Primeira Regra da hermenêutica – É
preciso, o quanto seja possível, tomar as palavras em seu sentido usual e
comum.
Porém, tenha-se sempre presente a
verdade de que o sentido usual e comum não equivale sempre ao sentido literal.
Vejamos alguns exemplos:
Leitura complementar:
“Em Gêneses 6.12 [...] Tomando aqui as palavras “carne e
caminho” em sentido literal, o texto perde o significado por completo. Contudo,
tomando em seu sentido comum, usando-se como figuras, ou seja, carne no sentido
de pessoa e caminho no sentido de costumes, modo de proceder ou religião, o
texto já não tem só significado, mas um significado terminante, conclusivo,
dizendo-nos que toda pessoa havia corrompido seus costumes.” (p.39-40)
Segunda regra da hermenêutica: “É de todo necessário
tomar as palavras no sentido que indica o conjunto da frase”.
Em outras palavras, a segunda regra da hermenêutica atenta
para o fato de que as palavras devem significar aquilo que o sentido do texto
aponta, ou seja, seu significado está ligado ao sentido contextual da frase
como um todo.
“Existem na linguagem bíblica,
assim como em qualquer outra, palavras que variam muito em seu significado,
conforme o sentido da frase ou o argumento apresentado. Por isso, é importante
averiguar e determinar sempre qual o pensamento especial que o autor se propõe
a expressar, e desse modo, fazendo desse pensamento uma diretriz, será possível
determinar o sentido positivo do termo complexo.”
Um exemplo vulgar que podemos utilizar é a seguinte frase: “Comprei
pão e fiz o café. Por favor, frite os ovos!” Uma leitura natural dessa
frase, levando em consideração a intenção expressa pelo contexto, torna
impossível que qualquer pessoa confunda os ovos a serem fritos com ovos de
chocolate, isso porque o contexto claro da frase exclui tal possibilidade.
Vejamos alguns exemplos:
·
O primeiro exemplo que vamos tomar é o uso da
palavra fé. A palavra fé é comumente identificada com o sentido de
confiança, contudo, esse não seja seu único significado nas Escrituras. Em
Gálatas 1.23 - “ouviam somente dizer: Aquele que, antes, nos perseguia,
agora, prega a fé que, outrora, procurava destruir.” – podemos compreender
que a palavra fé aqui é utilizada com o sentido de crença, “o evangelho”. Em
Romanos 14.23 – “Mas aquele que tem dúvidas é condenado se comer, porque o
que faz não provém de fé; e tudo que não provém de fé é pecado.” – a mesma palavra
é utilizada com o sentido “certeza”, “convicção”.
·
O segundo exemplo é o uso das palavras
salvação e salvar. Seus usos mais frequentes são relacionados ao sentido de
libertação do pecado e de suas consequências. No entanto, em Atos 7.25 – “Ora, Moisés
cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus os queria “salvar” (grifo
meu) por intermédio dele; eles, porém, não compreenderam.” –
a palavra salvar diz respeito a libertação temporal dos hebreus, pois
eram escravos no Egito. Em Romanos 13.11 – “E digo isto a vós
outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a
nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos.”
– a palavra salvação diz respeito a volta de Cristo. Em Hebreus 2.3 – “como escaparemos nós,
se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada
inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram;”
– “salvação” se refere a “toda revelação do Evangelho”.
·
O terceiro exemplo que vamos utilizar é a
palavra “graça”. Seu significado mais comum ou conhecido é “favor”.
Contudo, ela pode ter outros significados. Em Efésios 2.8 - “Porque pela graça
sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;”
– “a palavra “graça” significa a pura misericórdia e bondade de Deus manifestadas aos
crentes sem mérito nenhum da parte
deles” (E.
Lund, P.C. Nelson, 2006. P. 45.), ou seja, não só um favor, mas um “favor
imerecido”. Em Atos 14.3 - “Entretanto, demoraram-se ali muito tempo, falando ousadamente no
Senhor, o qual confirmava a palavra da sua graça,
concedendo que, por mão deles, se fizessem
sinais e prodígios.” –
a palavra graça significa a pregação do evangelho. Em
1Pedro 1.13 – “Por isso,
cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na
graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo.”
– a palavra “graça” equivale à bem-aventurança que ele, Cristo, trará na sua vinda.
Leitura complementar:
Sangue: Falando de crucificar a Cristo, disseram os judeus:
"Caia sobre nós o seu sangue, e sobre nossos filhos!" (Mat. 27:25). Guiados
por nossa regra vimos que sangue, aqui, ocorre no sentido de culpa e suas consequências,
por matar um inocente. "Temos a redenção, pelo seu sangue" (Ef.
