Atendendo ao pedido de alguns amigos resolvi escrever este post para indicar algumas obras de Gramática Hebraica. Para esta indicação defini que a base seria seu valor didático e de conteúdo somado o valor de mercado, que deveria ser o mais baixo possível para atender as demandas de estudantes de Teologia (seminaristas).
Antes de tudo, esta publicação não tem a intenção de discutir ou mesmo de apresentar os pormenores da gramática hebraica, o que, embora necessário, às vezes se torna enfadonho. O objetivo de Gramática instrumental do hebraico é destacar as questões principais do hebraico bíblico. O estudante também será orientando a manusear com maestria os instrumentos atualmente disponíveis para que os textos do Antigo Testamento possam ser traduzidos com relativa facilidade. “Praticidade” é a palavra-chave.
Este livro é indicado para capacitar iniciantes no estudo do idioma original do Antigo Testamento.Seu método proporciona aprendizado consistente dos termos essenciais à boa compreensão do texto bíblico por meio de exercícios de gramática e tradução textual, quadros-resumos para a compreensão de tópicos, tabela de memorização e vocabulário por ordem de ocorrência no texto bíblico original.
OBS: Há certamente outras obras de nível igual ou melhor que essas, contudo, creio que as duas citadas são as que oferecem um melhor custo benefício no momento em que escrevi este post. Outros livros de igual valor não estão disponíveis na Amazon senão por vendedores terceiros com valor e entrega própria. Caso os irmãos desejem verificar se há outro título de vosso interesse e assim comparar os custos, deixarei um link genérico de pesquisa onde os amados podem ter acesso direto a loja.
Para verificar outros títulos é só clicar no link ao lado ou na imagem abaixo: Gramática Hebraica!
Inicio este vídeo pedindo desculpas
e justificando a demora da segunda parte da série. Infelizmente, sofri um
pequeno acidente doméstico que me fiz ter que reservar uns dias para
repouso. Mas graças a Deus já estou melhor e pronto para continuar não só esse,
mas outros projetos que iniciei e que irei iniciar.
NOTA
DE FALECIMENTO.
Jay Adams entrou em seu descanso eterno com seu Senhor em 14 de novembro
de 2020. Ele tinha 91 anos. Adams era mais conhecido como o fundador do
movimento de aconselhamento bíblico moderno, lançado com a publicação de seu
livro inovador Competent to Counsel em 1970. Ele foi um
campeão pela causa da suficiência bíblica e contra a invasão da psicologia
secular nas salas de aconselhamento de pastores e leigos cristãos.(ARMS)
“Há esperança e ajuda para sua família.”(ADAMS, 2011)
Há em nossos dias uma ênfase no fracasso. Diz-se que:
1.Os
pais fracassaram;
2.Programas
governamentais fracassaram;
3.A
igreja também fracassou... e a lista continua!
O resultado:
1.Desesperança;
2.Impotência
diante das dificuldades.
Diagnóstico:
A falta de esperança faz parte do problema inicial! Ou seja,
não só um problema a ser tratado, a desesperança sobrepõe seu suposto problema
anterior.
Nossa corrupção é tão grande que tendemos a nos eximir da
culpa , “pecado”, dando um novo diagnóstico para nossos problemas, a chamamos
de doença. Mas a Bíblia nos ensina que o problema comum do mundo é o pecado,
não uma doença, literalmente falando.
Para suavizar e fugir da responsabilidade a humanidade
aprendeu a usar eufemismos. Apesar de não ser de todo incorreto, o uso de
eufemismos chegou as últimas consequências. Para diminuir ou se livrar da
consciência da culpa aprendemos a tomar como literal o uso do eufemismo.
Jay Adams não nega a realidade das enfermidades, o que ele
faz é distinguir aquilo que deve ser tido como doença e aquilo que deve ser
encarado como o que verdadeiramente é, “pecado”. Segundo ele, quando
categorizamos todo tipo de comportamento ou problema como uma enfermidade da
carne ou mental, somos conduzidos ao desespero. Isso se dá pelo fato de que
estamos lidando com problemas que aos nossos olhos passam a fazer parte da
esfera externa, que não temos controle ou podemos eficazmente em muitos casos
fazer algo à respeito.
A partir dessa perspectiva ele passa a criar um interlocutor
fictício, estilo Paulo aos Romanos. O diálogo gira em torno e na direção das
dificuldades que enfrentamos na atualidade e a relação destas com o que outros
crentes, especificamente, os Coríntios do primeiro século e os Hebreus do
Êxodo, enfrentaram em sua própria época. A conclusão á que ele chega é que
embora as dificuldades assumam roupagens modernas, os problemas continuam sendo
os mesmos. Essa conclusão é determinante para que possamos nos posicionar
diante das dificuldades, pois no texto -1 Coríntios 10.13 – o apóstolo nos dá
motivo de esperança visto que apesar dos problemas sabemos que a providência
tem trabalhado na vida do povo de Deus desde os tempos mais remotos.
Por fim, Jay Adams nos convida a próxima etapa que irá
compreender o terceiro capítulo, “Comunicação em primeiro lugar”.
CONCLUSÃO
O que podemos aprender neste segundo
capítulo?
