terça-feira, 20 de agosto de 2019

LUTERO, O FILME.








Duração: 2h 01min
Direção: Eric Till
Gêneros: HistóricoBiografia
Nacionalidades: AlemanhaEUA


SINOPSE E DETALHES
Após quase ser atingido por um raio, Martim Lutero (Joseph Fiennes) acredita ter recebido um chamado. Ele se junta ao monastério, mas logo fica atormentado com as práticas adotadas pela Igreja Católica na época. Após pregar em uma igreja suas 95 teses, Lutero passa a ser perseguido. Pressionado para que se redima publicamente, Lutero se recusa a negar suas teses e desafia a Igreja Católica a provar que elas estejam erradas e contradigam o que prega a Bíblia. Excomungado, Lutero foge e inicia sua batalha para mostrar que seus ideais estão corretos e que eles permitem o acesso de todas as pessoas a Deus.

Título original: Luther
Distribuidor –





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quarta-feira, 7 de agosto de 2019

BREVE CATECISMO- LEONARD T. VAN HORN- Pergunta N°7




Pergunta 7. Que são os decretos de Deus?

Resposta: Os decretos de Deus são o seu eterno propósito, segundo o conselho da sua vontade, pela qual, para a sua própria glória, ele predestinou tudo o que acontece.
Referências Bíblicas: Ef 1.4, 11; Rm 9.23; At 4.27, 28; SI 33.11.
Perguntas:

Qual é a natureza dos decretos de Deus?


Os decretos de Deus são imutáveis; não podem ser mudados, portanto é certo que serão cumpridos. Seus decretos são eternos, e foram decididos por Deus na eterni- dade.

Há mais de um decreto?


Não, há um só único decreto. Contudo, esse decreto inclui muitos detalhes e por isso falamos dele no plural.

Quando  se usa a  palavra   "decreto ela não será em geral sinônimo de arbitrariedade?


Quando o ser humano usa a palavra isso poderá ser verdade, mas não quando Deus a usa. Os decretos de Deus não devem ser classificados assim visto que foram orde- nados por ele conforme o conselho de sua vontade. Deve-se olhar atrás do decreto e ver ali o amor de um Deus pessoal infinito, cujo plano que a tudo abrange também é em tudo sábio.

Qual é o propósito dos decretos de Deus?


O propósito é sua própria glória em primeiro lugar, e por meio dela, o bem dos eleitos.

Quem são os objetos  especiais  dos decretos  de Deus  e qual  é seu decreto  em relação a eles?


Os anjos e os homens são os objetos especiais e seu decreto para com eles é a predestinação.

O que  quer  dizer predestinação?


Predestinação é o plano ou propósito de Deus com respeito a suas criaturas morais. Divide-se em eleição e reprovação.

Qual é a definição de eleição; e de reprovação?


Eleição é o propósito eterno de Deus para salvar uma parte da raça humana em e por Jesus Cristo. Reprovação é o propósito eterno de Deus de ignorar alguns seres humanos quanto à operação de sua graça especial e puni-los por seu pecado.

Se a reprovação for verdade, como pode Deus ser justo?


Deus seria justo em condenar todos ao castigo eterno, visto que todos pecaram. Ele tem o comando; ele é o oleiro e nossa atitude deve ser de gratidão se formos dos eleitos por sua graça. O homem não tem direitos a exigir de Deus e Deus não deve ao homem a salvação eterna nem qualquer outra coisa.

FIXE  OS OLHOS   NO TRONO DE DEUS!

