domingo, 28 de julho de 2019

BREVE CATECISMO- LEONARD T. VAN HORN- Pergunta N°5





Estudos no Breve Catecismo
de Westminster

Pergunta 5. Há mais de um Deus?
Resposta: Há um só Deus, o Deus vivo e verdadeiro.
Referências Bíblicas: Dt 6.4; Jr 10.10.

Perguntas:

      1.      Que provas podemos oferecer de que há um só Deus, vivo e verdadeiro?

Podemos oferecer provas da Bíblia quando diz: "Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Deus" (Dt 6.4). Podemos oferecer a prova da razão, visto que só pode haver uma primeira causa e um final definitivo de todas as coisas. A Escritura é lógica quando diz como primeiro versículo: "No princípio... Deus". Muitos têm chamado esse versículo de um dos mais importantes da Bíblia.

      2.      Por que não começar nosso estudo de Deus com a Trindade?

Começamos com Deus visto que este é o método que a Escritura usa. A Bíblia apresenta primeiro a verdade do único Deus vivo e verdadeiro, prosseguindo então para desvendar o mistério da Trindade.

      3.      O que significa dizer "um só" nesta pergunta?

O ensino aqui não nega o fato da Trindade, nem a deidade de Cristo ou do Espírito Santo. Antes faz ver que absolutamente nenhuma outra pessoa ou ser compartilha os atributos do "um só" Deus verdadeiro. Ele não se compara com nada mais no universo inteiro, todo ele criado e também governado por ele só.

     4.      O que podemos aprender com esta verdade?

Podemos aprender a reconhecê-lo como Todo-Poderoso e Soberano. Nossa atenção é assim dirigida ao fato de que há Um só Supremo Ser, Criador, Planejador e Legislador do mundo, e que ele é o único.

      5.      Qual o nome que damos à doutrina de um Deus?

Este ensino é chamado de "Monoteísmo" em oposição a "Politeísmo", que é o ensino de que há muitos deuses. O mundo pagão é politeísta; em contraste, Paulo diz: "... sabemos que o ídolo de si mesmo nada é no mundo, e que não há senão um só Deus" (ICo 8.4b).

      6.      Qual é o sentido da palavra "vivo" nesta pergunta?

A palavra "vivo" enfatiza que só ele possui vida em si mesmo e é portanto a Fonte de vida para todas suas criaturas. O dr. William Childs Robinson ressalta que "Ele se chama de Deus VIVO, nosso Senhor Jesus fala de Deus como o Pai VIVO, Pedro confessa o Salvador como sendo o Filho do Deus VIVO, Paulo chama a Igreja de Igreja do Deus VIVO e os crentes de filhos do Deus VIVO". Diz também que "Ele tem vida em si e de si e dá vida a tudo o mais".




O ÚNICO DEUS E A VIDA CRISTÃ

Bavinck declara em seu tratado sobre "O Ser de Deus": "A primeira coisa que a Escritura Sagrada quer nos dar, ao usar todas essas descrições e nomes do Divino Ser, é um sentido inerradicável do fato que Jeová, o Deus que se revelou a Israel e em Cristo, é o verdadeiro, o único e o vivo Deus. Os ídolos dos ateus e os ídolos (panteístas e politeístas, deistas e ateístas) dos filósofos, são obra das mãos dos homens: não podem falar nem ver, não ouvem nem sentem nem andam... As pessoas querem fazer de Deus um deus morto para que o possam tratar a seu bel-prazer".

Deve haver um relacionamento definido entre nossa crença no "único vivo e verdadeiro Deus" e nosso viver cristão. Não podemos tratar nosso Deus como o mundo quer tratá-lo. Aqueles de nós que fomos remidos pela graça soberana do Soberano Deus devemos reconhecer que nossa crença nele nos envolve em sérias responsabilidades.

Existe nossa responsabilidade quanto à Oração e ao Estudo Bíblico. Isso é básico  para sermos bons desempenhadores de nossas responsabilidades. E ótimo termos crenças definidas e sabermos recitar o catecismo. É ótimo sermos conhecido como os que têm compromisso com os Padrões de nossa Igreja, como os que são calvinistas até o íntimo. Mas sem diligência na oração e no estudo da palavra de Deus, o crente assumido torna-se um som sem potência para o Salvador. Não devíamos ser tantos, os que estamos tão apressados quanto às coisas materiais, quanto às obrigações da igreja, que não temos tempo para a hora devocional pessoal. Se uma pessoa erra nisso, ela erra em tudo o mais.

Existe nossa responsabilidade de viver centrados em Deus. O cristão que se dedica aos Padrões Westminster, ao ponto de vista reformado, é um cristão que em sua visão de mundo e vida precisa se colocar em contraste direto com o não-cristão em todas as suas ações, suas palavras e seus pensamentos. Um dos maiores impedimentos ao testemunho da igreja hoje é que se torna difícil para o não-crente distinguir a diferença entre si e o presbiteriano nominal que meramente professa crer.

Muitas outras responsabilidades poderiam ser mencionadas. Entretanto, se todos nós fizermos um pacto com Deus, o Deus vivo, para cumprirmos os dois pontos acima nos próximos meses, o Deus vivo fará uso de seu povo de maneira poderosa. O resultado seria algo de que todas as igrejas carecem. O resultado seria o AVIVAMENTO do viver religioso!

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