Aprendemos que ainda que o mundo inteiro veja desesperança
para os problemas atuais que se instalam nos lares e na sociedade, Deus em sua
providência já ordenou os meios pelos quais iremos atravessar essas
dificuldades. Aprendemos também que os problemas atuais são apenas versões
modernas dos mesmíssimos problemas enfrentados pelos nossos antepassados e que
Deus, por sua providência nos dá o peso conforme as nossas forças. Que a
diferença cultural ou temporal não nos distancia da providência divina que
opera em toda a história dando graça ao seu povo. Que devemos encarar nossos
pecados não como doenças, mas entendendo que são exatamente o que são, pecados.
E que por esse motivo somos responsáveis por eles, mas que nossa esperança, não
probabilidade, mas confiança, é que Deus tem a solução para resolver nosso
maior problema.
Jay Adams entrou em seu descanso eterno com seu Senhor em 14 de novembro de 2020. Ele tinha 91 anos.
Adams era mais conhecido como o fundador do movimento de aconselhamento bíblico moderno, lançado com a publicação de seu livro inovador Competent to Counsel em 1970. Ele foi um campeão pela causa da suficiência bíblica e contra a invasão da psicologia secular nas salas de aconselhamento de pastores e leigos cristãos.
Juventude e conversão
Jay Edward Adams nasceu em 30 de janeiro de 1929, em Baltimore, Maryland. Seu pai era um policial de ronda e sua mãe uma secretária. Nenhum de seus pais frequentava a igreja e ele não recebeu nenhuma instrução em assuntos espirituais quando criança.
Adams era um jovem precocemente brilhante e pulou um ano do ensino médio para se formar quando tinha apenas 15 anos. Sua primeira consideração sobre qualquer assunto espiritual ocorreu quando um amigo da vizinhança reclamou com ele sobre um livro que ele estava lendo por um homem que negava as Escrituras. Adams se perguntou por que seu amigo, um crente, se preocupava tanto com a Bíblia e decidiu investigar. Ele encontrou o Novo Testamento de Gideão que seu pai havia recebido como soldado na Grande Guerra e começou a ler. Quando ele terminou de ler o Evangelho de João, Deus abriu seu coração e ele passou a acreditar que o que estava lendo era verdade.
Seu amigo o convidou para sua igreja, onde ouviu as Escrituras pregadas por um pastor que era um expositor habilidoso e ele começou a crescer. Depois de se formar no ensino médio, ele perguntou a seu pastor onde poderia ir para aprender melhor a Bíblia. Seu pastor indicou-lhe o Seminário Episcopal Reformado na Filadélfia, onde uma exceção teve que ser feita para que Adams pudesse se matricular como um estudante de 15 anos sem nenhum diploma de graduação.
Os próximos três anos foram rigorosos para Adams, que não tinha familiaridade anterior com as Escrituras. Ele aprendeu rapidamente e logo desenvolveu amor pelo estudo das Escrituras nas línguas originais. Após a conclusão de seu curso de graduação, ele se matriculou na Universidade Johns Hopkins e se formou em línguas clássicas. Após a graduação em 1952, ele recebeu seus diplomas de graduação e pós-graduação no mesmo dia.
Durante seus dias de seminário e faculdade, Adams pregou nas ruas e pregou em igrejas rurais e missões de resgate. Ele atuou como diretor do capítulo local da Juventude para Cristo e cantou em um quarteto masculino. Mas o mais importante, ele conheceu e acabou se casando com Betty Jane Whitlock em 23 de junho de 1951.
Primeiros Ministérios
Em 1952, Adams se tornou pastor da Igreja Presbiteriana Unida em Eighty-Four, Pensilvânia, e logo se envolveu em um conflito denominacional. Ele se opôs a uma fusão proposta com uma denominação liberal e foi escolhido para debater o principal proponente da fusão. O debate não terminou bem para seu adversário, que tentou negar a existência de liberalismo em sua denominação. Adams havia feito seu dever de casa e flagrado seu oponente em uma série de mentiras, citando-lhe seus escritos anteriores.
Adams pastoreava várias outras pequenas igrejas enquanto fazia estudos adicionais na Temple University, onde estudou homilética com Andrew Blackwood, que impressionou Adams profundamente e incutiu nele o amor pela pregação.
Em 1958, Adams mudou-se para Kirkwood, MO e se tornou o diretor de Missões Domésticas da denominação Bíblica Presbiteriana. Enquanto viajava, ele frequentemente tinha conversas com pastores que perguntavam sobre sua compreensão da escatologia. Como era questionado com tanta frequência, ele decidiu colocar sua opinião em um pequeno livro, que intitulou Realized Millennialism (um termo que ele preferiu a “amilenismo”). A maioria dos pastores da denominação eram pré-milenares, entretanto, e seu livro gerou um certo grau de controvérsia. Não desejando ser uma causa de divisão, ele renunciou para se concentrar em seu doutorado. estudos na Universidade de Missouri.
A essa altura de sua carreira acadêmica, Adams tinha um domínio maduro de sua teologia e era um excelente erudito grego. Mas sua preocupação com o estado de pregação que observava nas igrejas cresceu, levando-o a concentrar seu doutorado. trabalhar para aprender a se comunicar de forma eficaz. Por três anos, enquanto fazia seu doutorado. trabalho, ele pregava nos fins de semana, empacotava mantimentos em um mercado local, lia livros de direito em fitas para alunos cegos e dava aulas na universidade como estagiário.
