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sexta-feira, 29 de julho de 2016
terça-feira, 19 de julho de 2016
Confissão de Fé Westminster
CAPÍTULO X
DA
VOCAÇÃO EFICAZ
Seção
II. – Esta vocação eficaz provém unicamente da livre e
especial graça de Deus e não de coisa alguma prevista no homem; nesta vocação
ele é totalmente passivo, até que, vivificado e renovado pelo Espírito Santo,
seja desse modo capacitado a responder a esta vocação e a abraçar a graça
oferecida e comunicada nela.
segunda-feira, 11 de julho de 2016
PREGAÇÃO EXPOSITIVA-Tema: Eleição incondicional.
Autor: Sandro Francisco
do Nascimento
Introdução
Em 1618 foi
convocado um Sínodo nacional para reunir-se em Dort, a fim de examinar os
pontos de vista de Armínio à luz das Escrituras. Essa convocação foi feita
pelos Estados Gerais da Holanda para o dia 13 de novembro de 1618. Constou de
84 membros e 18 representantes seculares. Entre esses estavam 27 delegados da
Alemanha, Suíça, Inglaterra e de outros países da Europa. Durante os sete meses
de duração do Sínodo houve 154 sessões para tratar desses artigos. Após um
exame minucioso e detalhado de cada ponto, feito pelos maiores teólogos da
época, representando a maioria das Igrejas Reformadas da Europa, o Sínodo
concluiu que, à luz do ensino claro das Escrituras, esses artigos tinham que
ser rejeitados como não bíblicos. Isso foi feito por unanimidade. Não somente
isso, mas o Concílio impôs censura eclesiástica aos “remonstrantes”, -
depondoos de seus cargos, e a autoridade civil (governo) os baniu do país por
cerca de seis anos.
Além de rejeitar
os cinco artigos de fé dos arminianos, o Sínodo formulou o ensino bíblico a
respeito desse assunto na forma de cinco capítulos que têm sido, desde então,
conhecidos como “os cinco pontos do Calvinismo”, pelo fato de Calvino ter sido
grande defensor e expositor desse assunto. Embora cause estranheza a muitos
essa posição, devido à mudança teológica que as igrejas têm sofrido desde
vários séculos, os reformadores eram unânimes em condenar o arminianismo como
uma heresia ou quase isso. A salvação era vista como uma obra da graça de Deus,
do começo ao fim, sem qualquer contribuição do homem. Essa posição pode ser
resumida na seguinte proposição: Deus salva pecadores[1].
Os cinco pontos
do calvinismo demonstram de forma sistematizada as verdades reveladas na
palavra de Deus sobre a posição do homem diante de Deus. Minha proposta nesta
exposição é demonstrar o 2° ponto que é a Eleição incondicional.
Uma breve definição sobre este ponto:
Deus em sua
soberana vontade elegeu pecadores, mortos em delitos e pecados, não por
qualquer obra prevista, mas somente pelo beneplácito de sua própria vontade.
Para compreendermos
corretamente este ponto é necessário que nos lembremos e entendamos
corretamente o primeiro ponto: “Depravação total”.
Apesar
da expressão “total”, normalmente oque se entende por depravação total é um
equivoco por parte de algumas pessoas. Quando falamos em depravação total
estamos dizendo que o pecado afetou o homem em toda sua extensão, ou seja, não
há uma única parte do homem que não tenha sido tocada pelo pecado. A queda
afetou o homem de tal modo que o mesmo é incapaz de por sua própria força se
decidir a Deus.
Veja
o que o Eterno fala:
E o Senhor sentiu o suave cheiro, e o Senhor disse
em seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem; porque
a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice, nem
tornarei mais a ferir todo o vivente, como fiz. Gn 8:21.
João
Calvino escreveu a respeito da mente humana:
A
mente humana é como um depósito de idolatria e superstição; de modo que, se o
homem confiar na sua própria mente, é certo que ele abandonará a Deus e inventará
um ídolo, segundo sua própria razão.
