Como todo estudo bíblico, devemos iniciar partindo do
pressuposto de que a Bíblia é a inerrante, infalível, e imutável palavra de
Deus. Contudo, não negamos que além de uma natureza divina, a escritura possui
também uma natureza humana, pois foi escrita por homens que viveram em
determinado tempo e que utilizaram sua cultura para transmitir as verdades
reveladas por Deus por meio do Espírito Santo em sua Palavra. Isso quer dizer
que ao transmitir a mensagem divina, esses autores o fizeram com as ferramentas
culturais e os recursos gramaticais que tinham a sua disposição.
Sabendo dessas duas naturezas da Escritura, devemos nos
sujeitar a sua autoridade, mas para interpretar corretamente sua mensagem,
faremos também uso de recursos que nos aproximará da intenção do autor ao
transmitir sua mensagem. No livro “A Bíblia e seus Intérpretes”, o Rev.
Augustus Nicodemus Lopes, falando sobre a natureza humana da Escritura, afirma:
“O fato de que a Bíblia não caiu pronta do céu, mas que foi escrita por
diferentes pessoas em diferentes épocas, línguas e lugares, alerta-nos para o
que alguns estudiosos têm chamado de distanciamento.” (LOPES, 2013, p. 23)
Com um espírito de humildade e submissão, iremos nos colocar
sob a orientação do Espírito Santo, rogando a Deus que ilumine nossas mentes
para que possamos não só entender aquilo que Ele nos transmitiu por sua palavra
revelada, mas que também nos guie para
que sua palavra seja efetivamente guardada e aplicada em nossos corações.
1.1. Autor,
data e local da escrita.
A carta de Paulo aos Filipenses, juntamente com Efésios,
Colossenses e Filemom, formam o conhecido grupo de escritos paulinos da prisão.
Embora existam aqueles que se opõem, a maioria dos eruditos concordam que essas
cartas tenham sido escritas enquanto Paulo estava preso em Roma por ocasião de
seu primeiro cativeiro naquela cidade em cerca de 60-62 d.C.
12 E quero, irmãos, que saibais
que as coisas que me aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho;
13 De maneira que as minhas prisões em Cristo foram manifestas por toda a
guarda pretoriana, e por todos os demais lugares; 14 E muitos dos irmãos no
Senhor, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a palavra mais
confiadamente, sem temor. Filipenses 1.12-14 (ACF).
Além de Roma, alguns estudiosos propuseram duas possíveis
origens de escrita da carta, Cesaréia e
Éfeso.
Contudo, por não haver argumentos fortes que justifiquem a escrita em ambas,
permanece a aceitação de que Roma é o local de origem. Alguns argumentos podem
ser apontados em favor da escrita em Roma, são eles: (MACARTHUR,
2015, p. 461)
A) Paulo faz referência à “guarda do palácio”[...] “De
maneira que as minhas prisões em Cristo foram manifestas por toda a guarda
pretoriana, e por todos os demais lugares;” [...] Filipenses 1.12-14 (ACF).
B) Paulo faz referência aos “santos [...] que estão na casa
de César”. Filipenses 4.22 (ACF).
C) As semelhanças entre os detalhes da prisão de Paulo
fornecidos em Atos e nas “epístolas da prisão” também demonstram que essas
epístolas foram escritas de Roma.
a) Paulo
era guardado por soldados, [...]“E, logo que chegamos a Roma, o centurião
entregou os presos ao capitão da guarda; mas a Paulo se lhe permitiu morar por
sua conta à parte, com o soldado que o guardava.” [...] Atos 28.16 (ACF); cf.
1.13-14.
b) Paulo tinha
permissão para receber visitantes, [...] “E Paulo ficou dois anos inteiros na
sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo;” [...]
Atos 28.30 (ACF); cf. 4.18.
c) Paulo
teve a oportunidade de pregar o evangelho, [...] “Pregando o reino de Deus, e
ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo,
sem impedimento algum.” Atos 28.31 (ACF); cf. 1.12-14; Ef 6.18-20; Cl 4.2-4.
