segunda-feira, 13 de junho de 2016

PREGAÇÃO EXPOSITIVA- Vida Cristã



Autor: Sandro Francisco do Nascimento
Texto Base: Efésios 5:25.
Tema: Vida Cristã.
Maridos, amai vossa mulher, como também
Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,

Paulo após sua saudação comum a suas cartas, inicia sua fala a respeito da eleição somente pela graça baseada na vontade soberana de Deus. Após elucidar essas verdades, o apóstolo exorta esses crentes a buscar mais do Espírito de Deus. A ideia aqui é básica e lógica, uma vez que o crente é selado com o Espírito e este selo o levará ao destino (Ef 1: 13-14, 4:30), o mesmo tem que buscar evidenciar o Espírito de Deus em sua vida (Ef. 5: 18-21). As ordens aqui expostas são a condição, mas também o resultado do encher-se do Espírito.

Mas ainda há uma verdade inegável no texto: Cristo deu a vida pela sua igreja, Ele deu a vida pelos seus eleitos (Ef.5:2). Nesta afirmação podemos estabelecer ainda duas afirmaçãoes:
1.      Sua vida não foi tomada, mas entregue por livre vontade.

Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, Ef. 5:25b.

2.      O casamento para Deus é algo que não pode ser quebrado, logo este pacto de sangue feito pelo Salvador não pode ser quebrado, pois ele estabeleceu todas as exigências e ele mesmo pagou o preço justo por elas.

a.      Expiação.

·          É a satisfação oferecida à justiça divina por meio da morte de Cristo pelos nossos pecados, em virtude do qual todos os que crêem em Cristo são pessoalmente reconciliados com Deus, livrados de toda a pena dos seus pecados e feitos merecedores da vida eterna; Castigo ou sofrimento de pena, imposto ao delinquente, como uma compensação do delito praticado; penitência; reparação;[1] 

b.      Propiciação.
·         Ser propício, favorável, protetor, auxiliador.

Propiciação é alguma coisa que leva alguém a perdoar uma ofensa recebida, ou a proceder misericordiosamente para com o ofensor.[2]
Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou, e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados ( 1João 4:10).
Esta certeza, porém não nos deve deixar ser entregues as nossas paixões, nem ser levianos com a cruz de Cristo.

Ilustração:
Certa mulher tem seu esposo assassinado. Porventura terá esta, sentimentos amorosos ou de no mínimo amizade com aquele que assassinou seu amado?
Ora se meu Senhor morreu em meu lugar e levou sobre si os meus pecados e por estes foi morto, terei eu amizade com eles? De maneira nenhuma, antes devo odiar meu pecado e não querer comete-los mais.

Aplicação
ü  Tenho que ter certeza da minha salvação, pois Cristo levou sobre si os meus pecados. Ef. 5:25-26, Mt. 26:26-28.

ü  Este beneficio é assegurado pelo nosso Senhor, fomos selados e este selo nos entregará ao destino final estabelecido pelo Pai. Ef. 4:30, 1: 13-14.
A linguagem aqui é a de uma carta selada com cera e o anel do rei. Daniel 6:17.

ü  Devemos seguir as orientações de Paulo e não dar ocasião ao diabo. Ef. 4:27-32.

ü  Refletir esta verdade. Ef. 5:11-21.


Que Deus aplique sua palavra em nossa vida!




[1] www.dicionarioinformal.com.br.
[2] www.dicionarioinformal.com.br.

Resenha de Livro- Doze Homens, uma Missão.





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Aramis C. DeBarros, é natural de Porto Alegre, RS. Atua profissionalmente como artista gráfico, promotor de Marketing e editor da Revista Alcance, na Missão SGM (Scripture Gift Mission) no Brasil, organização evangélica, de origem inglesa, voltada para a produção e a distribuição de literatura bíblica para evangelização pessoal. É formado e pós-graduado em Comunicação Social pela UNITAU (Universidade de Taubaté).

Cursou as cátedras de Hermenêutica, Epístolas Pastorais e História Eclesiástica no CETEVAP (Centro de Estudos Teológicos do Vale do Paraíba), em São José dos Campos, SP. A partir de 1998, passou a integrar o corpo docente dessa instituição, lecionando Meios de Comunicação de Massa e História Eclesiástica para o curso de Bacharel em Teologia.

Desde 1991, é membro da igreja Batista Nova Vida, em Guaratinguetá, SP, em cujo ministério colabora de forma atuante como preletor e professor de estudos bíblicos.