Pouquíssimas pessoas hoje duvidam que os homens estejam vivendo numa era repleta de sentimentos de frustração, fracasso, inadequação, ansiedade, medo e culpa. No esforço de ocultar tais sentimentos, as pessoas estão perseguindo uma variedade de objetivos transitórios. Para umas, é o sucesso nos negócios; alguns anseiam por vida social; alguns acham que a bebida resolverá o problema; e para outros é só o orgulho da vida. Mas qualquer que seja o objetivo terreno, há sempre um "amanhã", quando os homens acordam de novo para a certeza de que nenhum método é duradouro. Nenhum método provê paz duradoura. A todas as pessoas vem o desafio: "Fixe os Olhos no Trono de Deus!"
O estudo desta pergunta do catecismo deverá capacitar qualquer pecador salvo pela graça a ver algo da natureza de Deus sentado em seu trono, e deverá habilitá-lo a reconhecer que sua vida está nas mãos do Todo-poderoso e Soberano Deus. Tantas vezes as pessoas se esquecem. Esquecem que o Deus que formulou seus decretos conforme o conselho da sua vontade é o nosso Pai Celestial pessoal, de infinito amor por nós; esquecem que ele pode cuidar e cuida dos comparativamente pequenos males e problemas dos humanos.
No mundo atribulado de hoje a necessidade de que o Deus do propósito eterno, o , Deus que tem o mundo em  suas mãos,  seja proclamado por aqueles que são seus filhos por mediante Jesus Cristo. Mas a dificuldade em nossos dias é que tantos que o proclamam como seu Salvador querem usurpar tão grande parte de sua eficácia. Desejam o conforto e a sustentação do Deus Soberano mas querem exaltar o homem, seus poderes e suas habilidades, mesmo até o ponto de sugerir que o homem pode funcionar independentemente de Deus. Ou então parecem inserir nos decretos de Deus que ele escolhe certas pessoas porque ele antevê nelas certas capacidades de arrependimento e crença. Ou pior, elas querem escolher o que crer com respeito à predestinação, muitas vezes ignorando uma parte dos ensinos da Palavra de Deus.
E sempre bom que os cristãos se lembrem de que ele elegeu algumas pessoas simplesmente por razões que só ele conhece e não porque havia nelas qualquer mérito. E mais, é bom que os cristãos se lembrem de não ousar intrometer-se com a Palavra de Deus. É verdade que há muita coisa que nossa mente finita não consegue entender. É verdade que há muito contra o qual nossa mente pecadora se revolta. Mas a Palavra de Deus se mantém em meio a seu eterno propósito. É somente quando a Palavra escrita é aceita como está, quando as Escrituras são proclamadas em toda sua integridade, que o desafio pode ser lançado ao mundo: "Fixe os Olhos no Trono de Deus!" pois ali está assentado o Deus infinito, santo, soberano, aquele que elege e guarda eternamente.



segunda-feira, 29 de julho de 2019

BREVE CATECISMO- LEONARD T. VAN HORN- Pergunta N°6




Estudos no Breve Catecismo
de Westminster

Pergunta 6. Quantas pessoas há na Divindade?
Resposta: Há três pessoas na Divindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, e estas três
são um Deus, da mesma substância, iguais em poder e glória.
Referências Bíblicas: 2Co 13.14; Mt 28.19; Mt 3.16,17; Jo 17.5, 24.

Perguntas:

    1.      Por que esta doutrina tem feito surgir oposição durante a história da Igreja?

O diabo reconhece que, visto ser a Trindade um mistério que a razão humana não pode explicar, e como é o principal objeto de nossa fé e culto, é terreno fértil para ser usada como pedra de tropeço.

   2.      Até que ponto esta doutrina é importante para a nossa fé?

É essencial e vital. Sem esta doutrina nada saberíamos do amor do Pai, do mérito do Filho e da influência santificadora do Espírito Santo em adquirir e aplicar a redenção.

   3.      O que significa a palavra "Divindade " nesta pergunta?

Significa a natureza divina que é possuída por todas as três pessoas.

   4.      Qual é a denominação que nega a doutrina da Trindade ?

Os unitarianos negam esta doutrina. Ensinam que só há uma pessoa na Divindade, o Pai, e negam a verdadeira deidade de Cristo e do Espírito Santo.

   5.      Como se pode provar que há três pessoas na Divindade?

Isso pode ser provado por muitos ensinos na Bíblia. Pode ser provado pela fórmula de batismo; pelo batismo de Cristo; pela bênção dada por Paulo em 2 Co 13.13; pela saudação às sete igrejas; pelas diferentes tarefas atribuídas às três pessoas.

   6.      Poderia dar um exemplo dessas diferentes "tarefas"?

Sim. 1 Pedro 1.2 dá um exemplo de suas diferentes tarefas na obra de redenção. Fala da presciência do Pai, da morte do Filho por seu povo e da tarefa de santificação do Espírito.

   7.      Como todos os três podem ser um Deus?

A doutrina ensina que "Em um sentido Deus é Um, e em outro sentido é Três. Ele é Um em substância e Três em pessoas" (J.G. Vos). A Bíblia afirma que o Filho e o Espírito Santo são Deus e são iguais ao Pai. E verdade que esse mistério é difícil de entender. Mas agora o cremos mediante a Palavra de Deus e podemos aguardar ter
no céu o gozo do perfeito conhecimento a respeito.