Analisando o texto bíblico não é
difícil chegar à conclusão de Calvino. A partir do pecado todo homem passou a
ser inimigo de Deus.
Paulo diz:
Como está escrito: Não há um
justo, nem um sequer. Não há ninguém
que entenda; Não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça
o bem, não há nem um só. Rm 3:10-12.
Esta é a posição que se encontra todo homem a não ser que Deus o cure de sua seguira. Um fato que se deve ter atenção é que o homem não é somente sujo, mas também está morto.
Esta é a posição que se encontra todo homem a não ser que Deus o cure de sua seguira. Um fato que se deve ter atenção é que o homem não é somente sujo, mas também está morto.
No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre
aqueles que não tinham pecado à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a
figura daquele que havia de vir.
Rm 5:14.
Visto
a real posição do homem diante de Deus, isso nos leva a seguinte pergunta: Há
no homem algo que o faça merecer o favor de Deus? A resposta é clara e sonora:
NÃO!
Baseado
nesta verdade o calvinismo defende que pela palavra de Deus é evidente que o
homem não pode fazer nada para merecer o favor de Deus. Sua posição de rebelião
total contra Deus o fez perder a comunhão que desfrutava com o Soberano Deus.
Sendo,
pois o homem incapaz de buscar sua salvação, estando cego, surdo e obstinado
pelo erro, precisa da obra Soberana de Deus para que possa desfrutar da
salvação.
Por
este motivo as escrituras demonstram que Deus em sua soberania elegeu pecadores
para salvar demonstrando assim seu amor.
Esta eleição não se baseia na fé
prevista.
O
calvinismo sustenta que o pré-conhecimento de Deus esta baseado no seu
propósito ou no seu próprio plano. Resulta da livre vontade do criador (Deus) e
independe do ser humano, o qual está espiritualmente morto.
Irei
expor agora o texto sagrado que se encontra na carta de Paulo aos Efésios
1:4-11.
Creio
termos neste texto evidencias da eleição incondicional.
Porque Deus nos escolheu nele antes
da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença. Em
amor nos predestinou para sermos adotados como filhos por meio de Jesus Cristo,
conforme o bom propósito da sua vontade, para
o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado. Nele temos a redenção por meio de seu sangue, o perdão
dos pecados, de acordo com as riquezas da graça de Deus, a qual ele derramou sobre nós com toda a sabedoria e
entendimento. E nos revelou o mistério da
sua vontade, de acordo com o seu bom propósito que ele estabeleceu em Cristo,
isto é, de fazer convergir em Cristo todas às
coisas, celestiais ou terrenas, na dispensação da plenitude dos tempos. Nele fomos também escolhidos, tendo sido predestinados
conforme o plano daquele que faz todas as coisas segundo o propósito da sua
vontade,
Ø Nos
elegeu Nele: Deus nos elegeu não baseado nas nossas obras, mas unicamente
representados pelas obras de Cristo. Isto pode ser reafirmado no Cap. 2:8-10.
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem
de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque
somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus
preparou para que andássemos nelas.
Ø O
tempo em que houve esta eleição é exposto como: “Antes da fundação do mundo”. A
palavra aqui traduzida por “mundo” é bem mais abrangente, é a mesma palavra
usada em João 3:16. Nos dois textos a palavra grega usada é ko,smoj, que
é melhor traduzida como universo, toda a criação. Paulo esta dizendo que a
eleição ocorreu em um momento fora da história onde só a Majestade Divina esta
presente. Deus, o Pai, o Filho e o Espírito Santo sendo um, elegeu pecadores
para a salvação antes que o tempo existisse.
Assim,
os céus, a terra, e todo o seu exército foram acabados.
Gn
2:1.
O
primeiro ponto a ser entendido é que Deus escolheu seus eleitos antes da
fundação do mundo. Certamente este tempo
que se faz presente no texto como antes da fundação do mundo é um lugar no
tempo que não podemos demarcar, sendo Deus Eterno e não sujeito as questões
temporais sua decisão em escolher seus eleitos não estão sujeitas a qualquer
ação externa que o tenha influenciado em sua escolha. Podemos ver esta mesma
expressão em Apocalipse 17:8.