Editora
Hagnos
Prefácio

Todos os que verdadeiramente amam ao Senhor Jesus gostariam de conhecer, de modo mais aprofundado, as biografias de seus discípulos, para além das informações disponíveis nos evange­lhos e no Livro de Atos. Quando, há algum tempo, meu amigo Aramis DeBarros me procurou para solicitar um prefácio para o livro que estava escrevendo sobre a vida dos apóstolos, cuidei que se tratava de uma obra simples e superficial. Não imaginava que este nobre autor teria a capacidade e a determinação necessárias para produzir um tomo de semelhante qualida­de e magnitude.
Doze Homens, Uma Missão é uma obra séria sobre os discípulos de Cris­to e dotada de uma envergadura - creio eu - nunca antes alcançada por qual­quer autor evangélico ou católico no Brasil. Pelo menos, que eu conheça.
Lendo este livro, surpreendi-me com o alcance e a profundidade da pes­quisa aqui conduzida. Uma vasta gama de informação inédita e muito inte­ressante é oferecida. O autor teve muito cuidado em recriar o ambiente histórico da época apostólica, necessário para uma melhor compreensão da vida dos santos em questão.
Com efeito, informações as mais diversas tiveram de ser devidamente avaliadas na produção deste livro. Afinal, como saber se o escritor antigo ou medieval reproduziu em sua obra um fato verídico ou uma fantasia? Sabe­mos que, infelizmente, dados seguros acerca da vida dos apóstolos, fora do Novo Testamento, são muito escassos. Imagino que não tenha sido fácil ao nosso autor avaliar com precisão todas essas informações. Mas, quem teria sido mais equilibrado e cuidadoso ao apresentá-las?
Os leitores que se interessam por biografias apostólicas certamente senti­rão que têm uma enorme dívida para com o autor, em função deste extraor­dinário trabalho de pesquisa. Aramis não mediu esforços para garimpar informações apostólicas de fontes onde não se pensava encontrá-las. Uma rápida olhada nas páginas desta obra evidenciará seus esforços na busca de fatos e escritos sobre a vida daqueles que - excetuados Jesus e Paulo - foram os personagens mais famosos do primeiro século. Quem poderia imaginar que semelhante obra procederia da pena de um leigo e não de um acadêmico, de um seminarista ou de um teólogo de gabinete?
Doze Homens, Uma Missão é muito bem escrito. Não é uma leitura monótona ou cansativa e seu valor sobressai pelos vários assuntos edificantes que permeiam a investigação do autor sobre a vida dos discípulos de Cristo.
Aramis DeBarros não é um evangélico que deseja reputar como fruto de lendas desprezíveis a exaltação que a Igreja Católica faz dos apóstolos. Ele não escreve motivado por tendências sectárias ou iconoclastas. Acredito que ninguém poderá acusá-lo de favorecer algum segmento religioso em particu­lar, mesmo sendo ele um autor de persuasão evangélica.
A extensão desta obra, per se, faz-nos concluir que o autor não omitiu os elementos essenciais de uma genuína pesquisa biográfica sobre os doze de Cristo. Antes, fez o máximo para iluminar o leitor sobre tudo o que, de modo relevante, diz respeito ao tema tratado. Creio, igualmente, que o lei­tor ficará satisfeito e esclarecido com a maneira pela qual o livro revela o panorama do mundo neotestamentário. Muita informação relevante, como alguns costumes típicos dos judeus e gentios de então, o episódio da destrui­ção de Jerusalém, a penetração do evangelho no mundo romano, além de outros temas e acontecimentos que certamente interessam ao pesquisador bíblico, estão encerrados entre as capas deste livro.
Enfim, parabenizo ao amigo Aramis DeBarros e recomendo a leitura atenta de seu trabalho. Não encontrei praticamente nenhum motivo para discordar de suas posições aqui representadas. Penso que esta obra literária será recebida com muito sucesso, tanto dentro como fora dos meios evangélicos. Isso deve, inclusive, encorajar o autor a escolher outro tema interessante para di­rigir suas futuras pesquisas. Baseado neste primeiro livro, acredito que seus leitores aguardarão ansiosamente outras obras neste estilo.
A Deus toda a glória!
Russell P. Shedd, PH.D.
Sobre o Livro
“Doze Homens, UmaMissão”- Esta obra tem como proposta dar ao leitor um perfil bíblico-histórico dos doze discípulos de Cristo. De fato é uma leitura prazerosa, o autor permite ao leitor desfrutar de conhecimentos históricos ocultos pelo relato simples e direto das escrituras. Pode-se fazer um passeio pela cultura da época descobrindo mitos e verdades adquiridos com as tradições pelo tempo.
Relatos como: vida, obra e morte dos discípulos são postos a prova crítica histórica. Isto nos dá uma nova perspectiva na hora de fazer um trabalho de exegese das escrituras uma vez que nos aproximamos dos personagens de forma mais límpida. O conhecimento da história aqui apresentado é de suma importância para quem quer fazer um trabalho de interpretação das escrituras.
Impressão 
Tenho em mãos um material de muita qualidade em todos os sentidos da palavra, esta é de fato uma obra que deve ser conhecida por todos que são amantes da palavra de Deus bem como seguidores do evangelho de Cristo. Sua leitura trará até mesmo o mais cético uma compreensão dos relatos bíblicos que poderá confrontar suas convicções.
Depoimentos

