sexta-feira, 19 de julho de 2019

BREVE CATECISMO- LEONARD T. VAN HORN- Pergunta N°4




Estudos no Breve Catecismo
de Westminster

Pergunta 4. Quem é Deus?
Resposta: Deus é espírito, infinito, eterno e imutável em seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade.
Referências Bíblicas: Jo 4.24; Ml 3.6; SI 147.5; Ap 19.6; Is 57.15; Dt 32.4; Rm 2.4; SI 117.2.

Perguntas:

1.      Por que esta pergunta é tão fundamental para a alma do homem?

E essencial porque Hebreus 11:6 declara: "E necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe". Se um homem pode aceitar as primeiras palavras da Bíblia, "No princípio...Deus..." ele está na rota certa, porque essa é uma verdade da qual todas as outras verdades dependem.

2.      Como podemos aceitar e conhecer plenamente essa verdade básica?

Jesus Cristo, o eterno Filho de Deus, revela Deus a nós, e é somente por meio de Cristo que podemos nos aproximar de Deus. A Bíblia diz: "Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigénito, que está no seio do Pai, é quem o revelou" (Jo 1.18). Jesus disse: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14.6).

3.      A luz da resposta à Pergunta 4, com que atitude devemos nos aproximar de Deus?

Devemos nos aproximar dele como o Deus Todo-Poderoso e Soberano. Uma certa igreja tinha escrito na parede, à vista de toda a congregação, as palavras: "SABEI NA PRESENÇA DE QUEM ESTAIS !". Devemos sempre nos aproximar dele no pensamento, nas palavras e nas ações, reconhecendo que ele é tudo o que a resposta a esta pergunta declara que ele é.

4.      O que significa a afirmação "Deus é Espírito?

Significa que ele é invisível, sem corpo ou partes do corpo, não como homem ou qualquer outra criatura. (Citação da Ata da Sessão da Assembléia de Westminster).

       5. Na Teologia qual o termo que empregamos para as palavras usadas para descrever Deus?

Chamamos estes de atributos de Deus e os separamos entre atributos incomunicáveis e comunicáveis.

       6. Por que os separamos desse modo?

Nós os separamos assim porque seus atributos incomunicáveis não se encontram em nenhuma de suas criaturas. São a sua infinitude, eternidade e imutabilidade. Seus atributos comunicáveis (ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade) são encontrados, em algum grau, no ser humano. E óbvio que no ser humano esses atributos são indistintos, limitados e imperfeitos comparados aos de Deus.




A ADORAÇÃO DE DEUS

"Deus é Espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade" (Jo 4.24). Estas palavras, ditas por Jesus para a mulher junto ao poço, são palavras para hoje. Há muito culto acontecendo hoje, mas "examinemo-nos" — será que nosso culto é culto verdadeiro? O ser humano foi criado para a comunhão com Deus e o culto a Deus ocupa uma posição prioritária para a obtenção dessa comunhão.

Como podemos adorá-lo em espírito e em verdade? Somente quando o adoramos com o conhecimento daquilo que ele é salvadoramente em Cristo para o benefício de pecadores perdidos. Quando há esta percepção na alma individual, é possível à pessoa começar a adorar a Deus conforme a vontade dele. É então que a alma poderá dizer com Moisés: "Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em santidade, terrível em feitos gloriosos, que operas maravilhas?" (Ex 15.11). É só quando o homem é salvo por meio de fé pessoal em Jesus Cristo que ele pode se aproximar de seu Criador com a atitude certa na adoração.

 Em meios presbiterianos, muitas vezes se ouve a acusação de que o culto é muito frio, muito formal. Se isso é verdade, será que a razão não se encontra no no fato de o povo de Deus ter deixado de adorar em espírito e em verdade? Muitos sentem que o culto diz respeito a cerimônias ou observâncias visíveis.De fato, muitos têm a tendência de sentir que é difícil prestar culto sem um templo bem ornado e linda música. Não nos esqueçamos de que o culto a Deus é espiritual. Calvino declarou: "Se manifestamos uma reverência apropriada a ele preferindo antes a vontade dele à nossa, segue-se que não há outro culto legítimo que se possa prestar a ele senão a observância da justiça, santidade e pureza".

Pouco tempo atrás, estive num templo que era uma réplica da primeira igreja presbiteriana estabelecida na comarca de Claiborne, estado de Mississippi. Uma simples construção de toras com um púlpito artesanal é tudo que o crente vê. O pensamento me veio que, afinal de contas, a adoração verdadeira tem que ver com nosso reconhecimento da Grandeza do Soberano Deus. Quando compreendemos quem ele é, quando nossa vida honra a Soberania dele, quando entendemos que somos criaturas pecadoras remidas pelo sangue do Cordeiro, é então que estamos mais perto de poder adorá-lo como devemos. Arthur W. Pink nos diz que nossa atitude para com o Deus Onipotente e Soberano deve ser de temor piedoso, obediência absoluta, resignação completa e profunda gratidão e alegria. Essas características de uma pessoa renascida lhe darão a possibilidade de adorar em espírito e em verdade.

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