1:7); "Sendo justificados pelo seu sangue, seremos por
ele salvos da ira" (Rom. 5:9). O conjunto das frases torna evidente que
a palavra sangue equivale à morte expiatória de Cristo na cruz.
Exercício:
·
Definir os significados da palavra carne nos
textos:
a.
Ezequiel 36.26;
b.
Efésios 2.3;
c.
1Timóteo 3.16;
d.
Gálatas 3.3
·
Respostas:
a.
Uma disposição terna e doce, ou seja, um coração
que seja receptivo aos mandamentos de Deus que os queira amar e cumprir;
b.
Os desejos sensuais, desejos pecaminosos,
frutos de nossa natureza caída;
c.
Refere-se a forma ou natureza humana. Cristo
de fato assumiu forma de homem;
d.
Justificação pelas obras, dizendo respeito
as cerimônias judaicas.
Terceira regra da hermenêutica: “É preciso tomar as
palavras no sentido indicado no contexto, a saber, os versículos que antecedem
e precedem o texto que se estuda”.
Obviamente, há momentos em que a leitura de uma frase ou
verso somente não é suficiente para o entendimento adequado do sentido do
texto. Por este motivo, quando não conseguimos entender o significado das
palavras em uma leitura considerando o contexto da frase, é necessário que
procuremos contextualizar tais palavras em seu contexto mais amplo, a saber as
frases que a antecedem e precedem (que vem antes e depois). “É no contexto
que achamos expressões, versículos ou exemplos capazes de nos esclarecer e
definir o significado da palavra obscura.”
Vejamos alguns exemplos:
·
Em efésios 3.4, encontramos a seguinte
afirmação do apostolo Paulo: “Ao lerem isso vocês poderão entender a minha
compreensão do mistério de Cristo”. Qual o significado da palavra mistério
nesse texto? Ao ler os versos anteriores e posteriores ao 4 descobrimos que
ele está falando sobre a inserção dos gentios no plano salvífico de Deus desde
a eternidade. (cf. 2.11-3.6)
·
Em Gálatas 4.3, o apóstolo diz: “Assim também
nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão, debaixo dos
rudimentos do mundo”. Qual o significado da palavra “rudimentos”? Ao
examinarmos os versos de 9-11, percebemos que os rudimentos aos quais o
apóstolo se refere são a prática dos costumes judaicos. Nesta carta, Paulo
procura orientar aos irmãos da Galácia que não sejam conduzidos pelos
legalistas judaizantes, grupo que queria impor aos irmãos as práticas da antiga
aliança. O argumento principal que Paulo utiliza é o fato de ser Cristo o ápice
da revelação divina (cf. 4.4). O fato daqueles irmãos quererem retroceder às
práticas judaicas é algo tão grave para Paulo que ele diz que essa atitude
constitui em pregar e viver um outro evangelho, não o de Cristo (cf. 1.6-10).
Algumas vezes, uma palavra obscura só poderá ter seu
significado revelado quando encontramos seu antônimo ou sinônimos. A palavra “aliança”
encontrada em Gálatas 3.17, por exemplo, tem seu significado explicado no final
do versículo pela palavra “promessa”. Ou seja, Paulo afirma que a lei
promulgada no Sinai, quatrocentos e trinta anos após a promessa feita a Abrão,
não anula a “aliança” antes estabelecida. (cf. 3.13-18)
Leitura complementar:
Às vezes, uma palavra que expressa uma ideia geral e
absoluta, deve ser tomada num sentido restritivo, segundo determine alguma
circunstância especial do contexto, ou melhor, o conjunto das declarações das
Escrituras em assuntos de doutrina. Quando Davi por exemplo, exclama:
"Julga-me, Senhor, segundo a minha retidão, e segundo a integridade
que
há em mim", o contexto nos faz compreender que Davi
só proclama sua retidão e integridade em oposição às calúnias que Cuxe, o
benjamita, levantara contra ele (Sal. 7:8). Tratando-se do administrador infiel
temos indicada sua conduta como digna de imitação; porém, pelo contexto vemos
limitado o exemplo à prudência do administrador, com exclusão total de seu
procedimento desonesto (Luc. 16:1-13). Falando Jesus do cego de nascimento,
disse: "Nem ele pecou, nem seus pais", com o que de nenhum modo
afirma Jesus que não houvessem pecado; pois existe no contexto uma
circunstância que limita o sentido da frase a que não haviam pecado para que
sofresse de cegueira como consequência, segundo erroneamente pensavam os
discípulos. (Jo. 9:3).
Exercício:
·
Definir os significados dos termos,
“batizados no Espírito Santo e no fogo”, e, o significado da palavra “fruto”.
a.
Mateus 3.11;
b.
Mateus 3.10.