   8.      Como poderemos melhor afirmar a doutrina em termos simples?

Uma das melhores declarações é esta: "Há um só Deus; o Pai e o Filho e o Espírito é cada um Deus; e o Pai e o Filho e o Espírito é cada um uma Pessoa distinta..." (Dr. L. Boettner).

A NECESSIDADE DA DOUTRINA DA TRINDADE

A doutrina da Trindade é ensinada sem questionamento em nossos Padrões, e nossa recepção e adoção da doutrina é parte importante de nossa fé cristã. Além disso, a doutrina da Trindade desempenha papel importante em nossa vida cristã. A confissão dessa doutrina específica da igreja é prioritário para a vida espiritual.

O dr. B.B. Warfield chamou a atenção para isso quando disse: "Sem a doutrina da Trindade, a vida cristã consciente do crente seria lançada em confusão e deixada em desorganização, se não com aspecto de irrealidade; com a doutrina da Trindade, uma ordem, significância e realidade vêm permear cada elemento. Assim, a doutrina da Trindade e a doutrina da redenção, historicamente, ou se mantêm ou caem juntas" (.Biblical Doctrines, p. 167).

E interessante notar que o Artigo Nove da Confissão Belga, com respeito à evidência da Trindade, declara: "Tudo isso conhecemos tanto pelos testemunhos da Bíblia Sagrada como por suas operações, e principalmente por aquelas que sentimos em nós mesmos". Isso não quer dizer que a experiência cristã seja uma segunda fonte de revelação. Só há uma fonte de revelação e essa é a Escritura. Mas a experiência do crente, baseada na Bíblia, lhe ensina que ele precisa do Deus Triúno para sua vida cristã.

O crente precisa do Pai. O Pai que é o Criador, o Legislador, o Juiz, o Provedor de todas as necessidades — o Pai que o amou tanto a ponto de mandar seu Filho para morrer na Cruz por seus pecados.

O crente precisa do Filho. O Filho é o unigénito do Pai. O Filho que é o Ensinador, o Redentor, o Sumo Sacerdote, o Rei eterno que governa com a Palavra e o Espírito.

O crente precisa do Espírito Santo. O Espírito que regenera e conduz a toda a verdade. O Espírito que é seu Consolador, seu Preservador, quem faz com que o crente compartilhe de Cristo e todos os benefícios dele.

Sem essa doutrina, a soma da religião cristã, a criação ou redenção ou santificação não poderia ser mantida. Qualquer desvio dela leva ao erro em outras esferas de doutrina.
Cremos na doutrina da Trindade e somos gratos por ela!

domingo, 28 de julho de 2019

BREVE CATECISMO- LEONARD T. VAN HORN- Pergunta N°5





Estudos no Breve Catecismo
de Westminster

Pergunta 5. Há mais de um Deus?
Resposta: Há um só Deus, o Deus vivo e verdadeiro.
Referências Bíblicas: Dt 6.4; Jr 10.10.

Perguntas:

      1.      Que provas podemos oferecer de que há um só Deus, vivo e verdadeiro?

Podemos oferecer provas da Bíblia quando diz: "Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Deus" (Dt 6.4). Podemos oferecer a prova da razão, visto que só pode haver uma primeira causa e um final definitivo de todas as coisas. A Escritura é lógica quando diz como primeiro versículo: "No princípio... Deus". Muitos têm chamado esse versículo de um dos mais importantes da Bíblia.

      2.      Por que não começar nosso estudo de Deus com a Trindade?

Começamos com Deus visto que este é o método que a Escritura usa. A Bíblia apresenta primeiro a verdade do único Deus vivo e verdadeiro, prosseguindo então para desvendar o mistério da Trindade.

      3.      O que significa dizer "um só" nesta pergunta?

O ensino aqui não nega o fato da Trindade, nem a deidade de Cristo ou do Espírito Santo. Antes faz ver que absolutamente nenhuma outra pessoa ou ser compartilha os atributos do "um só" Deus verdadeiro. Ele não se compara com nada mais no universo inteiro, todo ele criado e também governado por ele só.

     4.      O que podemos aprender com esta verdade?

Podemos aprender a reconhecê-lo como Todo-Poderoso e Soberano. Nossa atenção é assim dirigida ao fato de que há Um só Supremo Ser, Criador, Planejador e Legislador do mundo, e que ele é o único.

