésios construíram um teatro que podia oferecer assento para cerca de 24 mil pessoas.[4]
Em Éfeso, ficava o mais importante porto da Ásia Menor.[5] Para todos os que desejavam viajar para algum lugar da Ásia, Éfeso era a entrada obrigatória. Mais tarde, quando muitos mártires foram capturados na Ásia e levados a Roma para ser lançados aos leões, Inácio rebatizou Éfeso de “a porta dos mártires”.[6]
Éfeso era o centro do culto a Diana (Atos 19:35), cujo templo jônico era uma das sete maravilhas do mundo antigo.[7] Nesse templo, havia centenas de prostitutas sagradas. Tudo isso fazia de Éfeso uma cidade sobremodo imoral.[8] Simon Kistemaker, citando o filosofo grego Heráclito, diz que a moral do templo era pior que a moral dos animais, pois nem mesmo os cães promíscuos mutilavam uns aos outros.[9] Era uma cidade mística, cheia de superstição e também um dos centros do culto ao imperador.
Paulo visitou a cidade no final da sua segunda viagem missionária por volta do ano 52 D.C. Em sua terceira viagem, permaneceu em Éfeso por três anos.
Apesar de todos os problemas morais da cidade, houve ali alguns sinais de avivamento: as pessoas ao ouvirem o evangelho denunciavam publicamente suas obras; rompiam com o ocultismo, queimando seus livros de magia; e dali o evangelho de Cristo se espalhou para toda Ásia Menor (Atos 19:1-20).

Verdades implícitas no texto

1.      Todo crente verdadeiro é habitado pelo Espírito Santo.
Para afirmar esta verdade recorro à própria epistola aos Efésios 1:13-14.

Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para louvor da sua glória.

2.      Ser habitado pelo Espírito implica em viver em Espírito.

E não vos embriagueis com o Vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito, Éfésios 5:18.

Em seu livro “Cheios do Espírito”, o Rev. Augustus Nicodemus comenta:

A embriaguez era algo bastante comum entre pagãos, assim como entre os habitantes de Éfeso, especialmente por ocasião dos festivais promovidos aos seus deuses, entre os quais se destacava Baco, o deus do vinho. Durante a Bacanália, o festival ao deus Baco, os participantes se embriagavam e se entregavam às mais baixas paixões carnais, totalmente submetidos à influência do vinho. O resultado era aswtia, palavra grega que Paulo usa aqui e que significa “dissolução, luxúria, lascívia”.[10]

3.      Encher-se do Espírito é uma ordem.

O verbo empregado esta no imperativo, isso quer dizer que Paulo não esta sugerindo que os crentes sejam cheios, mas ele esta na verdade ordenando que sejamos cheios do Espírito.

4.      É um dever de todos os crentes.

E não vos embriagueis com o Vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito, Éfésios 5:18.

5.      Está na voz passiva.

O sentido segundo John Stott é: “deixai o Espírito Santo encher-vos”.

Comentando o versículo John Stott faz um paralelo com Cl 3:16, “habite ricamente em vós a palavra de Cristo”.
Ou seja, obedecer à palavra e encher-se do Espírito são coisas idênticas e que não devem ser separadas.

A própria ideia de encher-se é como um copo embaixo de uma torneira, sendo assim cheio ate transbordar. Não há nenhuma ação daquele que é cheio, mas daquele que o enche.
Logo, nos enchemos do Espírito quando estamos cheios dele.

6.      A ordem é continua.

A ordem esta no presente, isto indica que devemos sempre nos encher do Espírito, durante toda caminhada Cristã.

 No grego há dois tipos de imperativo, um aoristo que descreve uma ação única, e um presente quando a ação é contínua. Assim, quando Jesus disse durante as bodas em Caná: “Enchei d`água as talhas” (Jo 2.7), o imperativo é aoristo, visto que as talhas deviam ser enchidas uma só vez. Quando, porém, Paulo nos diz: Enchei-vos do Espírito, emprega um imperativo no presente, o que subentende que devemos continuar ficando cheios. A plenitude do Espírito, pois, não é uma experiência de uma vez para sempre que nunca podemos perder, mas, sim, um privilégio que deve ser continuamente renovado pelo continuado crer e pela continuada apropriação obediente. Fomos selados com o Espírito de uma vez por todas; temos necessidade de encher-nos do Espírito e continuar ficando cheios todos os dias e todos os momentos do dia. ”[11]


Aplicações
1.      Devemos buscar a plenitude do Espírito.

Como já mencionado acima, é dever da igreja buscar encher-se do Espírito, pois é a vontade de Deus.

Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor. Efésios 5:17.

2.      Uma igreja cheia do Espírito prestara um culto segundo a vontade de Deus.

Falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, Efésios 5:19.