 Finalmente, o livro que faltava! "Doze Homens, UmaMissão" é uma obra oportuna que certamente vai preencher um hiato na literatura cristã brasileira. O autor é meu amigo pessoal. Aramis DeBarros, com muita percepção, critério e seriedade, desvenda - através de uma linguagem acessível e uma narrativa cativante - muitos dos mistérios relacionados à vida de cada um dos doze escolhidos de Cristo. Ao ler sobre o zelo, a fidelidade e o sacrifício dos apóstolos do Senhor - tratados com tanta acuidade nessa obra - creio que a vida do leitor não será mais a mesma.
Pr. James Victor Cardoo
Diretor da Missão SCM (Scripture Giíted Mission) no Brasil


Recentemente, retirei-me a fim de compor as músicas para meu próximc CD. Normalmente, tomo comigo apenas o violão, um gravador e minha Bíblia. Jesta vez, porém, levei também uma cópia original de "Doze Homens, Uma Missão", de meu caro amigo Aramis DeBarros. Tive a honra de ser um dos primeiros a conhecer essa interessante obra literária.
A princípio, cuidei estar diante de mais um livro corriqueiro sobre a biografia de heróis bíblicos. Mas, à medida que lia sobre a vida dos apóstolos de Jesus - aqui focalizada com toda; clareza - minha própria vida ia sendo tocada sensivelmente. O resultado disso foi a inspiração para uma das músicas que compus na ocasião: "Marcas de Valor".
Penso que experiências semelhantes ocorrerão com muitos outros que, ao lerem "Doze Homens, Uma Missão" poderão conhecer, de modo mais íntimo, o testemunho de homens que andaram com Deus e que se constituíram num referencial ímpar de fé para todos nós.
Pr. Paulo Cezar
Grupo Logos

Enfim, parabenizo ao amigo Aramis DeBarros e recomendo a leitura atenta de seu trabalho. Não encontrei praticamente nenhum motivo para discordar de suas posições aqui representadas. Penso que esta obra literária será recebida com muito sucesso, tanto dentro como fora dos meios cristãos. Isso deve, inclusive, encorajar o autor a escolher outro tema interessante para dirigir suas futuras pesquisas. Baseado neste primeiro livro, acredito que seus leitores aguardarão ansiosamente outras obras deste estilo.                                                                                               
A Deus toda a glória!
Russell P. Shedd, Ph.D.


quarta-feira, 8 de junho de 2016

Resenha de livro: INTERVENÇÃOES DE DEUS NA HISTÓRIA

AUTOR: HERNANDES DIAS LOPES
TEXTO BASE: SALMOS 44.1

 Ouvimos, ó Deus, com os próprios ouvidos; nossos pais nos têm contado o que outrora fizeste, em seus dias.

SOBRE O AUTOR:

HERNANDES DIAS LOPES É CASADO COM UDEMILTA PIMENTEL LOPES E PAI DE THIAGO E MARIANA. É BACHAREL EM TEOLOGIA PELO SEMINÁRIO PRESBITERIANO DO SUL, EM CAMPINAS, SP E DOUTOR EM MINISTÉRIO PELO REFORMED THEOLOGICAL SEMINARY DE JACKSON, MISSISSIPPI, ESTADOS UNIDOS. ELE É PASTOR DA PRIMEIRA IGREJA PRESBITERIANA DE VITÓRIA, ESPÍRITO SANTO, DESDE 1985. É CONFERENCISTA, ESCRITOR COM MAIS DE 100 LIVROS PUBLICADOS E DIRETOR EXECUTIVO DE LUZ PARA O CAMINHO.
SÉRIE:

“CAMINHO PARA VOCÊ.”