Aprendendo a aconselhar
Em 1963 mudou-se para Nova Jersey, tornou-se pastor de uma Igreja Presbiteriana Ortodoxa e foi convidado a ensinar homilética em tempo parcial no Seminário Teológico de Westminster. Como o mais novo instrutor, ele recebeu um curso que nenhum dos outros professores queria ministrar, um curso intitulado “Poimênica” (mais conhecido como teologia pastoral). Como parte desse curso, esperava-se que ele ensinasse algo sobre aconselhamento pastoral.
Adams não tinha experiência no ensino de aconselhamento e experiência limitada de aconselhamento como pastor, então ele simplesmente ensinou as anotações que o professor anterior havia lhe dado. Ele não encontrou nenhuma substância teológica no que havia recebido e estava determinado a estudar e fazer melhor antes de ter que ministrar o curso novamente no ano seguinte. Enquanto estudava, porém, não encontrou nada para ajudá-lo. Ele se debruçou sobre tudo o que pôde encontrar escrito de uma perspectiva cristã e encontrou apenas dogmas freudianos e rogerianos. Ele estudou textos seculares e procurou encontrar material útil para o conselheiro cristão. “Comecei a concluir que era obtuso demais para entender o que lia nesses livros”, lembrou ele mais tarde. “Todos os outros seminários foram capazes de integrar esses conceitos seculares e pagãos em seu currículo, mas eu não conseguia ver como fazer isso.”
Em 1965, Adams teve a oportunidade de acompanhar O. Hobart Mowrer por seis semanas. Mowrer foi presidente da American Psychological Association e escreveu um livro que Adams considerou provocativo. Nele, Mowrer, um ateu, fez a pergunta: "O cristianismo evangélico vendeu seu direito de primogenitura por uma bagunça de sopa psicológica?"
Adams viu Mowrer confrontar seus aconselhados sobre suas ações, exortá-los a assumir responsabilidades e não se esconder atrás de rótulos psicológicos. Essa foi uma abordagem incomum para um psicólogo secular, mas Adams viu Mowrer ter muito mais sucesso com ela do que seus contemporâneos. Mowrer foi um iconoclasta que desafiou as conclusões comuns daqueles em sua disciplina. Embora Adams estivesse grato pela oportunidade de observar Mowrer naquele verão, ele estava longe do behaviorismo de Mowrer. “Mowrer era hábil em atirar pedras pelas janelas dos psicólogos”, diria Adams mais tarde, “mas não tinha nada para substituir o vidro quebrado para manter os insetos longe”.
Aquele verão com Mowrer foi revelador para Adams. A razão pela qual ele não conseguiu integrar os conceitos psicológicos seculares às Escrituras foi porque eles não se integraram! Como resultado dessa epifania, Adams conseguiu deixar de lado os dogmas psicológicos atuais e se concentrar no que as Escrituras têm a dizer sobre as pessoas e seus problemas. Mowrer providenciou a escavadeira de que Adams precisava para limpar o local onde poderia construir um sistema de aconselhamento com os materiais de construção das Escrituras. Adams começou a programar mais e mais aconselhamento e usou cada sessão como um impulso para pesquisar nas Escrituras soluções específicas para os problemas que eram apresentados. Ele convidou os alunos a participarem de sessões de aconselhamento e então debateu com eles a melhor maneira de proceder após cada sessão e como as Escrituras atendiam a essa necessidade.
Enquanto estudava questões de aconselhamento, Adams começou a formar um sistema de aconselhamento. Ele conhecia cada sistema de pensamento - teológico, filosófico, matemático - eventualmente marcado com um rótulo. Ele relutava em pensar que alguém atribuísse seu nome ao seu sistema de alguma forma, então ele decidiu usar uma forma anglicizada da palavra grega que Paulo usava para aconselhamento e cunhou a palavra “nouthetic”. Esse sistema começou a se cristalizar em um conjunto de notas que Adams escreveu para sua classe do seminário, que chegou às mãos de um editor que pediu a Adams que as transformasse em um livro.
Antes da publicação, entretanto, a editora providenciou para que Adams enviasse seu manuscrito a meia dúzia de homens que estavam ensinando aconselhamento em outros seminários e convidassem suas críticas. Esses homens se encontraram com Adams em um hotel de aeroporto e relataram suas conclusões. A maioria estava de acordo com a tese básica de Adams, de que os conceitos psicológicos seculares haviam invadido a igreja e que algo deveria ser feito a respeito. O livro de Adams, no entanto, não era isso. Era muito agudo, muito acusador. O tom estava todo errado e deveria ser mais irênico.
Adams avaliou as críticas cuidadosamente, mas perguntou a si mesmo: se esses homens concordavam que ele estava fundamentalmente correto e que mudanças precisavam ser feitas, o que eles estavam fazendo para efetuar a mudança? Todos eles tinham plataformas a partir das quais podiam defender a mudança. O que eles estavam realizando? Como resultado, Adams concluiu que seu manuscrito não era afiado o suficiente e trabalhou para torná-lo ainda mais resistente.