      5.      Qual o nome que damos à doutrina de um Deus?

Este ensino é chamado de "Monoteísmo" em oposição a "Politeísmo", que é o ensino de que há muitos deuses. O mundo pagão é politeísta; em contraste, Paulo diz: "... sabemos que o ídolo de si mesmo nada é no mundo, e que não há senão um só Deus" (ICo 8.4b).

      6.      Qual é o sentido da palavra "vivo" nesta pergunta?

A palavra "vivo" enfatiza que só ele possui vida em si mesmo e é portanto a Fonte de vida para todas suas criaturas. O dr. William Childs Robinson ressalta que "Ele se chama de Deus VIVO, nosso Senhor Jesus fala de Deus como o Pai VIVO, Pedro confessa o Salvador como sendo o Filho do Deus VIVO, Paulo chama a Igreja de Igreja do Deus VIVO e os crentes de filhos do Deus VIVO". Diz também que "Ele tem vida em si e de si e dá vida a tudo o mais".




O ÚNICO DEUS E A VIDA CRISTÃ

Bavinck declara em seu tratado sobre "O Ser de Deus": "A primeira coisa que a Escritura Sagrada quer nos dar, ao usar todas essas descrições e nomes do Divino Ser, é um sentido inerradicável do fato que Jeová, o Deus que se revelou a Israel e em Cristo, é o verdadeiro, o único e o vivo Deus. Os ídolos dos ateus e os ídolos (panteístas e politeístas, deistas e ateístas) dos filósofos, são obra das mãos dos homens: não podem falar nem ver, não ouvem nem sentem nem andam... As pessoas querem fazer de Deus um deus morto para que o possam tratar a seu bel-prazer".

Deve haver um relacionamento definido entre nossa crença no "único vivo e verdadeiro Deus" e nosso viver cristão. Não podemos tratar nosso Deus como o mundo quer tratá-lo. Aqueles de nós que fomos remidos pela graça soberana do Soberano Deus devemos reconhecer que nossa crença nele nos envolve em sérias responsabilidades.

Existe nossa responsabilidade quanto à Oração e ao Estudo Bíblico. Isso é básico  para sermos bons desempenhadores de nossas responsabilidades. E ótimo termos crenças definidas e sabermos recitar o catecismo. É ótimo sermos conhecido como os que têm compromisso com os Padrões de nossa Igreja, como os que são calvinistas até o íntimo. Mas sem diligência na oração e no estudo da palavra de Deus, o crente assumido torna-se um som sem potência para o Salvador. Não devíamos ser tantos, os que estamos tão apressados quanto às coisas materiais, quanto às obrigações da igreja, que não temos tempo para a hora devocional pessoal. Se uma pessoa erra nisso, ela erra em tudo o mais.

Existe nossa responsabilidade de viver centrados em Deus. O cristão que se dedica aos Padrões Westminster, ao ponto de vista reformado, é um cristão que em sua visão de mundo e vida precisa se colocar em contraste direto com o não-cristão em todas as suas ações, suas palavras e seus pensamentos. Um dos maiores impedimentos ao testemunho da igreja hoje é que se torna difícil para o não-crente distinguir a diferença entre si e o presbiteriano nominal que meramente professa crer.

Muitas outras responsabilidades poderiam ser mencionadas. Entretanto, se todos nós fizermos um pacto com Deus, o Deus vivo, para cumprirmos os dois pontos acima nos próximos meses, o Deus vivo fará uso de seu povo de maneira poderosa. O resultado seria algo de que todas as igrejas carecem. O resultado seria o AVIVAMENTO do viver religioso!

sexta-feira, 19 de julho de 2019

BREVE CATECISMO- LEONARD T. VAN HORN- Pergunta N°4




Estudos no Breve Catecismo
de Westminster

Pergunta 4. Quem é Deus?
Resposta: Deus é espírito, infinito, eterno e imutável em seu ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade.
Referências Bíblicas: Jo 4.24; Ml 3.6; SI 147.5; Ap 19.6; Is 57.15; Dt 32.4; Rm 2.4; SI 117.2.

Perguntas:

1.      Por que esta pergunta é tão fundamental para a alma do homem?

E essencial porque Hebreus 11:6 declara: "E necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe". Se um homem pode aceitar as primeiras palavras da Bíblia, "No princípio...Deus..." ele está na rota certa, porque essa é uma verdade da qual todas as outras verdades dependem.