·
Respostas:
a.
Em Mateus 3.11, considerando o contexto dos
versos (10-12), o batismo com o Espírito é a reunião do seu povo por meio da
obra regeneradora do Espírito Santo, enquanto que o batismo com ou no fogo, diz
respeito ao destino eterno daqueles que não fazem parte da igreja e que não
serão regenerados e salvos pela obra do Espírito Santo.
b.
Em Mateus 3.10, a palavra fruto diz respeito as
obras dignas de uma genuína conversão e consequentemente um verdadeiro
arrependimento. João se dirige, na ocasião, a dois grupos de “hipócritas”, “fariseus
e Saduceus”, que iam até ele simplesmente para serem vistos pelos homens, mas
que não produziam em suas vidas nenhum fruto de um verdadeiro arrependimento.
(cf. 7-10)
Quarta regra da hermenêutica: “É preciso tomar em
consideração o objetivo ou desígnio do livro ou passagem em que ocorrem as
palavras ou expressões obscuras.”
Em alguns casos a observação do contexto da frase ou mais
amplo, versos anteriores e posteriores, não é suficiente para se concluir o
significado de determinadas expressões no texto Bíblico. Nesses casos, devemos
recorrer a seguinte pergunta: “o que o autor pretendeu tratar ao escrever
isto?” Ou seja, há alguma circunstância ou conjunto de circunstâncias que
motivaram a escrita de determinado documento? Podemos considerar a pergunta em três
perspectivas: 1) Qual a finalidade do livro? 2) Qual a finalidade dessa
passagem? 3) Qual a finalidade desse texto dentro do Canon?
Normalmente, para se chegar a todas essas respostas devemos
nos exercitar na leitura mais atenciosa e repetitiva do texto. Essa leitura irá
fazer com que o intérprete perceba determinadas ênfases, ou mesmo declarações
claras sobre o propósito pretendido pelo autor. Embora seja uma tarefa que
demanda muito trabalho, essas perguntas podem ser facilmente respondidas com o
auxílio de materiais de estudos que proporcionam ao intérprete ou estudante da
Bíblia acesso ao conhecimento reunido por diversos eruditos no assunto. Alguns
exemplos:
·
Bíblias de estudo;
·
Comentários bíblicos;
·
Enciclopédias bíblicas;
·
Softwares de estudos bíblicos...
Vejamos alguns exemplos:
·
Romanos 15.4, “Porque tudo o que está
nas Escrituras foi escrito para nos ensinar, a fim de que tenhamos esperança
por meio da paciência e da coragem que as Escrituras nos dão.”
Nesse texto, assim como em 2Timóteo 3.16-17, “16 Pois toda a Escritura Sagrada é inspirada por Deus e
é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a
maneira certa de viver.17
E isso para que o * servo de Deus esteja completamente preparado e pronto para
fazer todo tipo de boas ações.” – a intenção
da Escritura é claramente exposta.
·
Em Mateus 19.16-17 (Lucas 18.18), a
resposta dada por Jesus ao jovem rico “parece” sugerir um ensino de
justificação pelas obras da Lei. Contudo, ao observar atentamente o desígnio de
Cristo, constatamos que sua intenção foi na verdade confrontá-lo pela própria
perspectiva de justiça própria, aquele jovem possuía um ídolo em seu coração
que ocupava um espaço que deveria ser só de Deus, ele era um idólatra, não
amava a Deus o suficiente para se desfazer de suas riquezas. Isso fica muito
claro nos versos 23-26, ocasião onde Jesus despreza a crença de que as riquezas
constituíam um sinal de posição elevada diante de Deus. Os discípulos ficaram
“atemorizados” com a alegação de Cristo, então ele responde: “Para
os seres humanos isso não é possível; mas, para Deus, tudo é possível.” Mateus 19.26, deixando
claro que a salvação não depende do esforço humano ou de qualquer senso de
justiça própria que possa possuir.
·
Outro exemplo, que tem gerado não pouca
controvérsia e equívocos, é a aparente contradição entre Paulo e Tiago, meio irmão
de nosso Senhor. Ao ponto que Paulo parece desprezar totalmente a Lei e as
obras, Tiago parece enfatizar e ensinar a justificação pelas obras da Lei. “Assim
percebemos que a pessoa é aceita por Deus pela fé e não por fazer o que a lei
manda.” – Romanos 3.28; “Assim,
vocês vêem que a pessoa é aceita por Deus por meio das suas ações e não somente
pela fé.” – Tiago 2.24.