3.      Uma igreja cheia do Espírito é Teocêntrica.

Falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor com hinos e cânticos espirituais, Efésios 5:19.

4.      Uma igreja cheia do Espírito é grata a Deus.

Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Efésios 5: 20.

5.      Uma igreja cheia do Espírito vive em comunhão, seus membros vivem em submissão, honrando, amando e respeitando uns aos outros.
                             Sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo. Efésios 5: 21.

Que o Senhor aplique sua palavra em nossas vidas.


[1] Rev. Hernandes Dias Lopes, Ouça o que o Espírito diz às Igrejas, p. 43-44.
[2] Barclay, William. Apocalipsis, p.70
[3] Barclay, William. Apocalipsis, p.70.
[4] Kistemaker, Simon. Apocalipse, p.148.
[5] Ladd, George. Apocalipse, p.30.
[6] Barclay, William. Apocalipsis, p.70.
[7] Stott, John. O que Cristo pensa da Igreja, p.16.
[8] Barclay, William. Apocalipsis, p.72.
[9] Kistemaker, Simon. Apocalipse, p.150.
[10] Nicodemus, Augustus. Cheios do Espírito p.22.
[11] John Stott.

sábado, 17 de dezembro de 2016

Onde está Deus?




Por: Valdejane Maria da S. Nascimento
http://coisasdemulhercris.blogspot.com.br/

“Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos que a terra, assim os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.” (Isaías 55:8, 9).

Quando acontece uma tragédia algumas pessoas se perguntam: Onde estava Deus? Normalmente as pessoas têm o costume de pensar que se Deus está vendo tudo, então nada de ruim vai acontecer, ou que, se Deus é bom; logo tragédias não deveriam acontecer. No entanto, elas não percebem que Deus habita em uma esfera diferente da nossa, que tem planos diferentes dos nossos. Deus não trabalha conforme a nossa vontade, nós não determinamos o que ele deve fazer, ele não é guiado por nós; somos pecadores ele é santo; somos limitados ele é ilimitado. Ele faz conforme o seu querer e não conforme nossos desejos.  Em meio à tragédia, ele é o mesmo Deus, ele é soberano do mesmo jeito, ele é fiel.

Nós enxergamos o presente, ele vê o presente e o futuro; nós almejamos desfrutar bênçãos matérias, ele quer que gozemos de sua maravilhosa presença; lembramos constantemente das nossas dores, mas não paramos para refletir no sofrimento que Jesus passou por nós; julgamos injusto alguém morrer em uma tragédia, esquecemos que a maior injustiça aconteceu quando um homem santo, justo, sem pecado morreu para nos justificar, sendo nós miseráveis pecadores, que nem se quer merecíamos sua graça.

Os pensamentos de Deus são diferentes dos nossos, os caminhos dele são diferentes dos nossos, ele tem um plano diferente, o qual nós nunca iremos entender. Ele vê a eternidade, ele sabe o motivo pelo qual tudo acontece, quem somos nós para questionarmos os planos de Deus? Quem somos nós para querermos entender? Por acaso ele nos deve explicações? Ele é o criador de tudo, ele projeta caminhos que nós nunca poderemos entender, faz coisas inimagináveis acontecerem, o que é impossível para nós é possível para ele. “Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite” (Salmos 90:4).  

Jamais conseguiríamos medir o tamanho do seu poder, nem a intensidade do seu amor, nossos pecados são tão grandes que nunca conseguiríamos nos aproximar de Deus, mas a sua graça é tão imensurável que nos alcançou. Embora não possamos entender ou ver seus propósitos sabemos que ele está no controle de tudo em nossa vida, em qualquer situação ele está conosco, ele nunca nos deixa só. Assim só nos resta confiarmos nossas vidas a ele. Abandone o desejo de entender e dizer como Deus deve agir e apenas confie.


quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Confissão de fé de Westminster




CAPÍTULO IV
DA CRIAÇÃO


I. Ao princípio aprouve a Deus o Pai, o Filho e o Espírito Santo, para a manifestação da glória do seu eterno poder, sabedoria e bondade, criar ou fazer do nada, no espaço de seis dias, e tudo muito bom, o mundo e tudo o que nele há, visíveis ou invisíveis.

Rom. 9:36; Heb. 1:2; João 1:2-3, Rom. 1:20; Sal. 104:24; Jer. 10: 12; Gen. 1; At. 17:24; Col. 1: 16; Exo. 20: 11.

II. Depois de haver feito as outras criaturas, Deus criou o homem, macho e fêmea, com almas racionais e imortais, e dotou-as de inteligência, retidão e perfeita santidade, segundo a sua própria imagem, tendo a lei de Deus escrita em seus corações, e o poder de cumpri-la, mas com a possibilidade de transgredi-la, sendo deixados à liberdade da sua própria vontade, que era mutável. Além dessa escrita em seus corações, receberam o preceito de não comerem da árvore da ciência do bem e do mal; enquanto obedeceram a este preceito, foram felizes em sua comunhão com Deus e tiveram domínio sobre as criaturas.


