segunda-feira, 14 de maio de 2018

Estudos na Epístola de Tito









Analise Sintética
Texto: Tito.

Traduções lidas
·         Bíblia de estudos palavras chave, ARC.
·         Almeida século 21
·         Bíblia de estudo de Genebra, revisada e ampliada
·         Novo Testamento Interlinear Grego-Português, RA-NTLH

Classe Literária: Epístola.
As cartas de Paulo relacionadas a assuntos pastorais, especificamente 1—2 Timóteo e Tito.[1]

O que é uma epístola?[2]

Etimologia- do grego epistolh, : carta epístola.[3]
Forma de missiva mais formal que uma carta simples. Uma epístola teria uma maior qualidade literária que uma carta, além de conter uma mensagem mais importante, que faz contraste com o caráter informal e, algumas vezes, superficial, de uma simples carta. As epístolas, missivas de natureza mais formal, incluem os tratados religiosos, as orações publicas, os tratados filosóficos, os tratados políticos, as exortações morais, etc.
Uma epístola é uma obra de arte; uma carta é um pedaço da vida diária.

Características de uma epístola[4]

·         Uma saudação pessoal, com a usual palavra grega carij, graça, como parte dessa saudação;
·         Uma espécie de ação de graças ou saudação;
·         Expressão de desejo pelo bem estar dos leitores da epístola, o que, no Novo Testamento, normalmente assume a forma de uma oração;
·         O tratamento da mensagem principal a ser comunicada, o que no Novo testamento, inclui instruções doutrinárias e éticas, de mistura com informes pessoais;
·         Uma benção, que geralmente contém alguma forma de saudação pessoal;
·         A assinatura, para propósitos de identificação e autenticação. (Gál 6.11; II Tes 3.17).

Autor: apesar de críticos modernistas[5] (Modernismo)[6] tentarem atacar a autoria paulina das epístolas pastorais (1-2 Timóteo e Tito), não há nenhuma razão plausível para negar que Paulo as tenha escrito. A favor da autoria paulina possuímos evidências internas (texto Bíblico) (1Tm 1.1; 2Tm 1.1; Tt 1.1) e evidências externas(da Igreja primitiva).

Argumentos contra autoria paulina[7]:

1.      As referências históricas nas epístolas pastorais não podem ser harmonizadas com a cronologia da vida de Paulo dada em Atos;
2.      O falso ensino descrito nas epístolas pastorais é gnosticismo plenamente elaborado do século II;
3.      A estrutura organizacional da igreja nas epístolas pastorais é a do século II e era desenvolvida demais para a época de Paulo;
4.      As epístolas pastorais não contém os grandes temas da teologia de Paulo;
5.      O vocábulo grego das epístolas pastorais contém muitas palavras que não se encontram nas outras cartas de Paulo, nem no restante do Novo Testamento.

Respostas as críticas dos modernistas:[8]

1.      Esse argumento de incompatibilidade histórica é válido somente se Paulo nunca foi liberto da prisão em Roma, mencionado em Atos, mas ele foi libertado, uma vez que Atos não registra a execução de Paulo e ele próprio esperava ser liberto (Fp 1.19,25-26). Os acontecimentos históricos nas epístolas pastorais não se encaixam na cronologia de Atos porque ocorreram depois da conclusão da narrativa do livro, que termina com a primeira prisão de Paulo em Roma;
2.      Apesar de haver semelhanças entre o gnosticismo das epístolas pastorais e o gnosticismo do século II, também há diferenças importantes. Os falsos mestres nas epístolas pastorais estavam dentro da comunidade da igreja (cf 1.3-7), também ressalta-se o fato de que os seus ensinamentos eram baseados no legalismo judaico (Tm 1.7; Tt 1.10-14;3.9);
3.      A estrutura organizacional da igreja mencionada nas epístolas pastorais estão em consonância com a que Paulo estabeleceu (Atos 14.23; Fp 1.1);
4.      As epístolas mencionam os temas centrais da teologia de Paulo: a inspiração das escrituras (2Tm 3.15-17);a eleição (2Tm 1.9; Tt 1.1-2); a salvação (Tt 3.5-7); a divindade de Cristo (Tt 2.13); a sua obra como mediador ( Tm 2.5) e expiação substitutiva ( Tm 2.6);
5.      Os temas diferentes nas epístolas pastorais exigiram um vocábulo diferente em uma carta pessoal a um colega pastor, em comparação com o que usaria em uma obra de teologia sistemática.