Competente para Advogado
Quando Competent to Counsel foi publicado em 1970, virou o mundo do aconselhamento cristão de cabeça para baixo. Nele, Adams demonstrou como os três sistemas psicológicos seculares primários - os de Freud, Rogers e Watson / Skinner - se opunham às Escrituras e devem ser rejeitados pelos conselheiros cristãos. [1] Ele desempacotou a palavra grega nouthesia e demonstrou como o apóstolo Paulo se envolveu no tipo de aconselhamento que ele estava defendendo, tirando o título de seu livro da declaração de Paulo em Romanos 15:14,
Estou convencido de vocês, meus irmãos, que vocês mesmos são cheios de bondade, cheios de todo o conhecimento e competentes para se aconselharem.
Os anos que se seguiram à publicação de Competent to Counsel foram um turbilhão de atividades para Adams. Os pastores conservadores receberam seu livro com entusiasmo, mas aqueles que investiram nos sistemas psicológicos seculares que Adams condenou, o condenaram violentamente. Choveram convites para fazer palestras e explicar sua abordagem, e como Adams era bem treinado como orador público, o público o considerou um poderoso defensor do uso das Escrituras no aconselhamento. Adams ficou feliz em defender seus pontos de vista, mas rapidamente percebeu que, embora fosse necessário ser polêmico em Competent to Counsel, seria necessário fornecer ajuda sólida e prática com as muitas questões de aconselhamento que os pastores enfrentavam. Para atender a essa necessidade, ele publicou The Christian Counselor's Manual em 1973.
The Millhouse
Em 1976, Adams havia viajado pelo mundo, explicando seus pontos de vista e exortando os pastores a ministrar a Palavra sem medo na sala de aconselhamento. Ele continuou a ensinar no seminário, ele e seus seguidores formaram a National Association of Nouthetic Counselors, e ele publicou quinze outros livros. Mas era uma programação que estava afetando seu corpo. Ele desenvolveu problemas cardíacos causados pela exaustão, e seus médicos e familiares o aconselharam a diminuir o ritmo. Então, ele renunciou ao seminário, passou a administração do CCEF para um colega de trabalho e se mudou com a família para a zona rural da Geórgia. Ele comprou um velho moinho de grãos e começou a trabalhar para transformá-lo em uma casa.
Adams continuou a viajar e a ensinar, mas em um ritmo muito mais lento. Nos seis anos seguintes, ele pôde dedicar muito mais tempo à escrita. Da paz e reclusão de Millhouse, Adams produziu algumas de suas obras mais importantes, incluindo sua tradução do Novo Testamento grego, que publicou com ampla ajuda de aconselhamento como o Novo Testamento do conselheiro cristão.
Voltar para a sala de aula
Em 1982, Adams aceitou o convite para estabelecer um D.Min. programa de homilética no Westminster Theological Seminary, na Califórnia. Como ele poderia dar aulas em módulos de uma semana, ele teria a liberdade de viajar e continuar a escrever. Adams geralmente não gostava das restrições da academia, mas achava que a liberdade que Westminster oferecia era atraente. Como projeto final, esperava-se que os alunos escrevessem algo que pastores ocupados considerariam prático e que publicassem seu projeto. Como resultado, muitos livros úteis foram publicados pelos alunos de Adams, vários dos quais ainda são designados para leitura em outros programas de homilética.
Plantador de igrejas
Adams deu a Westminster um compromisso de cinco anos. Ele acreditava que poderia estabelecer o programa e passá-lo a outra pessoa. Ele ficou mais tempo, mas em 1990 mudou-se para o interior do estado da Carolina do Sul, onde um amigo da denominação ARP o convidou para plantar uma igreja em um subúrbio crescente de Greenville, onde a igreja ARP havia garantido uma propriedade privilegiada. Seu genro, recém-formado no seminário, juntou-se a ele e, juntos, plantaram a Igreja Presbiteriana Harrison Bridge Road em Simpsonville. Os Adams compraram uma pequena área rural perto de Enoree, SC, onde continuaram a viver até sua morte.
Adams gostou do retorno ao ministério pastoral, pregando todas as semanas e fazendo aconselhamento regular novamente. Além disso, em parceria com um amigo, ele fundou a Timeless Texts, uma pequena editora cujo objetivo principal era publicar seus livros.
Aposentadoria
Adams se aposentou de sua igreja em 1997, quando o governador concedeu-lhe a Ordem do Palmetto, a maior homenagem civil concedida pelo estado da Carolina do Sul. A aposentadoria proporcionou-lhe a oportunidade de dedicar mais tempo à escrita, e Timeless Texts permitiu que ele publicasse as coisas com muito mais rapidez. Seu Comentário do Conselheiro Cristão foi um produto desses anos.
A aposentadoria também deu a ele tempo para ensinar. O genro de Adams, que agora pastoreava a igreja Redentor ARP em Moore, SC, o convidou para estabelecer um centro de treinamento de aconselhamento em sua igreja. Rapidamente chegaram os pedidos de vídeo e áudio das palestras de Adams. Em vez de enviar gravações ao acaso para todos os que pedissem, ele decidiu formar o Institute for Nouthetic Studies (INS) e construir um currículo estruturado que incluiria tudo o que ele considerasse essencial em um programa de treinamento. Naquela época, a nova tecnologia permitiu que ele disponibilizasse mais facilmente as aulas para os alunos.
À medida que os anos afetavam seu corpo, Adams começou a considerar o futuro de seus ministérios de aposentadoria. Donn Arms, o diretor do INS, desenvolveu um relacionamento com o Mid-America Baptist Theological Seminary em Memphis e eles abordaram Adams com a perspectiva de fundir o Instituto com o Seminário. Isso foi realizado em 2015. Depois que o parceiro de Adams na Timeless Texts morreu, ele atribuiu os direitos autorais de seus livros ao INS, que iniciou o processo de trazer todos os livros de Adams de volta à impressão.