A besta que você viu, era e já não
é. Ela está para subir do abismo e caminha para a perdição. Os habitantes da terra,
cujos nomes não foram escritos no livro da vida desde a criação do mundo,
ficarão admirados quando virem a besta, porque ela era, agora não é, e
entretanto virá.
Apocalipse
17:8
Ø
O
motivo desta eleição é colocado não como visto no homem por Deus, mas um propósito
de Deus para o homem. Deus nos elegeu não por sermos santos, mas “para sermos
santos e irrepreensíveis”. Esta afirmação de Paulo mostra claramente que Deus não
foi influenciado por qualquer obra vinda do homem.
Ø
O
que determinou então a decisão de Deus? Isso fica claro nas palavras de Paulo
nos demais versículos:
“segundo
a boa determinação de sua vontade”
“Gratuitamente
no Amado”
“O mistério
da sua vontade”
“Predestinados
conforme o propósito Daquele que faz todas as coisas segundo o propósito da sua
vontade”
Ø
Para
que Deus elegeu pecadores?
“Para
o louvor da sua Glória”.
Esta
expressão ocorre quatro vezes no 1° capitulo. Isto demonstra qual a
centralidade da mensagem, Paulo firma aqui a base da eleição como sendo para a
glória de Deus.
Condicional ou
incondicional?
O
texto já citado, de Efésios 1, responde essa pergunta de modo suficientemente
claro. Paulo não declara nesse capítulo que Deus escolheu os seus eleitos antes
da fundação do mundo porque fossem santos ou fiéis, e sim para serem santos e
fiéis. A seguir, ele é ainda mais explicito ao afirmar que os predestinou em “em
amor” (a motivação da predestinação), “segundo o beneplácito da sua vontade”. Como
se não fosse suficiente, o apostolo afirma ainda, no verso 11, que os crentes foram
“predestinados segundo o conselho daquele que faz todas as cousas conforme o
conselho da sua vontade”.
Quem escolhe?
Em
toda a escritura podemos ver claramente que Deus escolhe aqueles a quem deseja
salvar.
Não foste vós que me escolhestes a
mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros, e vos designei para que vades
e deis frutos, e o vosso fruto permaneça.
João 15:16.[2]
Em Romanos 8:28, Paulo demonstra
que aqueles que Deus chamou segundo seu proposito, esses é que amam a Deus. Não
são chamados por amarem a Deus, mas amam a Deus por terem sido chamados.
Quem vem a Cristo?
Todo aquele que o Pai me dá, esse
virá a mim; e o que vem a mim, de maneira nenhuma o lançarei fora... E a vontade daquele que me
enviou é esta: que nenhum eu perca de todos os que me deu; pelo contrário, eu o
ressussitarei no úçtimo dia (Jo 6:37-39). Ninguem poderá vir a mim, se pelo pai não lhe for concedido
(Jo 6:65). Não falo a respeito de todos vós, pois eu conheço aqueles que
escolhi (Jo 13:18).
Aplicação
·
Somos
carentes da graça de Deus.
·
Não
somos merecedores do favor de Deus.
·
Todos
os homens longe da graça se encontram mortos em delitos e pecados, escravos do
pecado e do diabo, inimigos de Deus, amantes da imundícia do mundo e condenados
ao fogo eterno.
·
Deus
elegeu pecadores.
·
Deus
elegeu pelo propósito da sua vontade.
·
Nos
fez justificados em Cristo Jesus.
·
Nos
elegeu para as boas obras, para sermos santos e irrepreensíveis Nele (Cristo)
em amor.
·
Sua
escolha foi efetuada na eternidade.
·
O
motivo principal dessa sua misericórdia é o louvor da sua Glória.
·
Por
este motivo devemos ser gratos pelo seu imenso amor e cumprir todo seu querer,
sendo submissos a sua majestade.
Que
o Senhor aplique sua palavra em nossas vidas.
