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sábado, 31 de agosto de 2019

Nascido Escravo- Martinho Lutero.




Martinho Lutero, ao venerável D. Erasmo de Rotterdam, com os votos de Graça e Paz em Cristo
”. É assim que Lutero introduz a sua obra De Servo Arbítrio, A Escravidão da Vontade, resposta à famosa Diatribe sobre o Livre Arbítrio, que Erasmo publicou em 1524.


Desidério Erasmo (c. 1466-1536) e Martinho Lutero (1483-1546) permanecem como dois nomes precursores do espírito moderno, e entre eles há algumas semelhanças. Esses dois gigantes intelectuais europeus protagonizaram no contexto explosivo, destinado a dissolver a unidade do mundo medieval. Havendo passado pela Ordem agostiniana, ambos vieram a rejeitar métodos hermenêuticos da Igreja Romana, bem como muitas de suas superstições e crendices. Ambos ofereceram grande con- tribuição à disseminação do texto bíblico em sua época. Detentores de enorme capacidade para o debate acadêmico, erudito, e partilhando de talento literário, ambos escreveram acerca do “livre arbítrio”, embo-   ra com uma diferença diametral: Erasmo, o humanista, defendendo; e Lutero, o reformador, condenando. Isto marcou uma ruptura definitiva entre os dois homens, que, anteriormente, ofereciam-se mútuo enco- rajamento. Desde o debate de Leipzig (1519), os caminhos de ambos vinham conduzindo a rumos diferentes.


Publicado inicialmente em 1525, A Escravidão da Vontade é um primor de composição polêmica. Nesta obra transparecem com bastante evidência a personalidade e a franqueza dos sentimentos de Lutero. A força lógica e persuasiva de seus argumentos revelam a mente treinada na disciplina da escolástica medieval. O estilo polêmico de Lutero era o da época em que viveu e traduz o vapor existente na atmosfera aca- dêmica de então. Na obra original (tanto mais do que no sumário aqui apresentado), há ironias, asperezas, ad hominems e alusões indiretas.
Não obstante, o leitor deve comparar o texto luterano muito mais com o bisturi de um resoluto cirurgião do que com a pena de um clínico em seu receituário. Na estima de Lutero, o tratado erasmiano era uma obra da carne. Contendo uma anamnese mal feita, partia de um princípio falso e oferecia um placebo para uma ferida mortal. Lutero repudia a Diatribe de Erasmo expondo a doutrina bíblica do pecado original. Sem um diagnóstico preciso acerca da enfermidade humana, não há como discernir de maneira apropriada o valor das boas-novas do evangelho da graça de Cristo. Em sua réplica, Lutero procede a um honesto e rigoroso exame das Escrituras Sagradas, evidentemente preterido por Erasmo.
Foi com a compreensão do puro evangelho que se abriu para Lutero a noção do cativeiro radical da vontade. Sem nenhuma dúvida, na dou- trina da depravação do homem situa-se a pedra angular da Reforma. No coração da teologia de Lutero e da doutrina da justificação, está a sua compreensão da depravação original e da pecaminosidade do ho- mem – que ele conheceu muito bem, mesmo como um monge asceta na Ordem agostiniana. O reformador está muito bem qualificado para tratar do assunto da impiedade e da depravação.


O que é a verdadeira liberdade? Neste caso, vê-se também que o discurso sobre a condição servil da vontade não visa a outra coisa, se não ao discurso correto sobre a liberdade. Para Lutero, a livre vontade é um termo divino, e não cabe a ninguém, a não ser unicamente à ma- jestade divina. Conceder ao ser humano tal atributo significaria nada menos do que atribuir-lhe a própria divindade, usurpando a glória do


Criador. Lutero, assim, compreende que a pergunta pela liberdade da vontade no fundo é a pergunta pelo poder da vontade. Por isso mesmo, a livre vontade é predicado de Deus. É poder essencialmente específico do próprio Deus.
Lutero considerava A Escravidão da Vontade a sua melhor e mais útil publicação. O valor deste tratado é inestimável realmente, e poucos livros que sejam tão necessários no presente momento. O atual ensino de muitos que se denominam “protestantes” está em maior acordo com os dogmas papistas, ou com as idéias de Erasmo, do que com os princí- pios dos Reformadores; analisado criticamente, tal ensino está em maior harmonia com os Cânones e Decretos do Concílio de Trento do que com as Confissões de Fé Protestantes e Reformadas.
O que o leitor tem em mãos é uma versão condensada e adaptada, facilitando o acesso ao clássico texto luterano. Oramos sinceramente que o Senhor abençoe o leitor e que este, abraçando com fé o Eleito de Deus, Jesus Cristo, batalhe por manter sua Causa e sua Verdade nestes dias em que muito tem sido perdido. Que o livro seja um meio de edifi- cação e fortalecimento para todos quantos desejam ser instruídos pelos oráculos de Deus!