Gen. 1:27 e 2:7; Sal. 8:5; Ecl. 12:7; Mat. 10:28; Rom. 2:14, 15; Col. 3:10; Gen. 3:6.



terça-feira, 8 de novembro de 2016

Confissão de fé de Westminster





CAPÍTULO III
DOS ETERNOS DECRETOS DE DEUS


I. Desde toda a eternidade, Deus, pelo muito sábio e santo conselho da sua própria vontade, ordenou livre e inalteravelmente tudo quanto acontece, porém de modo que nem Deus é o autor do pecado, nem violentada é a vontade da criatura, nem é tirada a liberdade ou contingência das causas secundárias, antes estabelecidas.

Isa. 45:6-7; Rom. 11:33; Heb. 6:17; Sal.5:4; Tiago 1:13-17; I João 1:5; Mat. 17:2; João 19:11; At.2:23; At. 4:27-28 e 27:23, 24, 34.

II. Ainda que Deus sabe tudo quanto pode ou há de acontecer em todas as circunstâncias imagináveis, ele não decreta coisa alguma por havê-la previsto como futura, ou como coisa que havia de acontecer em tais e tais condições.

At. 15:18; Prov.16:33; I Sam. 23:11-12; Mat. 11:21-23; Rom. 9:11-18.

III. Pelo decreto de Deus e para manifestação da sua glória, alguns homens e alguns anjos são predestinados para a vida eterna e outros preordenados para a morte eterna.

I Tim.5:21; Mar. 5:38; Jud. 6; Mat. 25:31, 41; Prov. 16:4; Rom. 9:22-23; Ef. 1:5-6.

IV. Esses homens e esses anjos, assim predestinados e preordenados, são particular e imutavelmente designados; o seu número é tão certo e definido, que não pode ser nem aumentado nem diminuído.

João 10: 14-16, 27-28; 13:18; II Tim. 2:19.

V. Segundo o seu eterno e imutável propósito e segundo o santo conselho e beneplácito da sua vontade, Deus antes que fosse o mundo criado, escolheu em Cristo para a glória eterna os homens que são predestinados para a vida; para o louvor da sua gloriosa graça, ele os escolheu de sua mera e livre graça e amor, e não por previsão de fé, ou de boas obras e perseverança nelas, ou de qualquer outra coisa na criatura que a isso o movesse, como condição ou causa.

Ef. 1:4, 9, 11; Rom. 8:30; II Tim. 1:9; I Tess, 5:9; Rom. 9:11-16; Ef. 1: 19: e 2:8-9.

VI. Assim como Deus destinou os eleitos para a glória, assim também, pelo eterno e mui livre propósito da sua vontade, preordenou todos os meios conducentes a esse fim; os que, portanto, são eleitos, achando-se caídos em Adão, são remidos por Cristo, são eficazmente chamados para a fé em Cristo pelo seu Espírito, que opera no tempo devido, são justificados, adotados, santificados e guardados pelo seu poder por meio da fé salvadora. Além dos eleitos não há nenhum outro que seja remido por Cristo, eficazmente chamado, justificado, adotado, santificado e salvo.

I Pedro 1:2; Ef. 1:4 e 2: 10; II Tess. 2:13; I Tess. 5:9-10; Tito 2:14; Rom. 8:30; Ef.1:5; I Pedro 1:5; João 6:64-65 e 17:9; Rom. 8:28; I João 2:19.

VII. Segundo o inescrutável conselho da sua própria vontade, pela qual ele concede ou recusa misericórdia, como lhe apraz, para a glória do seu soberano poder sobre as suas criaturas, o resto dos homens, para louvor da sua gloriosa justiça, foi Deus servido não contemplar e ordená-los para a desonra e ira por causa dos seus pecados.

Mat. 11:25-26; Rom. 9:17-22; II Tim. 2:20; Jud. 4; I Pedro 2:8.

VIII. A doutrina deste alto mistério de predestinação deve ser tratada com especial prudência e cuidado, a fim de que os homens, atendendo à vontade revelada em sua palavra e prestando obediência a ela, possam, pela evidência da sua vocação eficaz, certificar-se da sua eterna eleição. Assim, a todos os que sinceramente obedecem ao Evangelho esta doutrina fornece motivo de louvor, reverência e admiração de Deus, bem como de humildade diligência e abundante consolação.