2.      Como podemos aceitar e conhecer plenamente essa verdade básica?

Jesus Cristo, o eterno Filho de Deus, revela Deus a nós, e é somente por meio de Cristo que podemos nos aproximar de Deus. A Bíblia diz: "Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigénito, que está no seio do Pai, é quem o revelou" (Jo 1.18). Jesus disse: "Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14.6).

3.      A luz da resposta à Pergunta 4, com que atitude devemos nos aproximar de Deus?

Devemos nos aproximar dele como o Deus Todo-Poderoso e Soberano. Uma certa igreja tinha escrito na parede, à vista de toda a congregação, as palavras: "SABEI NA PRESENÇA DE QUEM ESTAIS !". Devemos sempre nos aproximar dele no pensamento, nas palavras e nas ações, reconhecendo que ele é tudo o que a resposta a esta pergunta declara que ele é.

4.      O que significa a afirmação "Deus é Espírito?

Significa que ele é invisível, sem corpo ou partes do corpo, não como homem ou qualquer outra criatura. (Citação da Ata da Sessão da Assembléia de Westminster).

       5. Na Teologia qual o termo que empregamos para as palavras usadas para descrever Deus?

Chamamos estes de atributos de Deus e os separamos entre atributos incomunicáveis e comunicáveis.

       6. Por que os separamos desse modo?

Nós os separamos assim porque seus atributos incomunicáveis não se encontram em nenhuma de suas criaturas. São a sua infinitude, eternidade e imutabilidade. Seus atributos comunicáveis (ser, sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade) são encontrados, em algum grau, no ser humano. E óbvio que no ser humano esses atributos são indistintos, limitados e imperfeitos comparados aos de Deus.




A ADORAÇÃO DE DEUS

"Deus é Espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade" (Jo 4.24). Estas palavras, ditas por Jesus para a mulher junto ao poço, são palavras para hoje. Há muito culto acontecendo hoje, mas "examinemo-nos" — será que nosso culto é culto verdadeiro? O ser humano foi criado para a comunhão com Deus e o culto a Deus ocupa uma posição prioritária para a obtenção dessa comunhão.

Como podemos adorá-lo em espírito e em verdade? Somente quando o adoramos com o conhecimento daquilo que ele é salvadoramente em Cristo para o benefício de pecadores perdidos. Quando há esta percepção na alma individual, é possível à pessoa começar a adorar a Deus conforme a vontade dele. É então que a alma poderá dizer com Moisés: "Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu, glorificado em santidade, terrível em feitos gloriosos, que operas maravilhas?" (Ex 15.11). É só quando o homem é salvo por meio de fé pessoal em Jesus Cristo que ele pode se aproximar de seu Criador com a atitude certa na adoração.

 Em meios presbiterianos, muitas vezes se ouve a acusação de que o culto é muito frio, muito formal. Se isso é verdade, será que a razão não se encontra no no fato de o povo de Deus ter deixado de adorar em espírito e em verdade? Muitos sentem que o culto diz respeito a cerimônias ou observâncias visíveis.De fato, muitos têm a tendência de sentir que é difícil prestar culto sem um templo bem ornado e linda música. Não nos esqueçamos de que o culto a Deus é espiritual. Calvino declarou: "Se manifestamos uma reverência apropriada a ele preferindo antes a vontade dele à nossa, segue-se que não há outro culto legítimo que se possa prestar a ele senão a observância da justiça, santidade e pureza".

Pouco tempo atrás, estive num templo que era uma réplica da primeira igreja presbiteriana estabelecida na comarca de Claiborne, estado de Mississippi. Uma simples construção de toras com um púlpito artesanal é tudo que o crente vê. O pensamento me veio que, afinal de contas, a adoração verdadeira tem que ver com nosso reconhecimento da Grandeza do Soberano Deus. Quando compreendemos quem ele é, quando nossa vida honra a Soberania dele, quando entendemos que somos criaturas pecadoras remidas pelo sangue do Cordeiro, é então que estamos mais perto de poder adorá-lo como devemos. Arthur W. Pink nos diz que nossa atitude para com o Deus Onipotente e Soberano deve ser de temor piedoso, obediência absoluta, resignação completa e profunda gratidão e alegria. Essas características de uma pessoa renascida lhe darão a possibilidade de adorar em espírito e em verdade.