Gilson Santos Maio, 2007
São José dos Campos – SP



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Martinho Lutero escreveu "A Escravidão da Vontade" como reação aos ensinamentos de Desidério Erasmo. Nascido em Rotterdam, na Holanda (1463 - 1494). Erasmo foi monge agostiniano, um dos maiores humanistas de toda a história... Erasmo rejeitava os métodos fantasiosos das Escrituras, bem como as muitas superstições dos mestres da Igreja Católica Romana. Rebelou-se contra a preguiça e o vício, comuns nos mosteiros. Erasmo acertadamente preferia uma abordagem simples dos ensinamentos de Cristo aos complicados e pormenorizados métodos dos teólogos profissionais. Ele evitava as controvérsias,e, por longo tempo, procurou não tratar publicamente sobre o conceito do "livre-arbítrio", mesmo sob a grande insistência da Igreja Católica Romana para que ele fizesse, no entanto, ao ceder e fazê-lo, constituiu um desafio que Martinho Lutero não pôde ignorar.

Martinho Lutero era uns 14 anos mais jovem que Erasmo. Enquanto ainda era monge passou por uma dramática experiência com o evangelho da graça de Deus. A partir de então, compreendeu que cada crença e experiência precisa ser testada através da autoridade das Escrituras Sagradas. Ele entendeu que a salvação é recebida como uma graça divina, "mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie" (Ef 2.8,9).A sua própria experiência confirmou essa sua convicção. A Escravidão da Vontade é o Grande Debate da Reforma - A Igreja Católica defendendo o Livre-arbítrio, e o grande Reformador defendendo a Verdade bíblica da Escravidão da Vontade humana.



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quarta-feira, 7 de agosto de 2019

BREVE CATECISMO- LEONARD T. VAN HORN- Pergunta N°7




Pergunta 7. Que são os decretos de Deus?

Resposta: Os decretos de Deus são o seu eterno propósito, segundo o conselho da sua vontade, pela qual, para a sua própria glória, ele predestinou tudo o que acontece.
Referências Bíblicas: Ef 1.4, 11; Rm 9.23; At 4.27, 28; SI 33.11.
Perguntas:

Qual é a natureza dos decretos de Deus?


Os decretos de Deus são imutáveis; não podem ser mudados, portanto é certo que serão cumpridos. Seus decretos são eternos, e foram decididos por Deus na eterni- dade.

Há mais de um decreto?


Não, há um só único decreto. Contudo, esse decreto inclui muitos detalhes e por isso falamos dele no plural.

Quando  se usa a  palavra   "decreto ela não será em geral sinônimo de arbitrariedade?


Quando o ser humano usa a palavra isso poderá ser verdade, mas não quando Deus a usa. Os decretos de Deus não devem ser classificados assim visto que foram orde- nados por ele conforme o conselho de sua vontade. Deve-se olhar atrás do decreto e ver ali o amor de um Deus pessoal infinito, cujo plano que a tudo abrange também é em tudo sábio.

Qual é o propósito dos decretos de Deus?


O propósito é sua própria glória em primeiro lugar, e por meio dela, o bem dos eleitos.

Quem são os objetos  especiais  dos decretos  de Deus  e qual  é seu decreto  em relação a eles?


Os anjos e os homens são os objetos especiais e seu decreto para com eles é a predestinação.

O que  quer  dizer predestinação?


Predestinação é o plano ou propósito de Deus com respeito a suas criaturas morais. Divide-se em eleição e reprovação.

Qual é a definição de eleição; e de reprovação?


Eleição é o propósito eterno de Deus para salvar uma parte da raça humana em e por Jesus Cristo. Reprovação é o propósito eterno de Deus de ignorar alguns seres humanos quanto à operação de sua graça especial e puni-los por seu pecado.

Se a reprovação for verdade, como pode Deus ser justo?


Deus seria justo em condenar todos ao castigo eterno, visto que todos pecaram. Ele tem o comando; ele é o oleiro e nossa atitude deve ser de gratidão se formos dos eleitos por sua graça. O homem não tem direitos a exigir de Deus e Deus não deve ao homem a salvação eterna nem qualquer outra coisa.

FIXE  OS OLHOS   NO TRONO DE DEUS!