Rom. 9:20 e 11:23; Deut. 29:29; II Pedro 1:10; Ef. 1:6; Luc. 10:20; Rom. 5:33, e 11:5-6, 10.




segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Confissão de fé de Westminster











CAPÍTULO II
DE DEUS E DA SANTÍSSIMA TRINDADE

I. Há um só Deus vivo e verdadeiro, o qual é infinito em seu ser e perfeições. Ele é um espírito puríssimo, invisível, sem corpo, membros ou paixões; é imutável, imenso, eterno, incompreensível, - onipotente, onisciente, santíssimo, completamente livre e absoluto, fazendo tudo para a sua própria glória e segundo o conselho da sua própria vontade, que é reta e imutável. É cheio de amor, é gracioso, misericordioso, longânimo, muito bondoso e verdadeiro remunerador dos que o buscam e, contudo, justíssimo e terrível em seus juízos, pois odeia todo o pecado; de modo algum terá por inocente o culpado.

Deut. 6:4; I Cor. 8:4, 6; I Tess. 1:9; Jer. 10:10; Jó 11:79; Jó 26:14; João 6:24; I Tim. 1:17; Deut. 4:15-16; Luc. 24:39; At. 14:11, 15; Tiago 1:17; I Reis 8:27; Sal. 92:2; Sal. 145:3; Gen. 17:1; Rom. 16:27; Isa. 6:3; Sal. 115:3; Exo3:14; Ef. 1:11; Prov. 16:4; Rom. 11:36; Apoc. 4:11; I João 4:8; Exo. 36:6-7; Heb. 11:6; Nee. 9:32-33; Sal. 5:5-6; Naum 1:2-3.

II. Deus tem em si mesmo, e de si mesmo, toda a vida, glória, bondade e bem-aventurança. Ele é todo suficiente em si e para si, pois não precisa das criaturas que trouxe à existência, não deriva delas glória alguma, mas somente manifesta a sua glória nelas, por elas, para elas e sobre elas. Ele é a única origem de todo o ser; dele, por ele e para ele são todas as coisas e sobre elas tem ele soberano domínio para fazer com elas, para elas e sobre elas tudo quanto quiser. Todas as coisas estão patentes e manifestas diante dele; o seu saber é infinito, infalível e independente da criatura, de sorte que para ele nada é contingente ou incerto. Ele é santíssimo em todos os seus conselhos, em todas as suas obras e em todos os seus preceitos. Da parte dos anjos e dos homens e de qualquer outra criatura lhe são devidos todo o culto, todo o serviço e obediência, que ele há por bem requerer deles.

João 5:26; At. 7:2; Sal. 119:68; I Tim. 6: 15; At - . 17:24-25; Rom. 11:36; Apoc. 4:11; Heb. 4:13; Rom. 11:33-34; At. 15:18; Prov. 15:3; Sal. 145-17; Apoc. 5: 12-14.

III. Na unidade da Divindade há três pessoas de uma mesma substância, poder e eternidade - Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo, O Pai não é de ninguém - não é nem gerado, nem procedente; o Filho é eternamente gerado do Pai; o Espírito Santo é eternamente procedente do Pai e do Filho.

Mat. 3:16-17; 28-19; II Cor. 13:14; João 1:14, 18 e 15:26; Gal. 4:6.

Soli Deo Gloria





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“Porque dele e por meio dele e para ele são todas as cousas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém” Romanos 11:36

Somente para Deus a glória, e unicamente para Ele. A Igreja existe para a demonstração deste valor: o valor que Ele tem. Não a respeito de nós, ou o que nós buscamos ter, mas sim exclusivamente a Ele, de modo que os hinos e cânticos girem em torno da pessoa e dos atributos de Deus. A mensagem não deve ser antropocêntrica (o homem como o centro) e sim Cristocentrica (Cristo como o centro).

Somente para Deus a glória, e unicamente para Ele. Este o fim principal da nossa existência: a glória de Deus. Glorificar a Deus é tão somente reconhecer a atribuir a Ele todas as perfeições dEle. Somente na pessoa dEle termos o nosso gozo.

Somente para Deus a glória, e unicamente para Ele, sendo Ele a fonte (Porque
dele) o mantenedor (por meio dele), e o alvo (para ele são todas as coisas) de tudo isso. Sendo assim, a vida dentro e fora da igreja vem dEle. Se obtermos dEle o que necessitamos, sermos mantidos por Ele e com o fim de para Ele fazermos todas coisas.

 Como inicia o Catecismo Maior de Westminster diz: Qual é o fim supremo e principal do homem? Resposta. O fim supremo e principal do homem e glorificar a Deus e gozá-lo para sempre. (Rom. 11:36; 1 Cor. 10:31; Sal. 73:24-26; João 17:22-24).

Auto-exame:

1) As músicas que você canta a Deus giram em torno dEle ou de outras coisas? E as pregações, orações, conversas, etc?

2) Você cobra de si atitudes de um modo tal que é como se você fosse o meio para que algo acontecesse e que tudo estivesse em suas mãos?


3) Você tem buscado sua alegria em Deus, em Seu louvor, em todas as áreas da sua vida?