Predestinação
“Predestinação-
é o ato de predestinar de antemão e predestinado significa eleito por
Deus, destinado de antemão.”
É o que confirma Silas
Malafaia em sua pregação sobre o assunto. Bem tudo estaria certo se ele tivesse
parado ai, porém ele diz que a pessoa é predestinado depois que recebe a Jesus.
Veja oque a bíblia realmente
diz:
Como também nos elegeu
nele antes da fundação do mundo,
para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor;
E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade,
E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade,
Ora, aqui fica clara a ordem
dos fatos, Deus elegeu antes da fundação do mundo. Outro fato é que Deus nos
escolheu não por sermos santos mas para nos santificar, logo o homem não tem
mérito algum pois tudo é a vontade de Deus.
Malafaia também diz que a
predestinação é vocacional, mas veja o que a bíblia diz.
¶ Mas devemos sempre
dar graças a Deus por vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido
desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito, e fé da
verdade;
2 Tessalonicenses 2:13
2 Tessalonicenses 2:13
Aqui fica claro que Deus elege o perdido para santificar e
salvar.
LIVRE AGÊNCIA
Certamente,
o ser humano tem liberdade para agir. Contudo, quando
consideramos
sua vontade, será que tem a capacidade de optar pelas coisas aprovadas? A
ideia do
livre-arbítrio é muito difundida, ainda mais em uma época em que há forte
incentivo
para que cada pessoa faça o que bem entende. Existe livre-arbítrio? Se existe,
em que termos? Qual é a condição da nossa vontade?
I – O Livre Arbítrio Perdido
Por
definição, a expressão “Livre Arbítrio” diz respeito a uma capacidade humana
de
escolher o bem em detrimento do mal. Contudo, isso é possível a um pecador? Já
no V século de nossa era, a questão do livre-arbítrio foi largamente debatida
especialmente devido à grande controvérsia travada entre Agostinho e Pelágio.
Agostinho, baseado nas Escrituras, reconheceu como heréticas as posições
defendidas e ensinadas por Pelágio.
Basicamente,
o problema foi causado devido à descaracterização dos efeitos da queda no ser
humano. Pelágio ensinava que o homem nasce perfeito, sem pecado, e com a plena habilidade
de viver em estado de perfeição. Para ele, o pecado é uma experiência que acontece
no decorrer da vida. Portanto, seus pressupostos negavam o pecado original, bem
como a transmissão e a imputação do pecado na vida dos descendentes de Adão.
Além
disso, esvaziou de significado e importância o sacrifício de Cristo, uma vez
que o homem pode viver a plena humanidade em perfeição absoluta. Para ele, a
vontade do homem era livre para manter-se pura e incontaminada, não sendo
escravizada pelo pecado. Contra esses “dogmas” pelagianos levantou-se Agostinho.
Este escreveu várias obras afirmando a corrupção total do homem, ou seja, que o
pecado invadiu todos os recantos da existência humana, não restando nenhuma
parte do homem que se manteve incontaminada. Reconheceu e ensinou a doutrina do
pecado original, não apenas a sua transmissão por nascimento no decurso das gerações,
mas também a imputação, considerando Adão como “cabeça de raça”, isto é, a função
representativa que tinha no paraíso, quando recebeu a primeira aliança, a
aliança da Criação. Esta era um pacto de obras. Se Adão desobedecesse, ou seja,
se ele viesse a praticar a desobediência,
quebraria a aliança. Se, ao contrário, se mantivesse firme diante da tentação
do diabo, conquistaria o direito de viver para sempre em perfeição e santidade,
numa ordem de criação perfeita e inalterável. Contudo, não somente ele, mas
toda a sua posteridade se beneficiaria com sua retidão original.
Conseqüentemente, sua desobediência traria também culpa e condenação sobre
todos os seus descendentes. Essa representatividade é evidente no ensino
bíblico que apresenta Cristo como o último Adão. Paulo deixa claro que em Adão,
todos pecaram (Rm 5.12), e que os que crêem em Cristo não estão mais debaixo da
representatividade do primeiro homem, mas sim de Jesus (Rm 5.12-20; 1Co
15.21,22, 45-49).
Assim, o
pecado passou a caracterizar a existência humana como um todo, já a
partir de
sua concepção no ventre materno (Sl 51.5). Agostinho enfatizou a necessidade da
obra de Cristo que nos substitui naquilo que precisamos satisfazer para a
justiça requerida por Deus. Toda nossa dívida foi cancelada. Jesus nos
substituiu na vida e na morte, nos concedendo a ressurreição para a eternidade.
Em vida, Cristo cumpriu perfeitamente a lei (Mt 5.17; Lc 2.21) com o objetivo
de nos representar nesse cumprimento, repassando assim os méritos de suas obras
a todos os que nele crêem. Em sua morte, assume o juízo que merecidamente nos aguardava,
tornando nossa morte física o ponto final da história do pecado em nossa existência
e o renascer para a vida plena e perfeita. Na queda, Deus sujeitou o homem ao tempo
a fim de que o pecado e a queda ficassem para trás e a história, conduzida por
Deus, trouxesse um futuro de restauração em Cristo Jesus. Sem a obra
substitutiva de Cristo, o único destino humano seria o inferno eterno.