Além dos argumentos já apresentados em oposição a crítica quanto a autoria paulina, pode-se acrescentar algumas dificuldades que seriam enfrentadas caso a ideia de que as  epístolas tenham  sido escritas por um impostor fosse verdadeira.

·         Denúncia por parte da igreja primitiva que não aprovaria esse tipo de pratica (cf. 2Ts 2.1-2;3.17);
·         Um impostor não teria motivo para falsificar cartas que têm conteúdo semelhante e nenhuma divergência;
·         No caso de uma falsificação, um impostor teria acomodado os fatos das cartas a se encaixarem com a narrativa de Atos;
·         E o mais lógico, quem querendo enganar, incluiria nas epístolas advertências a respeito de enganadores se ele mesmo era um? Seria como atirar no próprio pé!

Propósito[9]

Paulo escreveu para incentivar Tito a terminar o seu ministério em Creta. Especificamente, Paulo queria que Tito completasse a organização das igrejas (1.5-9), confrontasse os falsos mestres que ali se encontravam (1.10-14; 3.9-11) e desse instruções às igrejas acerca de uma conduta adequada (2.1; 3.8).

Sobre o título

O nome da epístola obviamente provém de seu destinatário, Tito, que é citado 13 vezes  no NT ( Tt 1.4; Gl 2.1-3; 2Tm 4.10; 2 Co 2.13; 7.6,13-14; 8.6,16,2312.18). O título no NT grego literalmente diz: “A Tito”.

Principais personagens.

·         Paulo.
·         Tito.


Quem era Tito?[10]

Tito não é mencionado nos Atos, sabendo-se dele apenas o que encontramos nas epístolas de Paulo. Sabemos que ele era grego de nascimento, conforme observado em Gálatas 2.3, “mas nem ainda Tito, que estava comigo, sendo grego, foi constrangido a circuncidar-se”[11]. Sua conversão ao cristianismo se deu por influência do Apóstolo Paulo, Tito 1.1, foi companheiro de Paulo e Barnabé na viagem a Jerusalém, Gálatas 2.1. Ao contrário de Timóteo, Tito era filho de pais gentios, motivo pelo qual Paulo não o permitiu que fosse circuncidado, especialmente por ter sido exigido pelo partido dos judaizantes, grupo que além de guardar costumes da nação de Israel ainda tinham uma visão muito estreita com relação a inclusão dos gentios no povo de Deus.

O evangelho em Creta.[12]

A origem da igreja de Creta ainda permanece no campo da especulação, ao que tudo indica, é provável que alguns judeus da diáspora que residiam nesta ilha estiveram em Jerusalém no dia de pentecostes. Esses judeus teriam ouvido o famoso sermão de Pedro naquela ocasião, posteriormente retornando a Creta com sua nova fé.
Ao que parece, Paulo também trabalhou na pregação do evangelho ali, ao que tudo indica gerando bons frutos. Contudo, por algum motivo teve que partir apressadamente não tendo tempo suficiente para por em ordem os negócios da igreja.

Semelhanças com I Timóteo[13]

Devido a grande semelhança entre I Timóteo e Tito, acredita-se que ambas foram escritas aproximadamente na mesma data, cerca de 65 d.C. Paulo os instrui para que sejam levantados lideres apropriados para estar a frente das igrejas.

Principais Doutrinas

·         A eleição.
·         Graça Salvadora.
·         A Divindade de Cristo e sua segunda vinda.
·         A expiação substitutiva de Cristo.
·         A regeneração e a renovação dos cristãos pelo Espírito Santo.

O caráter de Deus

·         Deus é bondoso-3.4-6.
·         Deus é amoroso-3.4-7.
·         Deus é misericordioso-1.18;3.5.
·         Deus cumpri suas promessas-1.2.
·         Deus é verdadeiro-1.2.