1.2. Origem do
nome.
Filipos deve seu nome ao grande Filipe II da Macedônia, pai
de Alexandre “O Grande”. Atraído pelas minas de ouro que havia no local, Filipe
II conquistou a região no século IV a.C. Mais tarde, no século II a.C., Filipos
tornou-se parte da província romana da Macedônia.
Em 42 a.C., os exércitos de Antônio e Otávio derrotaram os de Brutus e Cassius
na batalha de Filipos, colocando, desse modo, um fim à República Romana e
prenunciando o Império. Depois da batalha, Filipos se tornou uma colônia romana
(cf. At 16.12), e muitos veteranos do exército romano se estabeleceram lá.
Como colônia, Filipos tinha autonomia do governo provincial e
os mesmos direitos que tinham as cidades na Itália, inclusive o uso da lei romana, isenção de alguns
impostos e cidadania romana para seus habitantes (At 16:21). O fato de ser uma
colônia também era motivo de muito orgulho cívico por parte dos filipenses;
eles usavam o latim como idioma oficial, adotaram os costumes romanos e
governavam a sua cidade segundo o modelo das cidades italianas. Tanto Atos como
Filipenses refletem o status de Filipos como uma colônia romana. (MACARTHUR,
2015, p. 462).
1.3. Localização
Geográfica da cidade de Filipos.
“O povoado que originalmente era chamado de Krenides, ficava
localizado ao norte da Grécia, cerca de 16 km de Neápolis, no mar Egeu. Após a
conquista da região, Filipe II, mudou seu nome e redimensionou a cidade com
novos habitantes e muitas construções.” (HALLEY, 2001, p. 646)
Filipos era atravessada pela Via Egnácia, que era a
principal estrada que ligava a Ásia e o
Ocidente. Por este motivo, Paulo escolheu a cidade como primeira da Europa a receber o evangelho, o que certamente tinha
um papel estratégico dado seu privilégio geográfico. Pela cidade também passava
o rio Gangitis (atual Angitis), local onde parece que havia uma pequena
comunidade judaica. Essa comunidade judaica ali instalada parece não ser
expressiva, a cidade e consequentemente a igreja eram massivamente compostas
por crentes gentios.
1.4. Classe literária:
Epístola
Etimologia- do grego (epistolh,):
“carta epístola” (GINGRICH, 1984, p. 83).
Forma de missiva mais
formal que uma carta simples. Uma epístola teria uma maior qualidade literária
que uma carta, além de conter uma mensagem mais importante, que faz contraste
com o caráter informal e, algumas vezes, superficial, de uma simples carta. As
epístolas, missivas de natureza mais formal, incluem os tratados religiosos, as
orações públicas, os tratados filosóficos, os tratados políticos, as exortações
morais [...]. Uma
epístola é uma obra de arte; uma carta é um pedaço da vida diária. (CHAMPLIN,
2015, p. 407)
1.4.1.
Características de uma epístola.
Uma saudação pessoal, com a usual palavra grega (χάρις) graça, como parte dessa saudação;
“(Filipenses 1.1-2).
Uma espécie de ação de graças ou saudação; “Dou graças ao meu Deus todas as vezes que
me lembro de vós,” (Filipenses 1.3).
Expressão de desejo pelo bem estar dos leitores da epístola,
o que, no Novo Testamento, normalmente assume a forma de uma oração; “fazendo, sempre com alegria, oração por vós
em todas as minhas súplicas,”
(Filipenses 1.4).
O tratamento da mensagem principal a ser comunicada, o que
no Novo testamento, inclui instruções doutrinárias e éticas, de mistura com
informes pessoais;
Uma benção, que geralmente contém alguma forma de saudação
pessoal;
A assinatura, para propósitos de identificação e
autenticação. “A graça de nosso
Senhor Jesus Cristo seja com vós todos. Amém!” (Filipenses 4.23) (Gál
6.11; II Tes 3.17).
1.5. Principais
personagens.
1.5.1.
Paulo.