[1]
(Tradução
livre e adaptada do livro The Five Points of Calvinism - Defined, Defended,
Documented, de David N. Steele e
Curtis C. Thomas, Partes I e II, [Presbyterian &
Reformed
Publishing Co, Phillipsburg, NJ, USA.], feita por João Alves dos Santos)
[2] Calvinismo,
As Antigas Doutrinas da Graça (Paulo Anglada).
sexta-feira, 8 de julho de 2016
A família é nosso maior patrimônio
Hoje em dia a família tem a imagem desgastada, o que vemos é a multiplicação do divórcio, filhos perdidos e casais amargurados, sem qualquer esperança de uma vida plena e feliz. No entanto, não podemos esquecer que a família é o nosso maior patrimônio, foi criada pelo próprio Deus e por isso que devemos cuidar da nossa. Li uma reflexão do Reverendo Hernandes Dias Lopes, em que ele destaca três motivos pelos quais a família é o nosso maior patrimônio, leia a seguir.[1]
A família é nosso maior patrimônio porque foi instituída por Deus para o nosso maior bem e a nossa mais plena felicidade.
A família é ideia de Deus. Nasceu no coração de Deus, no céu, na eternidade. O mesmo Deus que instituiu a família estabeleceu princípios para governá-la. Deus criou o homem e a mulher, instituiu o casamento e uniu-os numa relação de plena comunhão emocional, espiritual e física. O casamento, segundo o preceito de Deus, é heterossexual, monogâmico e indissolúvel. Consequentemente, a relação entre o homem e a mulher está em aberta oposição aos preceitos divinos. No casamento deve prevalecer o amor e a fidelidade, a fim de que a intimidade física seja desfrutada com pureza e deleite. Só dentro dessa perspectiva, a família pode cumprir seu desiderato, e dar ao mundo uma descendência santa.
A família é nosso maior patrimônio porque é guiada por Deus para cumprir sua vocação no mundo.
A família tem o papel de criar filhos no temor de Deus, para cumprir no mundo seu mandato cultural e espiritual. Mesmo vivendo numa sociedade decadente, a família deve ser governada pela santidade. Mesmo vivendo numa cultura de relativismo, a família precisa viver dentro das balizas da verdade absoluta. Nossos filhos são heranças de Deus e devem merecer nossa maior atenção. Os filhos são como flechas nas mãos do guerreiro. Os pais carregam os filhos e depois os lançam para longe, na direção do projeto de Deus. Nossos filhos devem cumprir o plano de Deus, e serem vasos de honra nas mãos do altíssimo. Nossos filhos devem ser reparadores de brechas e portadores de boas novas da salvação. Devem contribuir decisivamente na construção de uma sociedade mais humana, mais justa e mais solidária.
A família é nosso maior patrimônio, porque é um presente de Deus que devemos cuidar com mais desvelo.
Seria uma consumada insensatez gastarmos nosso tempo correndo atrás de coisas, relegando nossa família a um plano secundário. Nenhum sucesso compensa o fracasso da família. Construir o sucesso pessoal sobre escombro da família é loucura. A vitória sem a valorização da família tem sabor amargo. Devemos dedicar o melhor do nosso tempo e melhor dos nossos recursos na formação espiritual, moral e intelectual da família. Investir na família é investir em nós mesmos. Semear nesse canteiro fértil é a garantia de uma abundante colheita. Quando a família vai bem, a igreja é edificada. Quando a família vai bem, todos irmanados, caminhamos rumo à bem aventurança!
Rev. Hernandes Dias Lopes
quinta-feira, 7 de julho de 2016
PREGAÇÃO EXPOSITIVA-Missio Dei
Autor: Jefferson de
Andrade Azevedo.
Tema: A Missão de Deus e Alguns Fatos Relacionados a Ela.
Introdução:
Hoje
nós vivemos num cenário onde é muito frequente, Pastores, Igrejas e até mesmo
membros de Igreja falarem sobre a necessidade e a urgência da obra missionária.