EDITORA:

HAGNOS

SOBRE O LIVRO:

Neste livreto Hernandes dias Lopes, de maneira magistral, faz um resumo da história da igreja cristã que nasceu sob a ação poderosa do Espírito Santo e, ao longo de sua história teve marcas profundas de avivamento espiritual, fruto da ação de Deus em seu meio.
Rememorar os grandes feitos divinos era uma prática do povo de Deus e é algo que devemos resgatar na atualidade, para podermos aprender com a história, pois os que não aprendem com ela estão destinados a repetir os seus erros. A história é nossa pedagoga ou nossa acusadora.

Contexto

Neste livreto, HERNANDES DIAS LOPES procura de forma simples e precisa contar os grandes fatos históricos que ocorreram durante a história do cristianismo. Usando testemunhos confiáveis e atestados pela história, ele nos dá informações do nascimento e desenvolvimento da fé Cristã.
É-nos apresentado neste belo livreto, testemunhos de mártires que sofreram pela fé uma vez dada aos santos.

UMA LIÇÃO
Como o próprio autor disse, devemos conhecer o passado para que conhecendo alguns dos erros do passado, possamos não repetir os mesmos erros. Também glorificamos a Deus por suas grandes obras.

TRECHO MARCANTE

De todos os mártires um chamou-me mais atenção: certa viúva que tinha por nome FELICIDADE, mulher destemida que tinha sete filhos e denunciada ao prefeito de Roma viu seus filhos serem torturados e mortos diante de seus olhos. O mais incrível a se observar sobre esta mulher é que depois de ver seus filhos mortos por amor à fé, a mesma agradeceu a Deus por ter seus filhos coragem para morrer e não negarem sua fé.
Ainda oprimida por seus inquiridores, ela disse: “viva, eu te vencerei”. Seu inquiridor respondeu: “eu te mato”. E ela disse: “morta, vencer-te-ei ainda mais”.
Assim FELICIDADE foi morta com grande suplicio e sofrimento!

CONCLUSÃO

Os fatos atestados nesta obra servem por sua legitimidade histórica, de ancora para reforçar a fé em mim já existente. O fato de pessoas que viveram tão próximos ao primeiro século, testemunhando das grandezas de Deus a ponto de entregarem suas próprias vidas pela informação para elas tão visível e verdadeira, forma um argumento que eleva sua veracidade.
Com um conhecimento extra que tenho de outras leituras, posso afirmar por questões lógicas, culturais, provas históricas e críticas que essas histórias como também, a vida de Cristo, seu ministério e sua ressurreição são tão confiáveis quanto qualquer outro documento histórico conhecido.

Seu testemunho, de uma visão critica não foram de forma alguma ajustados ao seu tempo de forma a colaborar com a sua aceitação a sociedade. Por este motivo creio piamente ter em mãos um material autêntico, confiável e de grande valia intelectual.

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segunda-feira, 30 de maio de 2016

PREGAÇÃO EXPOSITIVA: Unidade Cristã.