Pouquíssimas pessoas hoje duvidam que os homens estejam vivendo numa era repleta de sentimentos de frustração, fracasso, inadequação, ansiedade, medo e culpa. No esforço de ocultar tais sentimentos, as pessoas estão perseguindo uma variedade de objetivos transitórios. Para umas, é o sucesso nos negócios; alguns anseiam por vida social; alguns acham que a bebida resolverá o problema; e para outros é só o orgulho da vida. Mas qualquer que seja o objetivo terreno, há sempre um "amanhã", quando os homens acordam de novo para a certeza de que nenhum método é duradouro. Nenhum método provê paz duradoura. A todas as pessoas vem o desafio: "Fixe os Olhos no Trono de Deus!"
O estudo desta pergunta do catecismo deverá capacitar qualquer pecador salvo pela graça a ver algo da natureza de Deus sentado em seu trono, e deverá habilitá-lo a reconhecer que sua vida está nas mãos do Todo-poderoso e Soberano Deus. Tantas vezes as pessoas se esquecem. Esquecem que o Deus que formulou seus decretos conforme o conselho da sua vontade é o nosso Pai Celestial pessoal, de infinito amor por nós; esquecem que ele pode cuidar e cuida dos comparativamente pequenos males e problemas dos humanos.
No mundo atribulado de hoje a necessidade de que o Deus do propósito eterno, o , Deus que tem o mundo em  suas mãos,  seja proclamado por aqueles que são seus filhos por mediante Jesus Cristo. Mas a dificuldade em nossos dias é que tantos que o proclamam como seu Salvador querem usurpar tão grande parte de sua eficácia. Desejam o conforto e a sustentação do Deus Soberano mas querem exaltar o homem, seus poderes e suas habilidades, mesmo até o ponto de sugerir que o homem pode funcionar independentemente de Deus. Ou então parecem inserir nos decretos de Deus que ele escolhe certas pessoas porque ele antevê nelas certas capacidades de arrependimento e crença. Ou pior, elas querem escolher o que crer com respeito à predestinação, muitas vezes ignorando uma parte dos ensinos da Palavra de Deus.
E sempre bom que os cristãos se lembrem de que ele elegeu algumas pessoas simplesmente por razões que só ele conhece e não porque havia nelas qualquer mérito. E mais, é bom que os cristãos se lembrem de não ousar intrometer-se com a Palavra de Deus. É verdade que há muita coisa que nossa mente finita não consegue entender. É verdade que há muito contra o qual nossa mente pecadora se revolta. Mas a Palavra de Deus se mantém em meio a seu eterno propósito. É somente quando a Palavra escrita é aceita como está, quando as Escrituras são proclamadas em toda sua integridade, que o desafio pode ser lançado ao mundo: "Fixe os Olhos no Trono de Deus!" pois ali está assentado o Deus infinito, santo, soberano, aquele que elege e guarda eternamente.



domingo, 28 de julho de 2019

BREVE CATECISMO- LEONARD T. VAN HORN- Pergunta N°5





Estudos no Breve Catecismo
de Westminster

Pergunta 5. Há mais de um Deus?
Resposta: Há um só Deus, o Deus vivo e verdadeiro.
Referências Bíblicas: Dt 6.4; Jr 10.10.

Perguntas:

      1.      Que provas podemos oferecer de que há um só Deus, vivo e verdadeiro?

Podemos oferecer provas da Bíblia quando diz: "Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Deus" (Dt 6.4). Podemos oferecer a prova da razão, visto que só pode haver uma primeira causa e um final definitivo de todas as coisas. A Escritura é lógica quando diz como primeiro versículo: "No princípio... Deus". Muitos têm chamado esse versículo de um dos mais importantes da Bíblia.

      2.      Por que não começar nosso estudo de Deus com a Trindade?

Começamos com Deus visto que este é o método que a Escritura usa. A Bíblia apresenta primeiro a verdade do único Deus vivo e verdadeiro, prosseguindo então para desvendar o mistério da Trindade.

      3.      O que significa dizer "um só" nesta pergunta?

O ensino aqui não nega o fato da Trindade, nem a deidade de Cristo ou do Espírito Santo. Antes faz ver que absolutamente nenhuma outra pessoa ou ser compartilha os atributos do "um só" Deus verdadeiro. Ele não se compara com nada mais no universo inteiro, todo ele criado e também governado por ele só.

     4.      O que podemos aprender com esta verdade?

Podemos aprender a reconhecê-lo como Todo-Poderoso e Soberano. Nossa atenção é assim dirigida ao fato de que há Um só Supremo Ser, Criador, Planejador e Legislador do mundo, e que ele é o único.

      5.      Qual o nome que damos à doutrina de um Deus?

Este ensino é chamado de "Monoteísmo" em oposição a "Politeísmo", que é o ensino de que há muitos deuses. O mundo pagão é politeísta; em contraste, Paulo diz: "... sabemos que o ídolo de si mesmo nada é no mundo, e que não há senão um só Deus" (ICo 8.4b).