Mas há dois pontos muito importantes nesse processo que precisam ser
compreendidas e esclarecidas: primeiro, a missão não é nossa, é de Deus;
Segundo, há uma diferença fundamental entre missão e evangelização. Missão é a
obra de Deus na história humana por meio de Jesus Cristo e do seu povo.
Evangelização é a intersecção do povo de Deus na sua missão. Portanto, se há
alguém interessado no êxito e no bom andamento da obra missionária, esse alguém
é o dono da missão: Deus. Até mesmo porque, diante da tragédia humana, diante
da condição caída do homem, foi Deus quem buscou redimir o homem e não o oposto.
Foi Deus quem disse que da semente da mulher levantaria um para esmagar a
cabeça da serpente e redimiria o homem caído. E ele cumpriu essa promessa
quando enviou o nosso amado Senhor e Salvador Jesus Cristo para cumprir a
missão de redimir o homem. Fato que ele cumpriu com êxito.
Elucidação:
O
texto que lemos a alguns instantes registrado na 2ª carta de Paulo aos
coríntios nos fala um pouco sobre o que temos discorrido. Essa carta foi
escrita por volta do ano 55 D.C. E o propósito era confortar aquela igreja,
mostrando que o consolo divino vem ao nosso encontro. E que por isso devemos
também consolar aqueles que carecem de consolo. Nesse trecho que lemos, Paulo
fala sobre o ministério da reconciliação que a nós foi dado por Deus, e associa
esse ministério a ação de Deus de buscar uma relação de proximidade com o
homem.
1º
Deus estava em Cristo.
a) A obra de
Cristo era o resultado da ação do Espírito Santo em sua vida. (Missio Dei). O
espírito de Deus estava sobre Ele desde o ventre. Ele foi gerado por obra do
Espírito. Ele foi conduzido pelo Espírito ao deserto. O Espírito veio sobre Ele
no batismo. Tudo isso demonstrando a presença de Deus em sua vida.
b) Deus esteve
entre nós. Cristo foi o Emanuel.
2º
Reconciliando consigo o mundo.
a) A restauração
de uma relação que foi interrompida. O pecado nos aparta de Deus e nos impede
de ter uma relação plena com ele (Is 59:2). Por isso que Cristo venceu o
pecado. Ele venceu para que por meio dele também pudéssemos vencer, e mais uma
vez poder nos relacionar plenamente com Pai.
b) É de Deus a
iniciativa de estabelecer uma relação com o homem. Jesus disse em João 6:44 “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me
enviou, não o trouxer”. Além de ser o ofendido, é Deus quem nos procura.
Isso demonstra o amor que ele tem para conosco.
3º
Não imputando aos homens a suas transgressões.
a) Deus não trata
o homem com base na sua pecaminosidade, mas conforme a sua misericórdia e
graça. Ou seja, ele entende nossa relatividade e limitação
b) Deus ao fazer
isso abre mão do seu direito. O direito de condenar a todos. Mas Paulo disse
que “a todos Ele (Deus) encerrou debaixo de desobediência para com os mesmo
usar de misericórdia”.
c) Ele não imputa
a nós porque imputou sobre Cristo nossas transgressões (Vs.21). Cristo sendo
Deus se fez homem. Sendo forte se fez fraco. Sendo santo recebeu o nosso
pecado. Isaías 53:4 diz: “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades
e as nossas dores levou sobre si”.
4º
E nos confiou à palavra da reconciliação.
a) Assim como
Cristo foi uma peça fundamental para a consolidação da “Missio Dei”, assim também nós somos instrumentos de Deus para que o
seu propósito de remir um povo para si.
b) Devemos
entender que sem reconciliação o homem jamais poderá ser salvo. Portanto,
corramos para alcançar os eleitos de Deus e vê-los reconciliados com o Senhor.
