segunda-feira, 6 de maio de 2019

Qual seu espinho?





Reflexão
Por

Sandro Francisco do Nascimento.


Texto base: 2 co 12.7-9.

E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo”.

Introdução

Lembro-me de uma vez quando estava ajudando o esposo da minha mãe a tombar alguns tijolos velhos em um carro de mão. Acho que tinha entre 13 e 14 anos, em uma daquelas viagens com o carrinho de mão sofri um pequeno acidente, pois tinha que passar por sobre um estreito canal. A tabua que estava servindo de ponte acabou quebrando com o peso e o carro me puxou, no calor do momento não percebi o que havia acontecido, uma lasca daquela tabua de aproximadamente 5 centímetros perfurou bem abaixo do meu calcanhar. Eu como bom representante do sexo masculino, depois que vi o que havia acontecido, comecei a gritar de dor. Em seguida fui ao hospital e o médico tirou parcialmente aquele corpo estranho do meu pé. Eu não sabia, mas o medico só havia tirado um pedaço daquela madeira ficando a outra parte.
Sei como é ter um espinho enfiado na carne, e isso de forma literal.

Elucidação

O texto que acabamos de ler é precedido por uma revelação que Paulo faz sobre uma experiência pessoal dele com Deus, ainda que num primeiro momento ele tenha falado como se tal experiência fosse de um terceiro, o contexto aponta para que ele estivesse falando de si mesmo. Ele esta agora não só defendendo seu apostolado, mas também tem que defender sua autoridade apostólica, e em contra argumento a seus opositores ele vai falar das evidências que confirmam sua autoridade apostólica.

O referido espinho ainda é indefinido, o texto não nos dá informações suficientes para termos uma posição conclusiva. Contudo, se lermos de forma literal, o espinho poderia ser uma doença, ou uma perturbação de um demônio, ou a perseguição dos judeus.

verdades implícitas no texto.

1.      Independente de que seja o referido espinho, foi colocado em Paulo pelo próprio Deus. Apesar de Paulo não dizer claramente o agente da ação, fica claro no texto que aquele homem citado por ele no verso 2 era ele mesmo, logo, a única interpretação plausível é que Deus o tenha posto um espinho a fim de que o mesmo não revelasse o conteúdo de sua gloriosa visão. Apesar de parecer estranho a ideia, mas como disse Lutero: “o diabo é o diabo de Deus”.

2.      Por causa de nossa natureza pecaminosa, somos facilmente levados a nos apropriar da gloria que é devida somente a Deus. Temos visto isso em grande proporção no meio evangélico atual, as pessoas assim como em corinto buscam status, seus dons e talentos não são usados para a gloria de Deus e seu reino. As pessoas atribuem mais valor a suas “experiências individuais” do que a consonância da escritura, não mais julgam suas experiências a luz da escritura, ao contrario eles agora julgam a escritura a luz de suas experiências.

3.      Não importa o quanto peçamos a Deus para que afaste nosso espinho, ele fará aquilo que for melhor para seu eterno propósito.

4.      Não importa o quanto sejamos afligidos nesta vida, a graça de Deus é suficiente para nos suprir em toda e qualquer situação.

Aplicação

1.      Todos nós temos nosso próprio espinho. Certamente cada um de nós que aqui esta tem algo entranhado em sua carne, algo que o constrange, que o envergonha profundamente. Nosso espinho pode ser qualquer coisa, de um sentimento guardado a uma ação deplorável.

2.      Devemos descansar em cristo, apesar de certos desvios nossos ainda muito tempo depois de convertidos  nos trazer vergonha, ele não tem mais poder sobre nossa vida. Tudo foi pago na cruz!

3.      Assim como o apóstolo devemos nos submeter a justiça que não vem de nossos esforços mas unicamente  da redenção em Cristo.



Que o Senhor pois nos abençoe!

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