Esboço

                   I.            Saudação (1.1-4)
                II.            Fundamentos para o evangelismo eficaz (1.5;3.11)
A.    Entre os lideres (1.5-16)
1.      Identificação dos presbíteros (1.5-9)
2.      Repreensão aos falsos mestres (1.10-16)
B.     Na igreja (2.1-15)
1.      Vida santa (2.1-10)
2.      Sã doutrina (2.11-15)
C.     No mundo (3.1-11)
1.      Vida santa (3.1-4)
2.      Sã doutrina (3.5-11)
             III.            Conclusão (3.12-14)
             IV.            Bênção (3.15)


[1] Dicionário Popular de Teologia Pág 147, Millard J. Erickson, Ed. Mundo Cristão.
[2] Champlin, volume 2 pág 407, Ed Hagnos.
[3] Léxico do Novo Testamento-Grego/Português pág 83, F.Wilbur Gingrich/Frederick W. Danker, Ed. Vida Nova.
[4]Champlin, volume 2 pág 408, Ed Hagnos.
[5] Dicionário Popular de teologia pág 127, Millard J. Erickson, Ed. Mundo Cristão.
[6] Dicionário Popular de teologia pág 127, Millard J. Erickson, Ed. Mundo Cristão.
[7] Manual Bíblico MacArthur págs 491-492, John MacArthur, Ed. Thomas Nelson.
[8] Manual Bíblico MacArthur págs 491-492, John MacArthur, Ed. Thomas Nelson.
[9] Bíblia de Estudo de Genebra.
[10] História , Doutrina e Interpretação da Bíblia pág 703, Joseph Angus, Ed. Hagnos.
[11] Bíblia de Estudos Palavras Chave pág 1227, Almeida Revista e Corrigida.
[12] História , Doutrina e Interpretação da Bíblia pág 704, Joseph Angus, Ed. Hagnos.
[13] Manual Bíblico de Halley pág 674, Edição Revista e Ampliada Nova versão Internacional, Ed Vida.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

A humilhação de Cristo, paradigma para a igreja.




Por: Sandro Francisco do nascimento.
Texto base: Filipenses 2.5-11.

Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que esta acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.

Introdução

O texto em apreço foi escrito pelo apostolo Paulo, provavelmente no ano 61 d.C. A cidade recebeu esse nome (Filipos) por causa de Filipe da Macedônia, pai de Alexandre o Grande. Era uma cidade muito importante por estar localizada na via Egnatia, que era a estrada principal entre as províncias do leste de Roma (At 16.12). Ao que tudo indica a cidade era fortemente povoada por gentios, provavelmente soldados romanos aposentados, os quais desfrutavam os privilégios de sua cidadania romana.

Propósito 

O propósito principal da carta segundo o próprio Paulo deixa claro em Fp 4.10-13 é agradecer pela cooperação da igreja de Filipos. Contudo, o apostolo também os exorta a manter a unidade, o que indica que a igreja estava enfrentando problema de divisão e partidarismo Fp 2.1- 4. 

Elucidação

O texto de filipenses 2.5-11 é um hino a humildade do Rei, o apostolo exalta o ato de auto esvaziamento de nosso Senhor que, sendo Deus, sujeitou-se a vontade do Pai de livre e espontânea vontade assumindo a posição e forma de servo. Creio que esse texto pode ser entendido não só como a maioria dos teólogos o expressam, tomando seu significado de muita importância com respeito a sua divindade, humilhação e exaltação, mas também uma aplicação mais ampla com respeito a vida de humildade e comunhão da igreja.
É vergonhoso o fato de que nós, de uma igreja genuinamente calvinista, que cremos na depravação total do homem, mas contrariando o que cremos exigirmos um reconhecimento de nossas boas ações. As vezes somos tão contraditórios que, quando ofendidos nos indignamos e gritamos em auto tom: quem você pensa que é? Ou: com quem você pensa que esta falando? E qual o motivo dessa nossa atitude? Sinto informar, somos todos em certa medida “hipócritas”.
Quando leio a carta de Paulo aos filipenses percebo que o antídoto para nossa soberba é a obediência voluntária, aquela mesma obediência que levou nosso Senhor a se esvaziar de si, se sujeitando ao Pai e assumindo a posição de um escravo.

Verdades implícitas

Quero compartilhar com a amada igreja algumas verdades que o texto nos ensina sobre a humilhação de Cristo (kenwsij) que devem ser o paradigma para uma vida de humildade e união na comunidade da igreja.
1.      Apesar de elogiar a igreja naquilo que eles estavam firmes, Paulo os repreende por algumas atitudes carnais.
·         “Nada façais por partidarismo ou vanglória” (Fp 2.3). Ao que tudo indica a exemplo de Corinto, os filipenses estavam enfrentando também problemas com panelinhas (1Co 3.3-4). Infelizmente ainda há em nossas igrejas aqueles que formam coligações e, outros que acham que são donos da igreja. Isso acaba destruindo a unidade da igreja, causando discórdia pelo simples motivo que não são os interesses do corpo que esta em evidencia mas, o individuo (3Jo 9).
·         Com essa atitude em evidencia na igreja, a conclusão obvia que podemos chegar é que ainda que a igreja pareça estar saudável por alguns acertos ela é nada mais que carnal.