Aplicações:
a)
Assim
como Deus estava em Cristo operando sinais, prodígios e maravilhas, hoje está
em nós por meio do Espírito Santo chamando homens ao arrependimento com vista à
reconciliação consigo.
b) A reconciliação é o único modo de o
homem alcançar a dádiva da salvação.
c) A matemática de Deus é diferente da
nossa. Ele nos trata do modo que não merecemos: com graça e misericórdia.
d) Deus conta conosco no cumprimento da
“Missio Dei”.
quarta-feira, 6 de julho de 2016
A mente piedosa
“A mente piedosa
[...] contempla somente o Deus único e verdadeiro, nem lhe atribui o que quer
que à imaginação haja acudido, mas se contenta com tê-Lo tal qual Ele próprio
Se manifesta...”.
João Calvino, As
Institutas, I.2.2.
Ressurreição de Cristo, fundamento da fé.
“E,
se Cristo não ressuscitou, então a nossa pregação é inútil e também a vossa
fé”.
(1
Co 15:14).
Cristo morreu pelos
nossos pecados e ressuscitou, segundo as Escrituras, para nossa justificação. A
morte de Cristo não foi um acidente, nem sua ressurreição foi uma surpresa.
Jesus venceu a morte, triunfando sobre ela, em sua ressurreição.
Jesus arrancou o
aguilhão da morte e a matou. Jesus deu robustas provas de sua ressurreição.
Depois de ressurreto apareceu várias vezes a seus discípulos e a muitas outras
pessoas. Então foi recebido na glória, onde está á destra de Deus, intercedendo
por nós.
Negar a ressurreição de
Cristo é tirar o conteúdo da pregação e o fundamento da fé. Se Cristo não
ressuscitou, nossa fé esta desprovida de conteúdo. Um Cristo vencido pela morte
não pode ser salvador do mundo. Os críticos da fé Cristã se esforçam, em vão,
para apagar essa verdade gloriosa do cristianismo: a vitória de Cristo sobre a
morte!
Nossa fé está edificada
não no Cristo que esteve vivo e está morto, mas no Cristo que esteve morto e
está vivo pelos séculos dos séculos.
Porque Ele vive, podemos crer no amanhã. Sua
ressurreição é o conteúdo da nossa pregação, o fundamento da nossa fé e a
garantia da nossa esperança.
Rev. Hernandes
Dias Lopes.
segunda-feira, 4 de julho de 2016
PREGAÇÃO EXPOSITIVA- Namoro Cristão.
Autor: Sandro Francisco
do Nascimento
Tema: Namoro Cristão e
sexualidade.
Então o
Senhor Deus fez o homem cair em profundo sono e, enquanto este dormia,
tirou-lhe uma das costelas, fechando o lugar com carne.
Com a costela que havia tirado do homem, o
Senhor Deus fez uma mulher e a trouxe a ele. Disse então o homem: "Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da
minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada". Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à
sua mulher, e eles se tornarão uma só carne.
Sobre
o livro
O nome “Gêneses”
origina-se de uma palavra grega que significa “principio”. Este termo era o
título do livro na Septuaginta (LXX),
a antiga tradução do Antigo Testamento para o grego. O livro de Gêneses foi
escrito em uma era pré-científica, e não pretendia ser um documento cientifico.
Consequentemente, somente a inspiração divina pode explicar a perfeita exatidão
da sua informação técnica[1].
Sobre o escritor há um consenso entre os estudiosos em atribuir a escrita a
Moisés.
Introdução
Em meio a o mundo atual
e suas “evoluções”, o cristianismo é desafiado diariamente a manter-se fiel as
bases imutáveis da palavra de Deus. Comunmente atacado, a relação entre homem e
mulher, macho e fêmea, parece ter perdido seu sentido para esta geração que a o
que parece pretende criar um novo modelo moral, que agrade seus próprios
interesses.
Preocupado com os
jovens da casa do Senhor, decidi escrever esta exposição, pois estes têm
sofrido enorme impacto com essas ideologias que de fato promete agradar a
depravação que já existe no centro do ser humano.
Exposição
O primeiro ponto que
irei enfatizar é que Deus em sua bondade quis que o homem desfrutasse de um
relacionamento familiar, por isso deu-lhe a mulher como companheira. Isso nos mostra alguns princípios para o
namoro cristão.