Jay Adams, o autor
Uma vez, um vagabundo apresentou Adams como "um homem que nunca teve um pensamento não publicado". Com mais de 100 livros em seu crédito, poucos autores foram tão produtivos quanto Jay Adams ao longo da vida. Enquanto muitos livros trataram de questões de aconselhamento, outros livros cobriram um espectro surpreendente de questões, incluindo teologia, hermenêutica, vida cristã, um livro devocional, pregação (incluindo um livro para leigos sobre como ouvir um sermão), ministério pastoral, ficção, envelhecimento , orientação, escatologia, conflito da igreja e comentários.
Adams se esforçou para ser claro quando escreveu, um estilo que levou os críticos a acusá-lo de ser simplista. Para Jay, a complexidade costumava ser a capa do erro, enquanto a clareza era prima da verdade. Por meio de seu Institute for Nouthetic Studies, o Mid-America Baptist Theological Seminary está trabalhando para trazer todos os livros de Adams de volta à publicação, para que as gerações futuras possam estudar e aprender com Jay Adams.
Jay Adams tocou a vida de milhões de crentes em todo o mundo por meio dos alunos que ensinou, dos livros que escreveu, dos conselheiros ajudados por conselheiros nutéticos e de suas palestras, podcasts e vídeos. Pela boa provisão de Deus, Sua igreja será capaz de aprender e lucrar com o ministério de Jay Adams para as gerações futuras.
Deixe sua homenagem ou mensagem para a família em nossa seção de comentários.
[1] Ele usou o termo aconselhamento “cristão” em vez de aconselhamento “bíblico”, pois não lhe ocorreu que alguém pensaria que o aconselhamento cristão poderia ser outra coisa senão bíblica.
Primeira Regra da hermenêutica – É
preciso, o quanto seja possível, tomar as palavras em seu sentido usual e
comum.
Porém, tenha-se sempre presente a
verdade de que o sentido usual e comum não equivale sempre ao sentido literal.
Vejamos alguns exemplos:
Gênesis
6.12“Viu Deus a terra, e eis que estava
corrompida; porque todo “ser” vivente havia corrompido o seu caminho na
terra.” (JFAA) -“E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda “carne”
havia corrompido o seu caminho sobre a terra.”(JFAC);
a palavra “carne” (no sentido usual e comum significa pessoa)
A palavra “carne” (no
sentido literal significa tecido muscular).
Leitura complementar:
“Em Gêneses 6.12 [...] Tomando aqui as palavras “carne e
caminho” em sentido literal, o texto perde o significado por completo. Contudo,
tomando em seu sentido comum, usando-se como figuras, ou seja, carne no sentido
de pessoa e caminho no sentido de costumes, modo de proceder ou religião, o
texto já não tem só significado, mas um significado terminante, conclusivo,
dizendo-nos que toda pessoa havia corrompido seus costumes.” (p.39-40)(E e P.C,
2007)
Segunda regra da hermenêutica: “É de todo necessário
tomar as palavras no sentido que indica o conjunto da frase”.
Em outras palavras, a segunda regra da hermenêutica atenta
para o fato de que as palavras devem significar aquilo que o sentido do texto
aponta, ou seja, seu significado está ligado ao sentido contextual da frase
como um todo.
“Existem na linguagem bíblica,
assim como em qualquer outra, palavras que variam muito em seu significado,
conforme o sentido da frase ou o argumento apresentado. Por isso, é importante
averiguar e determinar sempre qual o pensamento especial que o autor se propõe
a expressar, e desse modo, fazendo desse pensamento uma diretriz, será possível
determinar o sentido positivo do termo complexo.”(E e P.C,
2007)
Um exemplo vulgar que podemos utilizar é a seguinte frase: “Comprei
pão e fiz o café. Por favor, frite os ovos!” Uma leitura natural dessa
frase, levando em consideração a intenção expressa pelo contexto, torna
impossível que qualquer pessoa confunda os ovos a serem fritos com ovos de
chocolate, isso porque o contexto claro da frase exclui tal possibilidade.
Vejamos alguns exemplos:
·O primeiro exemplo que vamos tomar é o uso da
palavra fé. A palavra fé é comumente identificada com o sentido de
confiança, contudo, esse não seja seu único significado nas Escrituras. Em
Gálatas 1.23 - “ouviam somente dizer: Aquele que, antes, nos perseguia,
agora, prega a fé que, outrora, procurava destruir.” – podemos compreender
que a palavra fé aqui é utilizada com o sentido de crença, “o evangelho”. Em
Romanos 14.23 – “Mas aquele que tem dúvidas é condenado se comer, porque o
que faz não provém de fé; e tudo que não provém de fé é pecado.” – a mesma palavra
é utilizada com o sentido “certeza”, “convicção”.
·O segundo exemplo é o uso das palavras
salvação e salvar. Seus usos mais frequentes são relacionados ao sentido de
libertação do pecado e de suas consequências. No entanto, em Atos 7.25 – “Ora, Moisés
cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus os queria “salvar” (grifo
meu) por intermédio dele; eles, porém, não compreenderam.” –
a palavra salvar diz respeito a libertação temporal dos hebreus, pois
eram escravos no Egito. Em Romanos 13.11 – “E digo isto a vós
outros que conheceis o tempo: já é hora de vos despertardes do sono; porque a
nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos.”