Agostinho também deixou claro que a vontade do homem não é livre para escolher
o bem. Influenciado por Agostinho, séculos mais tarde Lutero veio a escrever
uma célebre obra enfatizando a prisão na qual se encontra a vontade humana, intitulada
De servo arbítrio, ou seja, A
Escravidão da Vontade, uma reação à obra de Erasmo de Roterdã cujo título era De
libero arbítrio, isto é, a liberdade da vontade. Na verdade,
apenas Adão e Eva, antes de pecarem, experimentaram o Livre Arbítrio, pois não tinham
a concupiscência da carne “entre os quais todos nós andamos outrora, segundo as
inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e
éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais” (Ef 2.3). O
apóstolo está afirmando que o pecado está interferindo em todo pensamento,
desejo e obra. Hoje, é impossível ao homem natural, mesmo o crente,
experimentar tal pureza e isenção de influência maligna, que o leve a querer e
a praticar por si mesmo o bem. Tanto Lutero quanto Calvino refletem Agostinho
em muito de seus pensamentos. A rejeição completa pelos reformadores do Livre
Arbítrio para o homem caído é um exemplo disso.
II
– Realidade Presente: Livre Agência
A livre
agência pode ser definida como a liberdade para refletir o próprio coração
em tudo o
que se faz. Essa é a presente realidade humana. Adão, após cair, perdeu a capacidade
de refletir perfeição em seus pensamentos e atos. Contudo, passou a mostrar a
sua nova e terrível realidade interior. Note o que Paulo diz sobre o gentio, ou
seja, o homem natural: “Quando, pois, os gentios, que não tem lei, procedem, por
natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei, servem eles de lei para si
mesmos. Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração” (Rm 2.14,15). O que
o apóstolo está expressandoé o fato de o homem agir segundo o que está em seu
coração. Existe a norma da lei gravada no coração de todo homem “por natureza”.
Há o conhecimento da vontade moral de Deus no centro da vida de todo ser
humano. E, de fato, por vezes o ímpio reflete padrões de ética e moral.
Contudo, tal conhecimento não é suficiente para a santidade, pois esta só pode
existir na vida daqueles que conhecem a Cristo como Senhor e Salvador.
De
qualquer forma, mesmo esse agir segundo a lei no homem natural não significa
jamais o seu cumprimento, pois o homem, mesmo o crente, não pode cumpri-la em
seu estado atual.
Ora,
não é preciso argumentação para compreender que o coração do homem no
paraíso
era perfeitamente bom. De certa forma, não havia santidade ali, pois não havia
do que se separar. Tudo era perfeito. O coração do homem só refletia a pura e
cristalina vontade de Deus. Contudo, uma vez que desobedeceu à ordem de Deus,
tornou-se imperfeito e desligado da comunhão perfeita com Deus, como tinha no
Éden. A morte espiritual passou a caracterizar o ser humano, que só poderia
voltar a se relacionar com Deus nesta vida de forma precária, devido ao pecado,
e como resultado da obra de Deus de resgatar aqueles que escolheu. O estado do
homem sem Cristo é de trevas absolutas.
Não
há contradição entre esta afirmação e o fato de refletirem a Lei em suas
atitudes de vez em quando. Mesmo tal cumprimento é parcial e sem o entendimento
que vem do Espírito. A luz do conhecimento de Deus só raia quando Cristo se
manifesta
salvadoramente
na vida do pecador. Portanto, o ímpio tem liberdade para refletir o seu
coração. Todavia, só operará o pecado, mesmo quando estiver refletindo algum
aspecto da Lei de Deus, pois não considera o Senhor em nada daquilo que faz. O
pecador vive como se fosse o senhor de sua própria vida. Sobre isso, diz Paulo:
“entre os quais todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa
carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza,
filhos da ira, como também os demais” (Ef 2.3). O homem sem Deus só pode
refletir a vontade da carne e dos seus próprios pensamentos. Por isso,
encontra-se em trevas. Ele jamais poderá optar pelo bem. Na verdade, nem mesmo
o reconhece, pois as trevas de seu conhecimento não foram
iluminadas
para compreender. Assim, suas melhores obras, quando refletem a Lei de Deus em
algum aspecto, apenas distinguem trevas densas de trevas não tão densas (Mt
6.22,23).
Chegamos
então ao crente. O crente tem livre arbítrio? Certamente, não. Como
ilustra
a figura acima, o livre arbítrio pressupõe o estado de perfeição, para que se
opte e se decida sem a inclinação natural para o mal. O crente vive certa
dualidade. Existe nele a natureza caída, a dívida contraída por Adão como
representante da humanidade. Todavia,
há
também nele a herança de Cristo, o representante dos eleitos. Nossa
responsabilidade é: “andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da
carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne,
porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do
vosso querer” (Gl 5.16,17). Pela busca incessante de Deus na comunhão do
Espírito, o crente é habilitado a vencer a carne. Por lutar ainda contra essa
natureza caída, o crente jamais conseguirá fazer nada perfeito, nem mesmo
separar e distinguir claramente seus próprios desejos e intenções. Por vezes,
alguns desejos tidos como “nobres” e “santos” têm intenções malignas como
motivação.