1.
O namoro tem que ser a preparação para o
casamento, todo cristão deve namorar a pessoa que de fato se quer constituir
família. Se não quer casar não namore!
2.
Em Gêneses 2:24 encontramos uma
cronologia no relacionamento entre o casal.
Ø Preparação
para o casamento.
·
Deixará- a ideia aqui no original é de
mudar de um lugar para outro, ou seja, ter seu próprio lar.
·
Pai- chefe ou mantenedor de uma família.
·
Mãe- de forma primitiva (como vinculo da
família).
Ø O
casamento.
o homem deixará pai e
mãe e se unirá à sua mulher. Gn 2:24.
·
Mulher- esposa.
Ø A
união carnal.
·
Carne- relação consanguínea. “Serão um”.
A o analisar o texto
podemos perceber algumas verdades que devem ser enfatizadas:
1.
Deus constituiu o matrimônio entre homem
e mulher, macho e fêmea.
2.
Os solteiros devem preparar-se para
serem independentes, constituindo de forma bíblica uma família que honre a
Deus.
3.
A relação sexual só deve acontecer após
o casamento.
Resultados da obediência
Bênçãos:
Ø Espiritual[2].
Ø Materiais[3].
Ø Sociais[4].
Resultados da desobediência
Desastre:
Ø Familiar
·
Sem estrutura[5].
·
Divorcio[6].
·
Intelectual[7].
Ø Espiritual[8].
Ø Material.
·
Estrutura[9].
Ø Sociais[10].
Vejamos
alguns requesitos importantes para se começar um namoro[11]:
1.
Salvação- Ambos os jovens ou adultos
devem ser verdadeiramente salvos, ou seja, ambos já devem fazer parte da
aliança com o Senhor.
A
saber: Se, com tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres
que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo.
Romanos
10:9.
2.
Maturidade física e Espiritual- Não
devem ser crianças, pois maturidade é importante e essencial no relacionamento
entre duas pessoas.
3.
Deus deve ser o centro do
relacionamento.
4.
O rapaz inicia- com a chamada
modernidade as moças têm tomado à iniciativa, mas isso contraria o principio
bíblico. Os rapazes têm que tomar a iniciativa.
5.
Permissão dos pais- ambos têm que ter a
aprovação dos pais. Isso é importante para que se obtenha uma família unida,
que viva em comunhão.
6.
Apoio do seu pastor- tanto o rapaz
quanto a moça deve se aconselhar com seu pastor. O pastor tem responsabilidade
com a vida Espiritual dos membros, ele poderá aconselhar e lhe dar informações
sobre seu pretendente.
7.
Visitas- deve haver um regulamento nas
visitas.
8.
Ambos devem com seu testemunho ganhar a
confiança dos pais.
Conselhos
·
Não case com alguém estranho a fé.
(2corintios 6:14-18).
·
Não case pensando em saciar seus desejos
sexuais. (Gálatas 5:16-25).
·
Procure conhecer a relação do seu (a)
pretendente com Deus.
·
Procure conhecer a relação do seu (a)
pretendente com os pais.
·
Casamento é para sempre, até que a morte
os separe!
[1]
Bíblia de estudos palavra-chave.
[2] A
plena satisfação da vontade de Deus, uma família em comunhão.
[3]
Bem estruturada, espiritualmente e profissionalmente.
[4]
Contribui para o crescimento social, intelectual e econômico.
[5] A
gravidez não planejada.
[6]
Normalmente casais que se unem de forma despreparada, acabam se divorciando
alegando incompatibilidade. Imaturidade!
[7]
Jovens que se tornam pais antes de terminar os estudos.
[8] A
vergonha muitas vezes os impedem de buscar o perdão de Deus, causando muitas
vezes o afastamento deste jovem. Para de frequentar a igreja.
[9]
Financeira, resultado da falta de preparação profissional.
[10]
Decadência econômica social.
[11]
Pr. Cleverson de Abreu de Faria- Bacharel em teologia pelo seminário Batista
Regular do Sul (Curitiba-PR).
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