2.      Dos versículos 1 ao 4 Paulo os repreende e exorta-os a como proceder de forma digna. Mas o clímax de sua exortação esta dos versos 5 ao 11, pois nesses versículos o apostolo vai apontar a humilhação de Cristo como paradigma de humildade e sujeição da igreja.
·         Ele inicia o verso 5 com um imperativo, “tende”, que indica a ordem de ter ou possuir. Uma outra forma possível para compreensão seria: possuam em vós.
·         Agora quero chamar a atenção dos irmãos para algumas palavras em particular:
Ø  Ekenwsen- que  quer dizer esvazio-se. A palavra esta na terceira pessoa do singular e esta na voz ativa, ou seja, a ação foi efetuada pelo sujeito (Cristo).
Ø  Morfh – Forma, não como forma física mas como essência ou característica particular que o define. Em outras palavras, Jesus é essencialmente Deus, ele é divino, possui todos os atributos de Deus.
Ø  Schma- Forma, porem ao contrario de morfh, skema tem o significado de forma física.
Ø  Isa- igual.
Paulo esta afirmando que Cristo sendo essencialmente Deus humilhou-se voluntariamente assumindo a forma de homem, forma essa que o possibilitou a padecer todos os castigos necessários a satisfazer a justiça de Deus. (Fp 2.8).

Aplicação

1.      A exemplo de Cristo, não devemos ser orgulhosos.(Fp 2.5-8).
A palavra aqui traduzida como usurpação é a palavra grega “a,rpagmon”, que pode ser entendida como: algo a ser conseguido ou retido a qualquer custo. Em outras palavras, Cristo não se apegou o fato de ser Deus, mas se esvaziou de sua gloria no céu e encarnou em um corpo de carne, sofrendo assim tudo que nós sofremos.
2.      Assim como Cristo, nossa obediência não deve ser forçada, mas ao contrario, devemos obedecer e amar a Deus e sua igreja voluntariamente.(Fp 2.7)
O próprio Paulo sabia o que era sofrer voluntariamente por obediência a verdade de Deus e por amor a igreja do Senhor.(Fp 2.27-30; At 16.9-12;At 16.16-24).
3.      Tendo como exemplo o ato de auto esvaziamento de Cristo, devemos desenvolver nossa salvação (Fp 2. 12-18). Devemos evidenciar que de fato somos salvos, pois se dissermos que estamos na luz e praticarmos as obras que não são dignas da luz, fica evidente que não andamos na luz nem a conhecemos.






Que o Senhor pois aplique sua palavra em nossas vidas!

Feliz Natal





Boa noite,

Hoje, dia 25 de dezembro, a Cristandade comemora o nascimento de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Contudo, a data que o Senhor nasceu não é de fato conhecida, sabemos que não foi no dia 25 de dezembro, essa data só foi fixada já no século IV da era Cristã.
Parafraseando o Rev. Jefferson Andrade, podemos afirmar: neste dia 25 de dezembro não celebramos o dia ,mas um dia em que Deus rompeu as barreiras da Eternidade e adentrou no espaço tempo assumindo a forma de Homem, “uma criança”.
Mas, embora não prestemos muitas vezes a atenção devida, gostaria de lhes apresentar algumas verdades a respeito desse dia tão importante.

Em primeiro lugar, o natal não começou no dia em que nosso Senhor nasceu de forma humilde em uma instalação tão simples. O natal começou na eternidade, Deus o Pai em sua providencia, sua soberana vontade ao criar o homem já tinha em vista a história da redenção. Redenção essa que só é possível por meio de um sacrifício efetuado pelo próprio Deus. Em Gêneses 3.15, em meio aquele turbulento acontecimento, “a queda”, Deus o Pai declara: Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar.
O descendente prometido, por meio de seu sacrifício voluntario justificou a muitos, pois pagou ao Pai o preço exigido pela sua justiça.