Enganoso
é o coração. Por isso, mesmo o crente não consegue separar e discernir perfeitamente
os impulsos e as motivações de sua própria alma. Não pode exercer o livre
arbítrio, como foi o caso de Adão e Eva, antes de pecarem.
CONCLUSÃO:
A
ideia do livre-arbítrio surgiu como um modo de preservar a dignidade do ser
humano,
conferindo-lhe algum mérito e direito na sua própria salvação. A condição de
“morto” não é agradável ao ser humano. O homem natural se rebelou contra Deus
para ser soberano sobre si mesmo. Assim, confessar completa dependência do
Senhor para a sua salvação não é agradável ao coração humano. Tenta-se
desesperadamente marcar um “gol de honra”, algo que possa dar ao homem a
possibilidade de dizer “pelo menos isso...”. O ser humano não tende a gostar da
graça quando o assunto é salvação, porque ela declara e atesta a sua total
incompetência e miséria. Devemos estar cientes de que somos incapazes de optar
naturalmente por Deus. Isso só é possível quando somos chamados eficazmente
pelo Santo Espírito de Deus, que nos habilita a aceitar a salvação em Cristo
Jesus.
Rev. Jair de Almeida Júnior.
Esta é a posição de todo
homem em relação a Deus, não obrigado a nada, mas agindo segundo o que lhe é
natureza “o pecado”. Só Deus é quem convence o pecador de seus delitos e
pecados e ele também chama e pelo Espirito faz a mudança.
Veja:
¶ E vos vivificou, estando vós mortos em
ofensas e pecados,
Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência;
Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.
¶ Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,
Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;
Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus.
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
Não vem das obras, para que ninguém se glorie;
Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.
Efésios 2:1-10
Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência;
Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.
¶ Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou,
Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),
E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus;
Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus.
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
Não vem das obras, para que ninguém se glorie;
Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.
Efésios 2:1-10
Nesta
leitura vimos claramente que tudo é operar de Deus e que em nada o homem
coopera, mas que Deus faz tudo em todos sem que o homem tenha mérito a se
gloriar.
O próprio Jesus declarou:
Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem
a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.
Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.
E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia.
Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha
João 6:37-40
Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.
E a vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia.
Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha
João 6:37-40
Em João 17 Jesus
reafirma que todos aqueles que creram, só creram porque o Pai os havia enviado
a ele confirmando Efésios 2:8.
Estando eu com eles no mundo, guardava-os em
teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu,
senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.
João 17:12
João 17:12
Mais
referências :
E sabemos que todas as coisas contribuem
juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados
segundo o seu propósito.
¶ Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.
E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos q
Romanos 8:28-30
¶ Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.
E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos q
Romanos 8:28-30
¶ Não que a palavra de Deus haja faltado,
porque nem todos os que são de Israel são israelitas;
Nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência.
Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência.
Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um filho.
E não somente esta, mas também Rebeca, quando concebeu de um, de Isaque, nosso pai;
Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama),
Foi-lhe dito a ela: O maior servirá ao menor.
Como está escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú.
¶ Que diremos pois? que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma.
Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia.
Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece.
Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra.
Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer.
Dir-me-ás então: Por que se queixa ele ainda? Porquanto, quem tem resistido à sua vontade?
Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?
Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?
E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição;
Para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou,
Romanos 9:6-23
Nem por serem descendência de Abraão são todos filhos; mas: Em Isaque será chamada a tua descendência.
Isto é, não são os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa são contados como descendência.
Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um filho.
E não somente esta, mas também Rebeca, quando concebeu de um, de Isaque, nosso pai;
Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama),
Foi-lhe dito a ela: O maior servirá ao menor.
Como está escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú.
¶ Que diremos pois? que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma.
Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia.
Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece.
Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra.
Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer.
Dir-me-ás então: Por que se queixa ele ainda? Porquanto, quem tem resistido à sua vontade?
Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?
Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?
E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição;
Para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou,
Romanos 9:6-23
Conclusão
Devemos reconhecer a Soberania de Deus dando glória ao
dono de toda a glória, Deus é Soberano e
faz tudo segundo sua própria vontade, Ele não é injusto, pois todo homem é
culpado então Deus não escolhe entre inocentes mas dentre culpados escolhe para
salvar. Logo, Deus mostra justiça ao dar a retribuição do pecado e maldade
humana e mostra sua misericórdia salvando muitos que estavam condenados a
perdição eterna.
A predestinação não é
uma doutrina nova, ela é bíblica e verdadeira sendo reconhecida pelos primeiros
reformadores entre eles o próprio Luthero.
Sandro Francisco do Nascimento
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem
de vós, é dom de Deus.
As Antigas
Doutrinas da Graça