Leitura complementar:
“É importante notar que as aparentes contradições desaparecem
se levamos em consideração o desígnio. Quando Paulo diz que o homem é
justificado declarado sem culpa) pela fé
sem obras, enquanto Tiago afirma que o homem é justificado pelas obras e não
somente pela fé, a aparente contradição desaparece a partir do momento em que
consideramos o desígnio diferente das cartas de um e de outro (v. Rm 3.28; Tg
2.24). Paulo combate e refuta o erro dos que confiavam nas obras da lei mosaica
como meio da justificação e rechaçavam a fé em Cristo. Já Tiago combate o erro
de alguns desordenados que se contentavam com uma fé imaginária, descuidando
das boas obras e se opondo a elas. Por isso, Paulo trata da justificação
pessoal diante de Deus, enquanto Tiago se ocupa da justificação pelas obras
diante dos homens."
Exercício:
·
Definir o significado da expressão - “Todo
aquele que é nascido de Deus não pratica o pecado, [...] ele não pode estar no
pecado.”(1 João 3.9) – à luz do propósito do texto em questão, carta e sua
relação com o propósito da Escritura.
·
Resposta:
a)
Se opor ao ensino de que por serem cristãos
poderiam viver de toda forma, praticando pecado e vivendo uma vida que em nada
se harmoniza com a graça de ser justificados em Cristo.
b)
Ele contrasta a vida pecaminosa – com prazer-
daqueles que são por natureza “filhos do diabo”, pois não foram justificados
pela fé em Jesus e por isso não se parecem com ele nem o reconhecem.
·
Qual o desígnio ou propósito dos seguintes
livros da Bíblia?
a)
Provérbios;
b)
Gálatas;
c)
Tito;
d)
Filemom.
Quinta regra da hermenêutica: “É
necessário consultar as passagens paralelas, "explicando cousas
espirituais pelas espirituais". (I Cor. 2.13)
As passagens paralelas são aquelas que fazem referência uma
à outra, que possuam relação entre si ou que tratem do mesmo assunto. Os
paralelos podem ser divididos em três tipos:
1. Paralelos de palavras: usado quando o
conjunto da frase e o contexto não são suficientes para explicar determinada
palavra. Em Gálatas 6.17 “Quanto
ao mais, ninguém me
moleste; porque eu trago no corpo as “marcas” de Jesus”, por exemplo, é
elucidado quando comparamos com os textos paralelos em 2Coríntios 4.10 “levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em
nosso corpo.”, e, em 2Coríntios
11.23-25 “São hebreus? Também eu. São israelitas? Também eu. São da descendência
de Abraão? Também eu. São ministros de Cristo? (Falo como fora de mim.)
Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; muito mais em prisões;
em açoites, sem medida; em perigos de morte, muitas vezes. Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um; fui três vezes
fustigado com varas; uma vez, apedrejado; em naufrágio, três vezes; uma noite e um dia
passei na voragem do mar”. As marcas dizem respeito aos suplícios sofridos por ao evangelho de
Cristo.
“Tais suplícios eram tão cruéis que, se não deixavam o paciente
morto, causavam marcas que permaneciam no corpo por toda vida. [...]as marcas
no corpo de Paulo não eram chagas ou sinais da cruz milagrosa ou
artificialmente produzidas, como julgam alguns, porém marcas ou sinais dos
suplícios sofridos pelo Evangelho de Cristo.”
2.
Paralelos de ideias: Para
conseguir ideia completa e exata do que ensina determinado texto, talvez
obscuro ou discutível, consulta-se não somente as palavras paralelas, mas os
ensinos, as narrativas e fatos contidos em textos ou passagens que se
relacionem com o dito texto obscuro ou discutível. Tais textos ou passagens
chamam-se paralelos de ideias. Ex.: "Sobre esta pedra edificarei
a minha igreja". (Mt 16.16) Quem é esta pedra? Se pegarmos em I Pd
2.4, a ideia paralela: "E, chegando-vos para ele,
(Jesus) pedra viva [...]" entenderemos que a pedra é Cristo.
3.
Paralelos de ensinos
gerais: Para a correta interpretação de
determinadas passagens não são suficientes os paralelos de palavras e de ideias,
é preciso recorrer ao teor geral, ou seja, aos ensinos gerais das Escrituras. Exemplos:
- O ensino de que "o homem é justificado pela fé sem as obras da
lei", só será bem compreendido, com a ajuda dos ensinos gerais na
Bíblia toda.
Segundo o teor ou ensino geral das
Escrituras, Deus é um espírito onipotente, puríssimo, santíssimo, conhecedor de
todas as cousas e em todas as partes presente. Porém há textos que,
aparentemente, nos apresentam um Deus como o ser humano, limitando-o a tempo ou
lugar, diminuindo em algum sentido sua pureza ou santidade, seu poder ou
sabedoria; tais textos devem ser interpretados à luz dos ensinos gerais das
Escrituras.
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