Em segundo lugar, o Pai conduziu a história de modo a preparar todo o cenário em que seria propício a vinda de seu filho.
Em 342 a.C, Aristóteles foi chamado pelo rei Felipe II e indicado tutor pessoal do filho do rei, Alexandre. Esse relacionamento haveria de ter um impacto tremendo, não só sobre o mundo mediterrâneo no futuro imediato, mas também sobre a civilização ocidental pelo resto da história. O discípulo mais destacado de Aristóteles iria distinguir-se não como filósofo, mas como líder militar. Alexandre, o Grande, adquiriu do seu mentor a paixão pela unidade. Suas conquistas militares foram motivadas em grande medida por seu desejo de criar uma cultura unificada no mundo antigo, uma cultura unida por uma língua comum, o grego. Como esse programa de helenização estendeu-se até a palestina, o Novo Testamento foi escrito em grego e não em hebraico ou latim.
A língua, o comércio que demandavam melhores formas de se viajar, a criação de estradas que ligavam as varias regiões deram impulso aos pregadores, pois tinham uma língua comum que poderia ser entendida em qualquer parte e estradas para poderem se mover.

O terceiro ponto e ultimo é que o natal é um presente de Deus, Cristo Jesus encarnou cumprindo assim a vontade do Pai. Seu nascimento nos trouxe a vida, mesmo sabendo o que haveria de padecer, Ele foi obediente, o Deus Eterno humilhou-se, fazendo-se um de nós sofreu as dores mais profundas  pois sendo justo nasceu para pagar de forma plena e eterna, a divida contraída por nós.
Que neste dia celebremos a luz do mundo, o Emanuel, o príncipe da paz, maravilhoso, Deus forte, nossa justiça, a Ele eternamente Glória, Honra e louvor.
Feliz Natal, que neste dia sejamos constrangidos pela justiça de Deus, que vivamos uma vida digna de tão grande presente pois Ele nasceu, morreu, ressuscitou e esta a direita do Pai eternamente. Amém!






terça-feira, 24 de outubro de 2017

Com Vergonha do Evangelho.

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Autor: Sandro Francisco do Nascimento
Texto base: Rm 1: 16.

“Porque não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu e também do grego. Pois a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá da fé”.

Introdução

Antes de conhecer a teologia reformada estive um tempo imerso no meio pentecostal, para ser mais exato cresci no meio referido. Esta minha experiência me torna apto a falar abertamente sobre este movimento que tem crescido a cada dia. Fui um pentecostal fervoroso e participei ativamente de algumas experiências defendidas veementemente pelos pentecostais como “unção, ou enchimento do Espírito”. No entanto, deixando a vergonha e o constrangimento de lado, há algum tempo tendo a luz das escrituras me dispus a falar sobre aquelas experiências pela qual passei e presenciei.
Contudo, o que me traz a escrever esta reflexão é uma preocupação com o presto crescimento da filosofia pragmática, ou “pragmatismo”.
O pensamento pragmático, ao menos na história moderna. Teve início no final do século XIX no  Metaphysical Club, um grupo de especulação filosófica liderado pelo lógico Charles Sanders Peirce, pelo psicólogo William James e pelo jurista Oliver Wendell Holmes, Jr., congregando em seguida acadêmicos importantes dos Estados Unidos. Segundo essa doutrina metafísica, o sentido de uma ideia corresponde ao conjunto dos seus desdobramentos práticos.
Disse que este pensamento tem aparente origem no século XIX, mas creio que o pensamento pragmático é encontrado sendo reprovado nas próprias escrituras, afirmativa que pretendo defender no decorrer desta reflexão.
A pergunta que deve estar sendo feita agora pelo leitor é: o que o texto de romanos tem haver com o pragmatismo? A resposta, no entanto é muito fácil. Nada! Exatamente isso!
O pastor Batista John MacArthur em seu livro “Com Vergonha do Evangelho”, faz uma crítica ao crescente movimento pragmático que tem invadido as igrejas, maquiando o evangelho, escondendo sua mensagem como entregue por Cristo e seus apóstolos a fim de torna-lo mais atraente a massa. Quando falo a massa, de fato estou querendo dizer que muitos pastores “modernos” querem de fato encher as igrejas para obter lucro financeiro. São mercenários, lobos vestidos de ovelhas!