– a palavra salvação diz respeito a volta de Cristo. Em Hebreus 2.3 – “como escaparemos nós,
se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada
inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram;”
– “salvação” se refere a “toda revelação do Evangelho”.
·O terceiro exemplo que vamos utilizar é a
palavra “graça”. Seu significado mais comum ou conhecido é “favor”.
Contudo, ela pode ter outros significados. Em Efésios 2.8 - “Porque pela graça
sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;”
– “a palavra “graça” significa a pura misericórdia e bondade de Deus manifestadas aos
crentessem mérito nenhum da parte
deles” (E.
Lund, P.C. Nelson, 2006. P. 45.), ou seja, não só um favor, mas um “favor
imerecido”. Em Atos 14.3 - “Entretanto, demoraram-se ali muito tempo, falando ousadamente no
Senhor, o qual confirmava a palavra da sua graça,
concedendo que, por mão deles, se fizessem
sinais e prodígios.” –
a palavra graça significa a pregação do evangelho.Em
1Pedro 1.13 – “Por isso,
cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na
graça que vos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo.”
– a palavra “graça” equivale à bem-aventurança que ele, Cristo,trará na sua vinda.
Leitura complementar:
Sangue: Falando de crucificar a Cristo, disseram os judeus:
"Caia sobre nós oseu sangue, e sobre nossos filhos!" (Mat. 27:25). Guiados
por nossa regra vimos quesangue, aqui, ocorre no sentido de culpa e suas consequências,
por matar um inocente."Temos a redenção, pelo seu sangue" (Ef.
1:7); "Sendo justificados pelo seusangue, seremos por
ele salvos da ira" (Rom. 5:9). O conjunto das frases torna evidenteque
a palavra sangue equivale à morte expiatória de Cristo na cruz.(E e P.C, 2007)
Exercício:
·Definir os significados da palavra carne nos
textos:
a.Ezequiel 36.26;
b.Efésios 2.3;
c.1Timóteo 3.16;
d.Gálatas 3.3
·Respostas:
a.Uma disposição terna e doce, ou seja, um coração
que seja receptivo aos mandamentos de Deus que os queira amar e cumprir;
b.Os desejos sensuais, desejos pecaminosos,
frutos de nossa natureza caída;
c.Refere-se a forma ou natureza humana. Cristo
de fato assumiu forma de homem;
d.Justificação pelas obras, dizendo respeito
as cerimônias judaicas.
Terceira regra da hermenêutica: “É preciso tomar as
palavras no sentido indicado no contexto, a saber, os versículos que antecedem
e precedem o texto que se estuda”.
Obviamente, há momentos em que a leitura de uma frase ou
verso somente não é suficiente para o entendimento adequado do sentido do
texto. Por este motivo, quando não conseguimos entender o significado das
palavras em uma leitura considerando o contexto da frase, é necessário que
procuremos contextualizar tais palavras em seu contexto mais amplo, a saber as
frases que a antecedem e precedem (que vem antes e depois). “É no contexto
que achamos expressões, versículos ou exemplos capazes de nos esclarecer e
definir o significado da palavra obscura.”(E e P.C, 2007)
Vejamos alguns exemplos:
·Em efésios 3.4, encontramos a seguinte
afirmação do apostolo Paulo: “Ao lerem isso vocês poderão entender a minha
compreensão do mistério de Cristo”. Qual o significado da palavra mistério
nesse texto? Ao ler os versos anteriores e posteriores ao 4 descobrimos que
ele está falando sobre a inserção dos gentios no plano salvífico de Deus desde
a eternidade. (cf. 2.11-3.6)
·Em Gálatas 4.3, o apóstolo diz: “Assim também
nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão, debaixo dos
rudimentos do mundo”. Qual o significado da palavra “rudimentos”? Ao
examinarmos os versos de 9-11, percebemos que os rudimentos aos quais o
apóstolo se refere são a prática dos costumes judaicos. Nesta carta, Paulo
procura orientar aos irmãos da Galácia que não sejam conduzidos pelos
legalistas judaizantes, grupo que queria impor aos irmãos as práticas da antiga
aliança. O argumento principal que Paulo utiliza é o fato de ser Cristo o ápice
da revelação divina (cf. 4.4). O fato daqueles irmãos quererem retroceder às
práticas judaicas é algo tão grave para Paulo que ele diz que essa atitude
constitui em pregar e viver um outro evangelho, não o de Cristo (cf. 1.6-10).