Autor: Sandro Francisco do Nascimento
Texto Base: Efésios 4:1-6.
Tema: Unidade Cristã.
Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vossa vocação a que fostes chamados, com toda humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz; há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos.
Introdução
Nos três primeiros capítulos, Paulo faz uma apresentação do mistério da graça, da eleição e da união dos povos em Cristo. Ele traz uma visão completa da obra redentora de Cristo, a quem são convergidas todas as coisas. Paulo procura apresentar o plano da redenção e suas implicações.
No capítulo 1° ele fala das riquezas da graça e da glória de Jesus Cristo. Paulo fala da garantia que é dada: primeiro por se tratar de um plano do próprio Deus, logo não falhará; como também é garantido pelo selo do Espírito Santo.
No capítulo 2° e 3° ele apresenta a posição da humanidade quando estranhos a aliança, colocando-os em pé de igualdade (escravos do pecado e carentes da graça de Deus). Explica também na prática como é aplicada esta benção e sua extensão, que não é mais dirigida unicamente aos judeus, mas alcança também os gentios.
Visto todas estas coisas, Paulo começa então o capítulo 4 trazendo todas as implicações destas verdades na vida prática dos crentes.
EFÉSIOS 4: 1-6.
Paulo agora condiciona sua exortação ao entendimento de tudo aquilo que ele havia ensinado anteriormente. “Ou seja, tendo em vista tudo aquilo que vos ensinei!”
Neste primeiro versículo Paulo leva seus leitores a lembrar de toda a estrutura que ele construiu anteriormente para assim fortificar agora sua argumentação.
Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vossa vocação a que fostes chamados,
A expressão andeis, é melhor entendida como conduta. É um apelo à mudança de vida, uma vida que seja condizente com a vocação.
No versículo 2 ele continua seu raciocínio, apresentando como convém ao eleito andar.
Com toda humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,
De fato, aqui Paulo convida seus leitores a manifestar em suas vidas os dons do Espírito. Uma vez que eles agora são habitados pelo Espírito de Deus, suas virtudes têm que se fazer evidente em suas vidas.
·         Humildade: Característica de pessoas francas, que aceitam a verdade e que têm senso de realidade apurado. Reconhecem seus erros e acertos com a mesma naturalidade. Não subestimam, nem supervalorizam fatos, pessoas, coisas ou a si mesmos![1]
·         Mansidão: Estado de espírito de alguém que tem controle e domínio sobre seu temperamento e atitudes; calma; paciência; controle da situação; domínio próprio.[2]
·         Longanimidade: Qualidade do que é longânime; firmeza de ânimo; coragem; resignação; magnanimidade. Significa suportar pacientemente o mal ou a provocação, junto com a recusa de perder a esperança de haver melhora no relacionamento perturbado.[3]
Gálatas, Cap. 5. v. 22
Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. 
·         Suportar: Ter algo sobre si. Ser base ou suporte de alguma coisa. 
Aguentar o peso de algo. Sofrer, tolerar, admitir.[4]
·         Amor: Esta palavra traduzida como amor é a palavra grega aga,ph (ágape) que é um substantivo de agapaw, tem o sentido de uma festa de amor; festa de caridade; benevolente.[5]

Versículo 3.
Esforçando-vos diligentemente[6] por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz;

Agora o apostolo pede que se esforcem com toda dedicação para manter a unidade do Espírito, isso nos leva a entender que esta unidade já existe e que os crentes têm o dever de mantê-lo firme.
Calvino em seu comentário em Efésios não nega que de fato a unidade do Espírito seja aquela operada no momento da conversão, porém entendia que também se referia a uma unidade de mente (pensamento), pois diz ele, é composta por o vínculo da paz. Como temos muitas vezes pensamentos diversos e isto desperta com frequência ódio e ressentimento, devemos nos esforçar para termos paz com nossos irmãos.

Versículo 4

Há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados.
numa só esperança da vossa vocação;

Somente um corpo. O organismo composto do Senhor Jesus Cristo na qualidade de Cabeça e de todos os crentes nEle. É a nova criação, o corpo mencionado antes na epístola (1:23).[7]
a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas.

Calvino entendia que Paulo estava aqui expressando como deveria ser perfeita a unidade dos Cristãos. Denota a unidade dos cristãos não só no corpo físico, mas também na alma, ou seja, no homem como um todo. Isto se levado em consideração levará o corpo a um crescimento em todos os sentidos da vida cristã e secular. Segue então o valor da unidade por sermos participantes de uma mesma herança e uma só vida.

Versículo 5.

Há um só Senhor, e uma só fé, um só batismo;

Certamente esta expressão “Um só Senhor” denota Cristo como governador de seu povo, Ele como cabeça de um corpo com vários membros sujeitos a sua autoridade. A expressão é então muito pertinente à abordagem que Paulo deseja fazer, uma vez que Cristo é o cabeça, seu corpo não pode ser dividido ou lacerado.

Uma só fé denota confiança e confissão.

Um só batismo, sobre esta expressão posso apresentar aqui duas interpretações que entendo ser plausíveis.

1.      O batismo como o novo nascimento, operado por Deus no eleito. Ou seja, todos aqueles que foram eleitos e passaram pelo novo nascimento formando assim um só corpo sendo Cristo a cabeça.
·         Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. Mateus 3:11.
·         Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito. 1 coríntios 12:13.

