Reflexão
Por
Sandro
Francisco do Nascimento.
Texto base: 2 co 12.7-9.
“E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me
posto um espinho na carne, mensageiro de satanás, para me esbofetear, a fim de
que não me exalte. Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse
de mim. Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se
aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas,
para que sobre mim repouse o poder de Cristo”.
Introdução
Lembro-me de uma vez
quando estava ajudando o esposo da minha mãe a tombar alguns tijolos velhos em
um carro de mão. Acho que tinha entre 13 e 14 anos, em uma daquelas viagens com
o carrinho de mão sofri um pequeno acidente, pois tinha que passar por sobre um
estreito canal. A tabua que estava servindo de ponte acabou quebrando com o
peso e o carro me puxou, no calor do momento não percebi o que havia
acontecido, uma lasca daquela tabua de aproximadamente 5 centímetros perfurou
bem abaixo do meu calcanhar. Eu como bom representante do sexo masculino,
depois que vi o que havia acontecido, comecei a gritar de dor. Em seguida fui ao
hospital e o médico tirou parcialmente aquele corpo estranho do meu pé. Eu não
sabia, mas o medico só havia tirado um pedaço daquela madeira ficando a outra
parte.
Sei como é ter um espinho
enfiado na carne, e isso de forma literal.
Elucidação
O texto que acabamos de
ler é precedido por uma revelação que Paulo faz sobre uma experiência pessoal
dele com Deus, ainda que num primeiro momento ele tenha falado como se tal
experiência fosse de um terceiro, o contexto aponta para que ele estivesse
falando de si mesmo. Ele esta agora não só defendendo seu apostolado, mas
também tem que defender sua autoridade apostólica, e em contra argumento a seus
opositores ele vai falar das evidências que confirmam sua autoridade
apostólica.
O referido espinho ainda
é indefinido, o texto não nos dá informações suficientes para termos uma
posição conclusiva. Contudo, se lermos de forma literal, o espinho poderia ser
uma doença, ou uma perturbação de um demônio, ou a perseguição dos judeus.
verdades
implícitas no texto.
1.
Independente de que seja o referido
espinho, foi colocado em Paulo pelo próprio Deus. Apesar de Paulo não dizer
claramente o agente da ação, fica claro no texto que aquele homem citado por
ele no verso 2 era ele mesmo, logo, a única interpretação plausível é que Deus
o tenha posto um espinho a fim de que o mesmo não revelasse o conteúdo de sua
gloriosa visão. Apesar de parecer estranho a ideia, mas como disse Lutero: “o
diabo é o diabo de Deus”.
2.
Por causa de nossa natureza pecaminosa,
somos facilmente levados a nos apropriar da gloria que é devida somente a Deus.
Temos visto isso em grande proporção no meio evangélico atual, as pessoas assim
como em corinto buscam status, seus dons e talentos não são usados para a
gloria de Deus e seu reino. As pessoas atribuem mais valor a suas “experiências
individuais” do que a consonância da escritura, não mais julgam suas
experiências a luz da escritura, ao contrario eles agora julgam a escritura a
luz de suas experiências.
3.
Não importa o quanto peçamos a Deus para
que afaste nosso espinho, ele fará aquilo que for melhor para seu eterno
propósito.
4.
Não importa o quanto sejamos afligidos
nesta vida, a graça de Deus é suficiente para nos suprir em toda e qualquer
situação.
Aplicação
1. Todos
nós temos nosso próprio espinho. Certamente cada um de nós que aqui esta tem
algo entranhado em sua carne, algo que o constrange, que o envergonha
profundamente. Nosso espinho pode ser qualquer coisa, de um sentimento guardado
a uma ação deplorável.
2. Devemos
descansar em cristo, apesar de certos desvios nossos ainda muito tempo depois
de convertidos nos trazer vergonha, ele não tem mais poder sobre nossa
vida. Tudo foi pago na cruz!
3. Assim
como o apóstolo devemos nos submeter a justiça que não vem de nossos esforços
mas unicamente da redenção em Cristo.
Que o Senhor pois nos abençoe!
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