Algumas vezes, uma palavra obscura só poderá ter seu
significado revelado quando encontramos seu antônimo ou sinônimos. A palavra “aliança”
encontrada em Gálatas 3.17, por exemplo, tem seu significado explicado no final
do versículo pela palavra “promessa”. Ou seja, Paulo afirma que a lei
promulgada no Sinai, quatrocentos e trinta anos após a promessa feita a Abrão,
não anula a “aliança” antes estabelecida. (cf. 3.13-18)
Leitura complementar:
Às vezes, uma palavra que expressa uma ideia geral e
absoluta, deve ser tomada num sentido restritivo, segundo determine alguma
circunstância especial do contexto, ou melhor, o conjunto das declarações das
Escrituras em assuntos de doutrina. Quando Davi por exemplo, exclama:
"Julga-me, Senhor, segundo a minharetidão, e segundo a integridade
que
há em mim", o contexto nos faz compreender queDavi
só proclama sua retidão e integridade em oposição às calúnias que Cuxe, o
benjamita, levantara contra ele (Sal. 7:8). Tratando-se do administrador infiel
temos indicada sua conduta como digna de imitação; porém, pelo contexto vemos
limitado o exemplo à prudência do administrador, com exclusão total de seu
procedimento desonesto (Luc. 16:1-13). Falando Jesus do cego de nascimento,
disse: "Nem ele pecou, nem seus pais", com o que de nenhum modo
afirma Jesus que não houvessem pecado; pois existe no contexto uma
circunstância que limita o sentido da frase a que não haviam pecado para que
sofresse de cegueira como consequência, segundo erroneamente pensavam os
discípulos. (Jo. 9:3).(E e P.C, 2007)
Exercício:
·Definir os significados dos termos,
“batizados no Espírito Santo e no fogo”, e, o significado da palavra “fruto”.
a.Mateus 3.11;
b.Mateus 3.10.
·Respostas:
a.Em Mateus 3.11, considerando o contexto dos
versos (10-12), o batismo com o Espírito é a reunião do seu povo por meio da
obra regeneradora do Espírito Santo, enquanto que o batismo com ou no fogo, diz
respeito ao destino eterno daqueles que não fazem parte da igreja e que não
serão regenerados e salvos pela obra do Espírito Santo.
b.Em Mateus 3.10, a palavra fruto diz respeito as
obras dignas de uma genuína conversão e consequentemente um verdadeiro
arrependimento. João se dirige, na ocasião, a dois grupos de “hipócritas”, “fariseus
e Saduceus”, que iam até ele simplesmente para serem vistos pelos homens, mas
que não produziam em suas vidas nenhum fruto de um verdadeiro arrependimento.
(cf. 7-10)
Quarta regra da hermenêutica: “É preciso tomar em
consideração o objetivo ou desígnio do livro ou passagem em que ocorrem as
palavras ou expressões obscuras.”
Em alguns casos a observação do contexto da frase ou mais
amplo, versos anteriores e posteriores, não é suficiente para se concluir o
significado de determinadas expressões no texto Bíblico. Nesses casos, devemos
recorrer a seguinte pergunta: “o que o autor pretendeu tratar ao escrever
isto?” Ou seja, há alguma circunstância ou conjunto de circunstâncias que
motivaram a escrita de determinado documento? Podemos considerar a pergunta em três
perspectivas: 1) Qual a finalidade do livro? 2) Qual a finalidade dessa
passagem? 3) Qual a finalidade desse texto dentro do Canon?
Normalmente, para se chegar a todas essas respostas devemos
nos exercitar na leitura mais atenciosa e repetitiva do texto. Essa leitura irá
fazer com que o intérprete perceba determinadas ênfases, ou mesmo declarações
claras sobre o propósito pretendido pelo autor. Embora seja uma tarefa que
demanda muito trabalho, essas perguntas podem ser facilmente respondidas com o
auxílio de materiais de estudos que proporcionam ao intérprete ou estudante da
Bíblia acesso ao conhecimento reunido por diversos eruditos no assunto. Alguns
exemplos:
·Bíblias de estudo;
·Comentários bíblicos;
·Enciclopédias bíblicas;
·Softwares de estudos bíblicos...
Vejamos alguns exemplos:
·Romanos 15.4,“Porque tudo o que está
nas Escrituras foi escrito para nos ensinar, a fim de que tenhamos esperança
por meio da paciência e da coragem que as Escrituras nos dão.”
Nesse texto, assim como em 2Timóteo 3.16-17, “16 Pois toda a Escritura Sagrada é inspirada por Deus e
é útil para ensinar a verdade, condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a
maneira certa de viver.17
E isso para que o * servo de Deus esteja completamente preparado e pronto para
fazer todo tipo de boas ações.”– a intenção
da Escritura é claramente exposta.
·Em Mateus 19.16-17 (Lucas 18.18), a
resposta dada por Jesus ao jovem rico “parece” sugerir um ensino de
justificação pelas obras da Lei. Contudo, ao observar atentamente o desígnio de
Cristo, constatamos que sua intenção foi na verdade confrontá-lo pela própria
perspectiva de justiça própria, aquele jovem possuía um ídolo em seu coração
que ocupava um espaço que deveria ser só de Deus, ele era um idólatra, não
amava a Deus o suficiente para se desfazer de suas riquezas. Isso fica muito
claro nos versos 23-26, ocasião onde Jesus despreza a crença de que as riquezas
constituíam um sinal de posição elevada diante de Deus. Os discípulos ficaram
“atemorizados” com a alegação de Cristo, então ele responde: “Para
os seres humanos isso não é possível; mas, para Deus, tudo é possível.”Mateus 19.26, deixando
claro que a salvação não depende do esforço humano ou de qualquer senso de
justiça própria que possa possuir.