Pouco se sabe sobre a vida anterior a seu ministério
evangelístico. Contudo, em sua enciclopédia, Champlin nos informa que:
[...] Do nascimento de Paulo até seu aparecimento em
Jerusalém, como perseguidor dos crentes, temos apenas informações muito esparsas. Sabemos que ele
nasceu em Tarso, - cidade não insignificante - (ver atos 21:39), descrição essa
que tem sido confirmada pelas escavações arqueológicas de Sir William Ramsay.
Naquele tempo Tarso (na Cilícia) foi
incorporada à província da
Síria. [...] Tarso chegou a ser a cidade mais importante da Cilícia.
[...] Também se sabe que era um centro cultural, e que ali era muito forte a
variedade do estoicismo romano. (CHAMPLIN, 2015, p. 120)
Algumas informações encontradas nas escrituras podem nos
iluminar quanto fatos de sua vida. “Em primeiro lugar, sabemos que Paulo era
judeu de nascimento.” (LOPES, 2009, p. 11) (cf. At 22.3), da
tribo de Benjamim (cf. Fp 3.4-5).
Em segundo, foi criado
na fé judaica, isto incluía: Ser circuncidado ao oitavo dia (cf. Fp 3.5);
Possuía elevado conhecimento sobre os preceitos da lei (cf. Gl 1.14), “
Dominava com grande desenvoltura o conhecimento da lei e as opiniões mais
importantes dos grandes mestres de sua época.” (LOPES, 2009,
p. 12).
Em terceiro lugar, Paulo foi instruído em Jerusalém aos pés de Gamaliel (cf.
At. 22.3).
Na cidade de Davi, Paulo foi instruído aos pés de Gamaliel, o
maior e o mais ilustre rabino daquela época, homem culto, sábio e piedoso. Ele
foi instruído segundo a exatidão da lei dos seus antepassados. Conhecia
bem de perto as tradições do seu povo.
Sabia de cor as inúmeras regras e preceitos criados pelos anciãos. A tradição
oral, fruto da interpretação extravagante dos escribas, era observada
cuidadosamente por esse jovem. (LOPES, 2009, p. 13)
Em quarto lugar, Paulo era um homem erudito, conhecedor da
cultura secular. Comentando sobre a erudição de Paulo, o Rev. Hernandes
Dias Lopes, diz: “Seu conhecimento transcendia o campo religioso.[...]
Trafegava com desenvoltura pelos corredores do passado e citava com precisão os
grandes pensadores e filósofos dos tempos antigos.” (LOPES, 2009,
p. 13).
“Quando pregou na capital intelectual do mundo, a Atenas de
Péricles, Sócrates, Platão e Aristóteles, não hesitou em citar alguns poetas
atenienses (At 17.28). Quando escreveu a Tito, na ilha de Creta, fez referência
a Epimênides, um filósofo cretense, do século 6º a.C (Tt 1.12). Paulo tinha uma
cultura enciclopédica. Festo, mesmo fazendo troça do apóstolo, precisou se
curvar à realidade insofismável de que Paulo era um homem de muitas letras (At
26.24).” (LOPES, 2009, p. 13)
Em quinto lugar, Paulo era um fariseu (cf. Fp 3.5-6; At
26.5; Gl 1.14). Os fariseus eram um “importante grupo religioso da palestina” (ERICKSON, 2011, p. 79), que seguia com
grande rigor os preceitos da lei judaica. Eram legalistas, “compunham o grupo
religioso mais ortodoxo de Israel.[...] estavam do lado oposto dos saduceus,
grupo religioso que negava a ressurreição e a existência dos anjos.” (LOPES, 2009). Sua presença é
datada do século II a.C. até o final do século I d.C.
Em sexto lugar, “[...] Paulo era um membro zeloso do
Sinédrio [...]” (LOPES, 2009, p. 14) (cf. At.7.59-60;
9.1-2). O sinédrio era um grupo formado por setenta homens maduros e que tinha
como função principal legislar e julgar a vida religiosa e moral do povo.