MacArthur usa como pano de fundo a batalha enfrentada por Charles Spurgeon, que em seus dias viu a igreja se rendendo as graças do liberalismo teológico, e do marketing como meio do crescimento da igreja.
Citação:
A apatia está por toda parte. Ninguém se preocupa em verificar se o que esta sendo pregado é verdadeiro ou falso. Um sermão é um sermão, não importa o assunto; só que, quanto mais curto, melhor.
Charles Haddon Spurgeon.
Para ser breve irei apontar dois fatores que fortalecem este movimento:
1.      Tomando as palavras de São Tiago, irmão de nosso Senhor.
Mas cada um é tentado quando atraído e seduzido por seu próprio desejo.
Tiago 1:14.
Dois grupos se destacam aqui:
·         Aqueles que são atraídos pelas suas necessidades pessoais, querem ser paparicados, ou ter algum lugar para se divertir em família ou entre amigos. Acham que a igreja é um local onde as pessoas devam se sentir bem acalentadas quanto a sua forma de viver, não desejam ser confrontados pela verdade do evangelho, não querem ter seus pecados expostos.
·         São gananciosos, muitas vezes sabem que seus condutores são impostores, mas veem uma chance de se dar bem na vida. Nunca conheceram o evangelho. São desprezíveis, imundos, fazem muitos sacrifícios a fim de barganhar com Deus, isso quando pelo ao menos crê em Deus.
2.      O crescimento da teologia da prosperidade.
Aqui também podemos dividir em dois grupos:
·         Aqueles que são atraídos por bênçãos de Deus, mas não tem a menor familiaridade com o Deus das bênçãos. Conhecem o salmo do pastor fiel, no entanto, o pastor não tem qualquer laço com eles.
·         Aqueles que são ate sinceros, mas, são guiados por cães gulosos, não são incentivados a buscar conhecimento nas escrituras. São cegos guiados por outros cegos, não conhecem o caminho nem tem um guia confiável.

Podemos ver nas escrituras exemplos desses falsos mestres sendo confrontados por Deus. Em Ezequiel 34, o Senhor profetiza contra os tais. São maquinas mortíferas, não entram pela porta com as ovelhas, não cheiram a ovelhas, não se preocupam com elas.
Assim como apontei dois motivos para o crescimento do pragmatismo, irei também apontar o que entendo que deve ser feito para combater a acomodação da igreja aos moldes do mundo.
1.      Em João 17: 17 Jesus orando ao Pai em favor dos seus disse:
Santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade.
Esta afirmação de Jesus por si só derruba a lógica do pensamento pragmático, uma vez que os crentes devem ser santificados nos moldes da palavra, e a palavra de Deus é a verdade. Isso nos leva a duas conclusões:
·         A palavra de Deus é absoluta, ela é a verdade. Isso então indica que qualquer outra afirmativa que se propõe ser verdade tem que estar em harmonia com a verdade revelada por Deus nas escrituras.
·         A outra conclusão obvia que chegamos é que Cristo sendo o verbo encarnado é o único modelo pelo qual nós devemos seguir. No capitulo 14 verso 6 do mesmo evangelho Jesus disse:
Eu Sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém chega ao Pai, a não ser por mim.

2.      Devemos retornar a pratica de uma teologia saudável, onde Deus e não o homem seja o centro. Ensinar e viver o evangelho de Cristo como prescrito nas escrituras, ensinado os novos convertidos aquilo que de fato a palavra revela sobre a depravação da humanidade, a obra de Cristo e a aplicação por meio do Espírito Santo na vida daqueles que são alcançados pela graça.

Como Paulo disse a Timóteo em sua segunda carta:
Toda a escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça. II Tm 3: 16.

Aplicações
·         Deus não aceita qualquer coisa vinda de nós se Ele mesmo não tiver prescrito explicita ou implicitamente nas escrituras. Temos como exemplo os filhos de Arão que ofereceram fogo estranho. Ou mesmo o bezerro de ouro que o povo fez no deserto em quanto Moises havia subido ao monte para receber do Senhor as tabuas da lei. Trazendo para nossos dias, modificando a mensagem do evangelho tornando-a mais atraente ao pecador que não quer ser confrontado.
·         Experiências não podem substituir a verdade da escritura. I Co 1:21-23.
·         A igreja de Deus não precisa do pragmatismo para crescer, Deus é soberano e Ele mesmo é quem opera no crescimento da sua igreja. At 2:47.



Que o Senhor aplique sua palavra em nossas vidas!