·Outro exemplo, que tem gerado não pouca
controvérsia e equívocos, é a aparente contradição entre Paulo e Tiago, meio irmão
de nosso Senhor. Ao ponto que Paulo parece desprezar totalmente a Lei e as
obras, Tiago parece enfatizar e ensinar a justificação pelas obras da Lei. “Assim
percebemos que a pessoa é aceita por Deus pela fé e não por fazer o que a lei
manda.” – Romanos 3.28; “Assim,
vocês vêem que a pessoa é aceita por Deus por meio das suas ações e não somente
pela fé.” – Tiago 2.24.
Leitura complementar:
“É importante notar que as aparentes contradições desaparecem
se levamos em consideração o desígnio. Quando Paulo diz que o homem é
justificadodeclarado sem culpa) pela fé
sem obras, enquanto Tiago afirma que o homem é justificado pelas obras e não
somente pela fé, a aparente contradição desaparece a partir do momento em que
consideramos o desígnio diferente das cartas de um e de outro (v. Rm 3.28; Tg
2.24). Paulo combate e refuta o erro dos que confiavam nas obras da lei mosaica
como meio da justificação e rechaçavam a fé em Cristo. Já Tiago combate o erro
de alguns desordenados que se contentavam com uma fé imaginária, descuidando
das boas obras e se opondo a elas. Por isso, Paulo trata da justificação
pessoal diante de Deus, enquanto Tiago se ocupa da justificação pelas obras
diante dos homens." (E e P.C, 2007)
Exercício:
·Definir o significado da expressão - “Todo
aquele que é nascido de Deus não pratica o pecado, [...] ele não pode estar no
pecado.”(1 João 3.9) – à luz do propósito do texto em questão, carta e sua
relação com o propósito da Escritura.
·Resposta:
a)Se opor ao ensino de que por serem cristãos
poderiam viver de toda forma, praticando pecado e vivendo uma vida que em nada
se harmoniza com a graça de ser justificados em Cristo.
b)Ele contrasta a vida pecaminosa – com prazer-
daqueles que são por natureza “filhos do diabo”, pois não foram justificados
pela fé em Jesus e por isso não se parecem com ele nem o reconhecem.
·Qual o desígnio ou propósito dos seguintes
livros da Bíblia?
a)Provérbios;
b)Gálatas;
c)Tito;
d)Filemom.
Quinta regra da hermenêutica: “É
necessário consultar as passagens paralelas, "explicando cousas
espirituais pelas espirituais". (I Cor. 2.13)
As passagens paralelas são aquelas que fazem referência uma
à outra, que possuam relação entre si ou que tratem do mesmo assunto. Os
paralelos podem ser divididos em três tipos:
1.Paralelos de palavras: usado quando o
conjunto da frase e o contexto não são suficientes para explicar determinada
palavra. Em Gálatas 6.17 “Quanto
ao mais, ninguém me
moleste; porque eu trago no corpo as “marcas” de Jesus”, por exemplo, é
elucidado quando comparamos com os textos paralelos em 2Coríntios 4.10 “levando sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a sua vida se manifeste em
nosso corpo.”, e, em 2Coríntios11.23-25 “São hebreus? Também eu. São israelitas? Também eu. São da descendência
de Abraão? Também eu. São ministros de Cristo? (Falo como fora de mim.)
Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; muito mais em prisões;
em açoites, sem medida; em perigos de morte, muitas vezes.Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um; fui três vezes
fustigado com varas; uma vez, apedrejado; em naufrágio, três vezes; uma noite e um dia
passei na voragem do mar”.As marcas dizem respeito aos suplícios sofridos por ao evangelho de
Cristo.
“Tais suplícios eram tão cruéis que, se não deixavam o paciente
morto, causavam marcas que permaneciam no corpo por toda vida. [...]as marcas
no corpo de Paulo não eram chagas ou sinais da cruz milagrosa ou
artificialmente produzidas, como julgam alguns, porém marcas ou sinais dos
suplícios sofridos pelo Evangelho de Cristo.”(E e P.C, 2007)
2.Paralelos de ideias: Para
conseguir ideia completa e exata do que ensina determinado texto, talvez
obscuro ou discutível, consulta-se não somente as palavras paralelas, mas os
ensinos, as narrativas e fatos contidos em textos ou passagens que se
relacionem com o dito texto obscuro ou discutível. Tais textos ou passagens
chamam-se paralelos de ideias. Ex.: "Sobre esta pedra edificarei
a minha igreja". (Mt 16.16) Quem é esta pedra? Se pegarmos em I Pd
2.4, a ideia paralela:"E, chegando-vos para ele,
(Jesus) pedra viva [...]" entenderemos que a pedra é Cristo.
3.Paralelos de ensinos
gerais: Para a correta interpretação de
determinadas passagens não são suficientes os paralelos de palavras e de ideias,
é preciso recorrer ao teor geral, ou seja, aos ensinos gerais das Escrituras. Exemplos:
- O ensino de que "o homem é justificado pela fé sem as obras da
lei", só será bem compreendido, com a ajuda dos ensinos gerais na
Bíblia toda.
Segundo o teor ou ensino geral das
Escrituras, Deus é um espírito onipotente, puríssimo, santíssimo, conhecedor de
todas as cousas e em todas as partes presente. Porém há textos que,
aparentemente, nos apresentam um Deus como o ser humano, limitando-o a tempo ou
lugar, diminuindo em algum sentido sua pureza ou santidade, seu poder ou
sabedoria; tais textos devem ser interpretados à luz dos ensinos gerais das
Escrituras.