Em sétimo lugar, Paulo possuía cidadania romana (cf. At
22.27). Mesmo sendo filho de judeus, por ter nascido em uma província romana,
Tarso da Cilícia, Paulo recebeu cidadania romana. Sua cidadania não se deu por
pagamento (cf. At 22.28a), mas por direito de nascimento (cf. cf. At 22.28b).
Para mais informações sobre a vida “conhecida” do apóstolo,
sugiro a leitura do livro “Paulo: O Maior Líder do Cristianismo”, de autoria do
Rev. Hernandes Dias Lopes, cuja referência está na bibliografia deste livro. Em
sua obra, o Rev. Hernandes, faz uma abordagem descritiva e piedosa de todas as
informações que a própria Escritura nos dá sobre a vida e ministério
evangelístico do apóstolo Paulo.
1.5.2.
Timóteo.
Missionário de ascendência judia (sua mãe) e gentia (seu
pai, grego). Sua mãe se chamava Eunice, e sua avó, Lóide (cf. 2Tm 1.5). Timóteo
era natural de Listra, uma cidade na província romana da Galácia, parte da
atual Turquia (cf. At 16.1-3).
Sobre sua conversão, sabemos que foi fruto da pregação do
apóstolo Paulo (cf. 1Tm 1.2), acompanhando-o logo após em sua segunda viagem
missionária, 51 .d.C. ( cf. At 16.3). Era escolhido por Deus para o santo
ofício e foi consagrado pelos presbíteros e Paulo (cf. 1Tm 1.18, 4.14; 2Tm
1.6). Timóteo esteve bastante ativo junto com Paulo em suas viagens
missionárias. Sobre seu papel missionário, Halley, diz:
[...] provavelmente redigiu esta carta ditada por Paulo. Ele
ajudara a fundar a igreja de Filipos, de modo que Paulo incluiu seu nome na
saudação. Também ajudara a escrever outras cartas: 1 Coríntios,
Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses e
Filemom. (HALLEY, 2001, p. 646)
Segundo MacArthur, Timóteo havia sido “preparado por Paulo
para dar continuidade ao seu ministério em Filipos (1:1-2:23).” (MACARTHUR, 2015, p. 464) (cf. Fp 2.19-23).
1.5.3.
Epafrodito.
Foi um mensageiro da igreja de Filipos, enviado à Roma para
entregar ofertas ao apóstolo Paulo (cf. Fp 2.25-30, 4.18). Segundo Champlin, o
fato de Epafrodito ter sido delegado para entregar as ofertas enviadas pela
igreja a Paulo, sugere que ele era um dos líderes da igreja. Não se sabe se no
caminho ou se após ter chegado a Roma, mas nos é informado que Epafrodito
adoeceu a ponto de quase morrer (cf. Fp 2.27-30). Por fim, Paulo resolve
enviá-lo de volta para Filipos levando consigo a carta, que além de assuntos
concernentes a comunidade, também contêm recomendações quanto o serviço e
caráter de Epafrodito (cf. Fp 2.28-30).
1.5.4.
Evódia.
Seu nome vem do grego e significa “cheirosa”.
Era membro da igreja de Filipos, e tinha uma antiga querela com Síntique, outra
mulher crente da mesma comunidade. Visto haver esse tipo de relacionamento
belicoso dentro da comunidade da igreja, Paulo exorta a ambas que tivessem uma
mente concordante (cf. Fp 4.2-3). O motivo da querela entre Evódia e Síntique é
desconhecido, mas Champlin comenta que, normalmente as querelas possuem erros
de ambos os lados, e por esse motivo o apóstolo Paulo dirigi sua exortação as
duas.
1.5.5.
Síntique.
O nome de Síntique, assim como Evódia, tem sua origem no
grego e significa “afortunada”. Era membro da igreja de Filipos, onde também
residia. Apesar de alimentarem uma querela, Síntique e Evódia trabalharam juntas em cooperação com o
apóstolo Paulo. Quando o apóstolo escreveu essa carta, no entanto, essas duas
irmãs haviam entrado em choque uma com a outra. Não sabemos o motivo pelo qual
elas criaram um sentimento animoso mútuo, mas o apóstolo pede a um amigo, que
ele chama de “verdadeiro companheiro”, que as ajudem a superar suas diferenças
(cf. Fp 4.2-3).