      6.      Qual é o sentido da palavra "vivo" nesta pergunta?

A palavra "vivo" enfatiza que só ele possui vida em si mesmo e é portanto a Fonte de vida para todas suas criaturas. O dr. William Childs Robinson ressalta que "Ele se chama de Deus VIVO, nosso Senhor Jesus fala de Deus como o Pai VIVO, Pedro confessa o Salvador como sendo o Filho do Deus VIVO, Paulo chama a Igreja de Igreja do Deus VIVO e os crentes de filhos do Deus VIVO". Diz também que "Ele tem vida em si e de si e dá vida a tudo o mais".




O ÚNICO DEUS E A VIDA CRISTÃ

Bavinck declara em seu tratado sobre "O Ser de Deus": "A primeira coisa que a Escritura Sagrada quer nos dar, ao usar todas essas descrições e nomes do Divino Ser, é um sentido inerradicável do fato que Jeová, o Deus que se revelou a Israel e em Cristo, é o verdadeiro, o único e o vivo Deus. Os ídolos dos ateus e os ídolos (panteístas e politeístas, deistas e ateístas) dos filósofos, são obra das mãos dos homens: não podem falar nem ver, não ouvem nem sentem nem andam... As pessoas querem fazer de Deus um deus morto para que o possam tratar a seu bel-prazer".

Deve haver um relacionamento definido entre nossa crença no "único vivo e verdadeiro Deus" e nosso viver cristão. Não podemos tratar nosso Deus como o mundo quer tratá-lo. Aqueles de nós que fomos remidos pela graça soberana do Soberano Deus devemos reconhecer que nossa crença nele nos envolve em sérias responsabilidades.

Existe nossa responsabilidade quanto à Oração e ao Estudo Bíblico. Isso é básico  para sermos bons desempenhadores de nossas responsabilidades. E ótimo termos crenças definidas e sabermos recitar o catecismo. É ótimo sermos conhecido como os que têm compromisso com os Padrões de nossa Igreja, como os que são calvinistas até o íntimo. Mas sem diligência na oração e no estudo da palavra de Deus, o crente assumido torna-se um som sem potência para o Salvador. Não devíamos ser tantos, os que estamos tão apressados quanto às coisas materiais, quanto às obrigações da igreja, que não temos tempo para a hora devocional pessoal. Se uma pessoa erra nisso, ela erra em tudo o mais.

Existe nossa responsabilidade de viver centrados em Deus. O cristão que se dedica aos Padrões Westminster, ao ponto de vista reformado, é um cristão que em sua visão de mundo e vida precisa se colocar em contraste direto com o não-cristão em todas as suas ações, suas palavras e seus pensamentos. Um dos maiores impedimentos ao testemunho da igreja hoje é que se torna difícil para o não-crente distinguir a diferença entre si e o presbiteriano nominal que meramente professa crer.

Muitas outras responsabilidades poderiam ser mencionadas. Entretanto, se todos nós fizermos um pacto com Deus, o Deus vivo, para cumprirmos os dois pontos acima nos próximos meses, o Deus vivo fará uso de seu povo de maneira poderosa. O resultado seria algo de que todas as igrejas carecem. O resultado seria o AVIVAMENTO do viver religioso!

domingo, 23 de junho de 2019

AS INSTITUTAS DE JOÃO CALVINO


O livro que o leitor tem em mãos é a tradução da primeira edição das Institutas da Religião Cristã, envolvendo a soma de toda a piedade e tudo o mais que se deve saber sobre a doutrina da salvação: um livro digno de ser lido por todos os que zelam pela piedade, publicado por João Calvino em 1536, quando o reformador francês tinha apenas 27 anos.
Esta primeira edição das Institutas, escrita originalmente em latim, apresenta ao leitor o fundamento do pensamento e o coração de Calvino, estabelecendo-se como a mais importante obra de sua vida — obra que ele reeditou cinco vezes, até a sua última edição, em 1559. Depois de cinco séculos de seu lançamento, as Institutas permanecem úteis e relevantes para o estudo da doutrina e da piedade cristã. Dividida em duas partes, esta edição histórica oferece uma visão profunda do conhecimento de Deus e da vida cristã, e é uma obra que serve tanto ao interessado em aprofundar seu conhecimento da doutrina cristã como ao estudioso da obra do reformador francês.

Título
Autor
Título original
Código
3702
Editora
Editora Fiel
Páginas
513
Formato
16.00 x 23.00 cm
Peso
806 g.
Acabamento
Capa Dura
ISBN
9788581324913
Categorias
Edição
1ª Edição