2.      O batismo praticado como iniciação comum a todos os cristãos. Símbolo representativo da aliança.
·         Em nome da santíssima trindade.
·         Símbolo visível de inclusão no pacto.
João Calvino não entendia que “um só batismo” se referia à quantidade, mas de fato a união mística que acontece do cristão no corpo de Cristo, que é comum a todos os cristãos.[8]

No entanto, não é necessário negar o batismo como número, uma vez que o batismo é um símbolo de entrada no pacto, não é necessária sua repetição.

Versículo 6

Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está
em todos.

Nos versículos 4, 5 e 6 Paulo menciona as três pessoas da trindade, um Espírito (4), um só Senhor (5), um só Deus e Pai (6).

Neste versículo Paulo demonstra na prática está união, pois nossa vocação é comum.

·         Um só Deus e Pai.
·         Sujeitos ao mesmo governo.
·         E no final ele parece estar introduzindo a questão seguinte sobre a dispensação dos dons, o crente como membro funcional de um só corpo. Benefícios e deveres na harmonia deste corpo.


Considerações

                               I.            Fomos vocacionados: Ef. 4:1.

1. Ato de chamar.
2. Escolha, chamamento, predestinação.
3. Tendência, disposição, pendor.
4. P. ext. Talento, aptidão. [9]

Do grego klh/sij que quer dizer “chamado”, convocado a participar. Com isso Paulo esta querendo dizer que eles foram de fato chamados à responsabilidade.

                            II.            Esta vocação é santa, devemos dar testemunho digno (adequado, apropriado). Ef. 4:1.

                         III.            Se de fato recebemos esta ordenação, temos a responsabilidade de manter está união no Espírito. Ef. 4: 3.

                         IV.            Devemos usar sabiamente os dons do Espírito para manter a união e a paz, que é o vinculo ou elo que nutri o corpo. Ef. 4: 1- 4.



Aplicações

Texto ilustrativo

 A jornalista e filósofa Lia Diskin durante o Festival Mundial da Paz, ocorrido em Florianópolis, em 2006, contou o seguinte caso de uma tribo na África:

Um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo Ubuntu e, quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Como tinha muito tempo ainda até o embarque, ele propôs, então, uma brincadeira para as crianças que achou ser inofensiva.   Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, colocou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse “já!”, elas deveriam sair correndo até o cesto e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro. As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse “Já!” instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.  O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces. Elas simplesmente responderam:   –Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?   Ele ficou pasmo. Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo e ainda não havia compreendido, de verdade, a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?  Ubuntu significa: “Eu sou porque nós somos” ou, em outras palavras “Eu só existo porque nós existimos”.[10]




Este texto reflete algumas verdades bíblicas que devemos pôr em prática em nossa vida cristã.
O interessante é que esta tribo tem um conceito moral de união e fraternidade que é muito similar ao que aprendemos pela palavra de Deus. Isso se deve a revelação geral ou a graça comum que é dispensada a toda a humanidade, possibilitando assim que pessoas estranhas à aliança produzam obras dignas.
Isto nos leva então a pensar: se pessoas longe da aliança muitas vezes refletem a influência da graça de Deus, quão grande é nossa responsabilidade em vivermos vidas dignas?

Isto nos mostra algumas verdades sobre a vida cristã:

·         Em Cristo Jesus “somos um!”.
Efésios 4:4. Há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação.

Romanos 12: 5. Assim também nós, embora muitos, somos um só corpo em Cristo, e cada membro está ligado a todos os outros. 

1 Coríntios 10:17. Como há somente um pão, nós, que somos muitos, somos um só corpo, pois todos participamos de um único pão.

Efésios 4:25. Portanto, cada um de vós deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois todos somos membros de um mesmo Corpo.

·         Cristo é a cabeça e Senhor deste corpo, portanto devemos honra-lo com nossa vida.
Efésios 4: 1. Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados.



·         Deus é glorificado na comunhão da igreja.
Efésios 4: 5-6. Há um só Senhor, e uma só fé, um só batismo; Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos.





Que o Senhor aplique sua palavra em nossas vidas!




[1]http://www.dicionarioinformal.com.br
[2]http://www.dicionarioinformal.com.br
[3]http://www.dicionarioinformal.com.br
[4]http://www.dicionarioinformal.com.br
[5] James Strong, bíblia de estudos palavra chave.
[6] Dedicação.
[7]Moody, pág. 24.
[8] Calvino, comentário em Efésios.
[9] Dicionário Aurélio.
[10]http://www.ensinarhistoriajoelza.com.br/ubuntu-o-que-a-africa-tem-a-nos-ensinar/