1.6. Propósito.
Embora a linguagem de Paulo ressalte o caráter amoroso com o
qual ele se dirige a igreja, outros assuntos também o levaram a escrever a
epistola. Em seu comentário, MacArthur, nos oferece ao menos cinco objetivos
tencionados por Paulo ao escrever essa carta, são eles:
“Os objetivos de Paulo ao escrever essa epístola eram
diversos. (MACARTHUR, 2015, p. 464)
A) “[...] expressar,
por escrito, o seu agradecimento pela oferta dos filipenses (4.10-18).”
B) “[...] que os
filipenses soubessem por que ele havia decidido mandar Epafrodito de volta,
para que não pensassem que o serviço
dele para Paulo havia sido insatisfatório (2.25-26).”
C) “[...] Queria
informa-los a respeito de sua situação em Roma (1.12-26).”
D) “[...] Exortá-los
à unidade (2.1-2; 4.2).”
E) “[...] adverti-los
contra os falsos mestres (3.1-4.1).”
1.7. Principais
doutrinas.
Segundo MacArthur,
as principais doutrinas encontradas em Filipenses, são três:
1) A humildade de
Cristo;
2) A submissão de
Cristo;
3) E a provisão de
Cristo para os Cristãos.
Sua humildade pode ser evidenciada pelo fato de, sendo Deus,
submeter-se, servindo e se entregando em
sacrifício pelo seu povo. Nos versos 7 e 8 do capítulo 2, Paulo demonstra a
humildade do Salvador no fato de ter ele assumido a forma de homem, sendo
obediente aos propósitos salvíficos da Santíssima trindade até a morte. No
capítulo 3, dos versos 7 ao 14, o apóstolo aponta para a verdade que devemos
ter uma atitude de submissão e gratidão a Cristo.
Além dessas três doutrinas, MacArthur
diz que Deus é apresentado por três características relacionadas ao Seu
caráter.
1) “Deus é glorioso”- 2.11;
2) “Deus é misericordioso”- 2.27;
3) “E Deus é providente”- 1.12.
1.8. Esboço.
I.
Saudações de Paulo (Fp 1.1-11)
II.
As circunstâncias de Paulo (Fp 1.12-26)
III.
As exortações de Paulo (Fp 1.27-2.18)
a.
Permanecer firme em Cristo (Fp 1.27-30)
b.
Ser humilde como Cristo (Fp 2.1-11)
c.
Ser uma luz para o mundo (Fp 2.12-18)
IV.
Companheiros de Paulo (Fp 2.19-30)
a.
Timóteo (Fp 2.19-24)
b.
Epafrodito (Fp 2.25-30)
V.
Avisos de Paulo (Fp 3.1-4: 1)
a.
Avisos contra os falsos mestres (Fp 3.1-16)
b.
Avisos contra os inimigos da cruz (Fp 3.17-4.1)
VI.
A alegria de Paulo (Fp 4.2-9)
VII.
A gratidão de Paulo (Fp 4.10-20)
VIII.
A despedida de Paulo (Fp 4.21-23)
1.9. Conclusão.
O estudo correto da escritura é de fato exaustivo. Devemos
dedicar tempo e esforço para adentrar nos corredores da história e do tempo,
com o fim de transpor os abismos existentes entre nós e o autor inspirado. Uma
vez que possuímos um conhecimento apropriado sobre o contexto que cercava a
ocasião da escrita, somos capazes de olhar para o texto com uma visão mais
precisa sobre as informações nele encontradas. Sem esse processo de introdução
não poderíamos, por exemplo, ter uma ideia precisa sobre o que Paulo quis dizer
quando falou aos Filipenses que “ele poderia confiar na carne”, que no contexto
diz respeito a sua ascendência hebreia e seus vários ritos fervorosamente
defendidos pelo apóstolo antes de sua conversão. A partir do próximo capítulo,
iremos escavar o texto e retirar dele a mensagem de Deus para nós e sua igreja.